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domingo, 16 de maio de 2010

OTIMISMO É ARMA CONTRA EXCESSO DE ESTRESSE

OTIMISMO É ARMA CONTRA EXCESSO DE ESTRESSE


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Ana Maria Rossi*

Dois meninos são colocados numa sala. Um encontra o lugar repleto de doces, sorvetes e brinquedos. O outro fica numa sala coberta de esterco. Depois de algum tempo, alguém entra na sala e encontra um menino irritado. Ao perguntar-lhe como se sentiu, o garoto retruca que não tinha gostado, pois os doces o engordavam, o sorvete derreteria e os brinquedos eventualmente se quebrariam. Tudo péssimo. A seguir, entra na sala onde estava o outro menino e o vê entusiasmado, todo sujo de esterco, correndo de um lado para o outro. Com os olhinhos brilhando, grita: “puxa, com tanto esterco tem que haver um cavalo escondido em algum lugar.”

Esta história nos mostra que, para todos os efeitos, é melhor olhar o mundo pelo lado mais positivo. Pequenas ilusões tornam a vida mais agradável. E em contrapartida, pessoas pessimistas têm maior risco de desenvolver depressão e outras doenças, como câncer e problemas cardiovasculares. No dia a dia, elas também são menos produtivas. Pesquisa feita pela Universidade da Pensilvânia (EUA), com 120 homens que haviam tido um infarto, mostrou, após oito anos, que 80% daqueles que eram pessimistas morriam de um segundo ataque cardíaco, contra 33% dos otimistas.

Além de ser extremamente mais agradável trabalhar com alguém que encara a vida de maneira positiva, isso faz um tremendo bem para a saúde. O pessimista é aquele que passa a maior parte do dia, dentro ou fora do escritório, lamentando sobre a falta de tempo, de dinheiro, do desemprego, do excesso de tarefas, do chefe. E quando está realizando um trabalho em equipe, sempre dá o voto de que nada vai dar certo. É por isso que os pessimistas têm menor produtividade.

Claro que não é fácil dar a volta por cima do pessimismo crônico. Mas não custa tentar. Primeiro, em vez de praguejar sobre os eventos negativos, avalie a situação, racionalize os fatos e reestruture o pensamento irracional de maneira positiva. Aprenda a modificar atitudes autodestrutivas. Que tal começar a riscar do seu vocabulário palavras como “nunca” e “sempre”? Comece a imaginar as situações de maneira positiva. Se o relatório está complicado, que tal, ao invés de pensar “isso nunca vai dar certo” ou “por que eu sempre tenho que fazer este trabalho chato?”; substituir por pensamentos mais positivos, como “preciso me concentrar para que isso dê certo”.

As mudanças no dia-a-dia não acontecem por meio de grandes atitudes. Elas têm início, primeiro, dentro de cada um de nós: do pensamento, da ação interna para, então, a mudança do hábito. É assim que as coisas acontecem. A rotina de trabalho para quem deixa o pessimismo de lado fica muito mais leve, fácil e prática. Quem sai ganhando com isso é você e, claro, sua saúde.


* Ana Maria Rossi, Ph.D, é presidente da ISMA-BR, International Stress Management Association, Doutora em psicologia clínica e comunicação verbal, Mestre em Comunicação de Massas e Mestre em Psicologia, e representante no Brasil do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). Mais informações no site www.ismabrasil.com.br

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