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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Escassez de líderes

Escassez de líderes

Num mundo de tantas mudanças e transformações a liderança verdadeira que interessa é aquela centrada em princípios...
Há nas empresas e, principalmente, no serviço público brasileiro uma grande escassez de líderes verdadeiros. Estamos nos referindo ao estilo de liderança que realmente interessa ao mundo atual: líderes centrados em princípios, que inspirem confiança a partir da integridade e dos exemplos colocados em prática, esclareçam propósitos, liberem talentos e alinhem sistemas.


É preciso ficar claro o seguinte: temos muitos chefes, comandantes, dirigentes ocupando altos cargos dentro do serviço público e da iniciativa privada. Porém, liderar verdadeiramente e com eficácia é outra coisa.


Tudo começa pelo paradigma. Grandes líderes vêem as pessoas como um todo, com corpo, coração, mente e espírito. Entendem que nesse mundo atual de grande complexidade, rapidez e incertezas as coisas funcionam como se estivéssemos num esporte do tipo rafting – não há como exercer controle e todos devem estar preparados, motivados para agir.


Também nas famílias – menor organização que existe, a falta da virtude de liderança nos pais e mães dificulta a formação do caráter dos filhos, fator essencial para que possam ser futuros líderes. É por isso que os resultados não são os melhores, apesar de muita gente nem perceber isso.


Segunda pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers o Brasil será a 5ª economia do mundo em 2025, na frente de países como a Alemanha, França e Reino Unido. A China deverá ocupar a 1ª posição, seguida dos Estados Unidos, Índia e Japão. Em 2009 o Brasil terminou na 8ª posição.


Em que pese as bases econômicas atuais serem sólidas, o País está na 75ª posição no mundo em IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e na 56ª em competitividade, abaixo do Azerbajão, Barbados, Chipre, Indonésia, Jordânia, Malásia e Tunísia.


Alguns dados demonstram com clareza a falta de verdadeiros líderes no País: 70% da população brasileira é analfabeta funcional, 80% não sabe calcular uma porcentagem.


Como conseguiremos superar os grandes desafios nacionais sem priorizar uma educação de qualidade com metas bem definidas, treinamento dos professores, melhores salários, cultura de planejamento e sistemas de avaliação objetivos?


Precisamos fazer com que as crianças, adolescentes e as pessoas em geral aprendam a pensar. Os conteúdos programáticos das escolas e até das universidades devem ser modificados para melhorar o pensamento lógico e o uso de várias habilidades.


Um dado para reflexão: um concurso público para preenchimento de 1,4 mil vagas de gari da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro recebeu, entre os inscritos, 45 com doutorado, 22 mestrado e 80 com pós-graduação.

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