Visitas

visitantes OnLine

domingo, 24 de junho de 2012

A Evolução do Conceito de Inteligência

A Evolução do Conceito de Inteligência Durante grande parte dos séculos 19 e 20, acreditou-se que a inteligência era algo podia ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes, como o famoso teste de QI por exemplo, que dava a inteligência da pessoa em números. No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito pois pouco a pouco foi se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtinham os melhores resultados. Os psicólogos e pesquisadores começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham resultados medíocres nos testes de QI, mas que se davam bem na vida pois eram pessoas determinadas, disciplinadas, persistentes e carismáticas. Mas como pessoas consideradas “burras” pelo teste de QI poderiam ter tanto sucesso ? A resposta é simples: existem vários tipos de inteligência !! Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de si. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros. Os 7 Tipos de Inteligência Os 7 tipos de inteligência identificados no trabalho de Howard Gardner são: Inteligência Linguística As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns. Inteligência Lógica Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas tem facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro. Inteligência Motora Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade motora. Inteligência Espacial Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue. Inteligência Musical É um dos tipo raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados a criatividade. Inteligência Interpessoal Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto. Inteligência Intrapessoal É um tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de idéias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro. As Inteligências Predominantes: Porcentagem das pessoas em que cada tipo de inteligência predomina: Inteligência Linguistica *29 % Inteligência Lógica * 29 % Inteligência Motora 16 % Inteligência Espacial 14 % Inteligência Musical 6 % Inteligência Interpessoal 4 % Inteligência Intrapessoal 2 % http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/auto-conhecimento/7-tipos-de-inteligencia/

que tipo de bicho você se identifica

Entrevista de Emprego: Os Animais e os Tipos de Personalidade ” Que tipo de animal você gostaria de ser ? “ Com certeza, muita gente já se deparou com essa pergunta na entrevista de emprego. A primeira vista parece uma pergunta inocente, muita gente pode até achar que ela é feita pelo entrevistador somente para descontrair o ambiente, mas na verdade não: dependendo da resposta dada, o entrevistador pode tirar várias conclusões… Para o entrevistador, essa pergunta é interessante justamente por isso: por parecer uma pergunta lúdica ( brincadeira, sem muita importância ), o candidato da entrevista de emprego acaba sendo sincero ( se ele estivesse jogando ou usando uma máscara, essa máscara cai na pergunta ). Confira abaixo algumas das respostas mais comuns dadas a essa pergunta durante a entrevista de emprego e o signifacado com que esse animal respondido pode ser interpretado do ponto de vista da psicologia: Leão, Tigre, Leoa, Onça Quem se identifica com esses animais, os felinos de grande porte, tem um perfil forte de liderança, um perfil agressivo. São pessoas que tomam a dianteira dos problemas e que gostam de liderar e direcionar equipes. Durante a entrevista de emprego, este é o perfil procurado para profissionais de cargo de gerência. Pássaro, Ave Quem gostaria de ser um passaro, em geral são pessoas de um perfil flexivel e que se adaptam bem a mudança. São pessoas que prezam muito a liberdade e que vão se adaptar melhor a empregos dinâmicos e que demandam uma certa dose de criatividade. Durante uma entrevista de emprego, este é o perfil procurado para preencher vagas de emprego de cargos de criação. Águia, Falcão, Gavião Quem responde águia, falcão ou gavião ( grandes passaros caçadores ) tem um perfil hibrido, é um perfil que tem algumas características dos grandes felinos e algumas características dos pássaros. Quem se identifica com a águia, além de ter um certo espírito de liderança ( afinal a águia, é forte, caçadora, independente ) também preza a liberdade e gosta de um ambiente criativo. Na entrevista de emprego, este é o perfil buscado para cargos de gerência, mas que demandam uma maior flexiblidade e negociação. Cachorro, Urso, Cavalo Quem se identifica com os cães, ursos e cavalos em geral são pessoas esforçadas e sobrias. Quem tem este perfil psicológico é confiavel e busca sempre fazer o melhor, visando subir na carreira. Não tem um perfil de liderança, mas podem atuar muito bem em supervisão. Durante a entrevista de emprego este é o perfil psicológico buscado para cargos de supervisão, sub-gerência ou então auxiliar de gerência. Gato Quem gostaria de ser um gato, em geral são pessoas inteligêntes mas que não tem a mesma capacidade de esforço da personalidade do cachorro. O principal atributo de quem se identifica com os gatos é a inteligência e capacidade de adaptação a situações ruins. Durante a entrevista de emprego este é o perfil buscado para cargos que demandam flexibilidade em geral. [Ache faculdades que oferecem cursos de seu interesse!] Tipos de Personalidade na Entrevista de Emprego Hoje em dia, como quase a totalidade dos profissionais tem a capacidade técnica suficiente para os cargos, é o fator humano que acaba decidindo quem vai levar a vaga na entrevista de emprego. Conhecer bem o próprio perfil psicológico é interessante por isso também: conhecendo-o as pessoas podem se candidatar aos cargos que melhor correspondem ao seu jeito de ser e assim obter um maior sucesso. É interessante também lembrar o seguinte: não adianta ler esta reportagem ou outra qualquer e mentir o animal o qual mais se identifica durante a entevista só para agradar o entrevistador, o melhor é ser sincero, os entrevistadores são treinados para detectar mentiras através da combinação das respostas dadas as perguntas. http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/carreira/entrevista-emprego-que-tipo-de-animal/

Lição do Bambu Chinês

O BAMBU CHINÊS Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se você tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5.º ano chegará, e com ele virão crescimento e mudanças que você jamais esperava. É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão. Sejamos persistentes sempre! Nunca percamos de vista as metas. A cada dia vençamos com fé os obstáculos, confiemos no nosso poder de superação, mas acima de tudo, confiemos em Deus, e a vitória virá, pois, sem dúvida, com suor, esforço, trabalho, fé, e com a bênção de Deus a cada momento da nossa vida, seremos vencedores.

sábado, 9 de junho de 2012

Ser feliz é uma arte

Ser feliz é uma arte Ser feliz é uma benção em nossas vidas, leia esta mensagem e reflita sobre sua felicidade: 1) Acorde todas as manhãs com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz. 2) Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice, pois você nasceu para ter felicidade! 3) Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança para er felicidade! 4) Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, o trabalho te ajuda a manter a dignidade. Acredite. Seu valor está em você mesmo, acredite nisso e você vai ser feliz. Felicidade não tem preço!!! 5) Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias … 6) Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você. A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim, dar. Estenda sua mão. 7) Compartilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos. 8) O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais. Não só cria um espaço feliz para o que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas. 9) Trace objetivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente. 10) O tempo para ser feliz é agora. O lugar para ter felicidade é aqui! http://site.suamente.com.br/ser-feliz-e-uma-arte/

Torne-se um negociador competente em qualquer situação com o livro "Consiga o que você quer"

Torne-se um negociador competente em qualquer situação com o livro "Consiga o que você quer" O professor Stuart Diamond apresenta o estilo de negociação inovador adotado pelo Google Considerado pelo Wall Street Journal o melhor livro para a carreira, Consiga o que você quer ensina as estratégias do prestigiado curso de negociação da Wharton Business School, o mais concorrido da instituição nos últimos 13 anos. Escrito pelo professor Stuart Diamond, um dos maiores especialistas do mundo em negociação, o livro ensina que descobrir e valorizar as emoções e as percepções da outra parte é bem mais vantajoso do que o uso do poder e da lógica, tão incentivado pela sabedoria convencional. O fundamental é tentar compreender o que se passa na cabeça do outro e que nem tudo diz respeito a dinheiro: bens intangíveis, como valorizar as pessoas, podem trazer muito mais resultados. Consiga o que você quer vai além do mundo dos negócios e mudará a forma como você conduz seus relacionamentos com a família, com os amigos, no trabalho, em viagens, na hora das compras, etc. Stuart Diamond transmite seus ensinamentos por meio de centenas de histórias de pessoas que aplicaram com sucesso as ferramentas apresentadas por ele. De arranjar emprego a obter um aumento de salário, de educar os filhos a lidar com colegas e chefes, o tipo de negociação proposto pelo autor já possibilitou a mais de 30 mil pessoas um controle maior sobre suas vidas. O método inovador apresentado no livro foi adotado pelo Google para treinar seus funcionários no mundo inteiro. Diamond tem fornecido consultoria e treinamento de negociação para advogados, gerentes e executivos de grandes empresas. Seus clientes incluem Citibank, General Electric, Johnson & Johnson, IBM, Yahoo, Microsoft, Banco Mundial, ONU, governo da Colômbia, empresários na África do Sul e indústrias farmacêuticas no Oriente Médio. http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/torne-se-um-negociador-competente-em-qualquer-situacao-com-o-livro-consiga-o-que-voce-quer/55470/
Só sobrevive quem se adapta Não existe alternativa a não ser a permanente transformação Os primeiros navegadores chegaram há muito tempo. Estudos geológicos e botânicos mostram que aquela terra era coberta por florestas de árvores grossas e palmeiras gigantes habitadas por bandos de pássaros. A costa era rica em cardumes de peixes. Em trezentos anos eles formaram uma população de 30 mil pessoas, ocupando uma área de 164 Km2. Como comparação, a área, topografia e densidade populacional eram muito semelhantes com a atual cidade de Arraial do Cabo, uma cidade da Região dos Lagos, da costa do Estado do Rio de Janeiro. Muito parecido, só que há pouco mais de mil anos atrás. Por algum determinismo voluntário, eles escolheram manifestar sua crença transcendental esculpindo monumentos que foram colocados, preferencialmente, no limites do seu território. Para o transporte dessas pesadas manifestações do pensamento humano, eles precisaram de troncos de árvores. Ao longo dos anos, as árvores foram sendo sacrificadas em homenagem à comunicação dos homens com o universo. Quinhentos anos depois da chegada ao novo lar, as florestas morreram. Sem árvores, os navegadores ficaram sem transporte marítimo. A decadência foi contínua e implacável. Sem a proteína dos peixes, a população se alimentou dos pequenos mamíferos, até que só sobraram os ratos. Os clãs entraram em guerra e o canibalismo se tornou rotina. Oitocentos anos depois, em 1722, os holandeses encontraram menos de 2 mil pessoas famintas, se escondendo e sobrevivendo como podiam em uma terra pobre em vegetação. Mas ao redor da ilha havia quase 900 impressionantes esculturas, algumas com 20 metros de altura. Jacob Roggeveen chegou em Rapa Nui no domingo da Páscoa e não conseguiu entender como aqueles magníficos moais foram construídos. Teriam aqueles pobres coitados a capacidade de tamanha façanha? A história dos habitantes da Ilha da Páscoa, o local mais isolado do planeta, talvez seja uma metáfora a ser respeitada, se aceitarmos a ideia de compará-la com a Terra. Jared Diamond, o biólogo que conquistou o prêmio Pulitzer, oferece cinco fatores que os cientistas listam como causas possíveis para o colapso de civilizações que deixaram de existir. Como Rapa Nui, nós terráqueos não sofremos ataques de sociedades planetárias vizinhas hostis. Nem perdemos o apoio de outras sociedades intergalácticas amistosas. Embora caminhando para isso, ainda não sofremos uma mudança climática drástica e irreversível que nos elimine definitivamente. Porém, estamos brincando com as duas outras possíveis causas. Estamos aceleradamente gerando impactos ambientais que podem se tornar tão calamitosos como os da ilha da Polinésia oriental. Este seria o quarto fator. A quinta causa é o assunto desse artigo. É a capacidade de ficar inerte diante de posições política, religiosa, social ou cultural radicais que impeçam qualquer atitude de mudança. Essa característica de imobilidade diante da necessidade de adaptação sustentável é que destrói o futuro de países ou de empresas. É o famoso conceito da seleção natural de Charles Darwin: sobrevive quem consegue se adaptar. "Não há nada que possa acontecer que não seja um eco do passado clássico" (Robert Epstein, historiador militar norte-americano) O que está acontecendo hoje na Grécia não é novo. Já foi escrito e encenado milhares de vezes no drama humano da dissimulação do poder. O governo tanto não conseguiu fazer as mudanças impostas pelos antigos credores, como criou descaradas mentiras contábeis para esconder o fato. Para piorar, o partido que afundou o país pode voltar ao poder nas eleições nesse ano de 2012. Cada parlamentar grego custa à nação quase o dobro de um parlamentar alemão. Aqueles parlamentares gregos prometeram benesses públicas com um dinheiro que nunca existiu. Para complicar, um quarto dos gregos são funcionários públicos. Talvez por isso, poucos gregos aceitam qualquer mudança da situação crítica que ameaça a estabilidade do país e do continente europeu. Os eleitores querem mudanças rápidas e ficam perdidos diante das pífias opções. Mas não é somente o povo grego que não sabe o que fazer. Os economistas também se dividem entre um longo e dolorido plano de austeridade ou, ao contrário, uma injeção saneadora de investimentos para não matar o paciente terminal. Os gregos não querem assumir o sofrimento da cura e estão brigando para manter as conquistas pessoais. Os antigos helenos demoraram a formar a nação grega, embora estivessem unidos na antiguidade pela língua, religião e, principalmente pela cultura. Eles estabeleceram os princípios da justiça e da liberdade individual, as bases da democracia contemporânea e nos ofereceram uma herança ímpar na ciência, filosofia e arte. Pois esse povo historicamente experiente está esperneando, como um adolescente, diante das mudanças que são inevitáveis, ficando ou não na zona do euro. A Grécia não está querendo se adaptar e acharam um culpado, a Alemanha. A imprensa grega chama a administração Merkel de "Quarto Reich", comparando-a ao Terceiro Reich de Hitler, que invadiu e queimou a Grécia. As bandeiras alemãs são queimadas nas manifestações populares, quando a multidão grita "Fora os nazis". Preferem culpar os outros, mesmo com uma herança crônica: o país mais endividado da zona do euro, com cinco calotes da sua dívida, com evasão de impostos em 30% e uma triste história de 60 anos tecnicamente quebrados. Em algum momento no passado, algum grupo em Rapa Nui atribuiu a decadência da ilha à insensível vontade divina. Não existe alternativa a não ser a permanente transformação Em janeiro de 2012, a Kodak pediu ao governo norte-americano proteção contra a falência, depois de uma impressionante história de mais de 120 anos. Com um início inovador, "Você aperta o botão e nós fazemos o resto", a empresa se esqueceu da sua promessa inicial. Enquanto a Kodak entregou um processo cultural de registro de imagens, os consumidores corresponderam. Justamente por causa dessa cultura investigativa, um funcionário da Kodak inventou o primeiro equipamento digital de captação de imagens em 1975. Ao invés de se adaptar aos novos tempos, a Kodak engavetou o invento com o receio de destruir o seu negócio de filmes. Pois os filmes morreram, como as palmeiras de Rapa Nui. Para a Kodak, a queda foi mais rápida. Pois agora, a velocidade é muito maior. O colapso, que demorava séculos para acontecer, diminuiu para poucos anos. As novas empresas de tecnologia enfrentam sérios problemas de adaptabilidade em uma velocidade estonteante. Nesse início de 2012, as empresas Nokia, HP, Yahoo! e RIM estão com problemas sérios. A Nokia, que conseguiu se transformar de uma fábrica de papel em uma gigante da telecomunicação, perdeu 40% de valor de mercado desde 2011. A tradicional HP, uma inovadora do Vale do Silício da década dos 30, também perdeu 40% do seu valor em um ano. O Yahoo! caiu 15% e a RIM, que foi líder em mobilidade corporativa, perdeu mais de 70% em um ano. Nem a tecnologia ou o capitalismo são a solução, mas as atitudes de adaptabilidade. Nações ou empresas não conseguem criar uma permanente cultura de mudança e adaptação. As desculpas são variadas e esbarram sempre na paralisia do medo da mudança. Diretorias costumam preferir a mudança gradativa o que é uma ilusão traiçoeira. A procura pela segurança cria muros fantasiosos de estabilidade. A única certeza é que os desafios são eternos e precisa-se aceitar o desafio de surfar sobre as ondas fluidas da evolução. Mudanças são odiadas, mas inevitáveis Todos nós experimentamos a sensação de que o tempo está mais rápido, como se tivéssemos apertado o botão do fast-forward da existência. Os homens de negócios se viciaram em esperar por resultados instantâneos. As empresas de sucesso da nova economia cresceram em velocidades exponenciais. Manchete irônica do jornal O Globo: "A China prevê crescer 'só' 7,5% este ano" de 2012. O capitalismo não foi inventado, simplesmente aconteceu, como uma contínua adaptação dos negócios. O principal objetivo do capitalismo não é aumentar a riqueza. Como qualquer projeto humano, ele segue as leis da biologia e persegue a perpetuação da espécie. O capitalismo tem como objetivo a longevidade das entidades capitalistas através do lucro. Ele sobrevive às crises humanas estabelecendo conquistas de privilégios, até depois do terremoto econômico de 2008. Nesse exato momento, uma pequena minoria está usando sua influência política para garantir que o sistema permaneça voltado para recompensá-los. Não existe dúvida de que estamos diante de um impasse que nunca existiu antes na história planetária. Quando as civilizações entravam em colapso, a raça humana se adaptava e seguia evoluindo. Aqui e ali, caíam populações inteiras, mas a mãe Terra era generosa e alimentava os sobreviventes. Agora, as empresas e os países estão ameaçados pela intolerância, ganância e imobilidade. Ninguém quer abrir mão de qualquer coisa, de qualquer conquista ou de qualquer crença. Tendemos ser radicalmente imóveis e inflexíveis. Desejamos que os outros mudem. Porém, "a forma mais eficaz de gerenciar a mudança é criá-la", dizia Peter Drucker. Precisamos de mudanças profundas e ficamos discutindo firulas. A crise escancarada de 2008 deveria ter sido um despertar, uma prova comprovada de que o foco míope de lucros de curto prazo estava destruindo o valor das empresas e dos países, por não ser sustentável. Apesar da clareza dos argumentos, a maior parte do empresariado está trabalhando para um retorno ao capitalismo tradicional. Somente os descontentes querem mudar, mas como? Ser sustentável é ser adaptável Uma possível solução foi oferecida em fevereiro de 2012 em um artigo sobre capitalismo sustentável, por Al Gore e David Blood. O ex-vice-presidente e ex-sócio da Goldman Sachs criaram em 2004 um fundo de investimentos sustentável visando o longo prazo com foco conjunto em fatores ambientais, sociais e econômicos. Eles tinham esperança que em 2008 poderiam alavancar o negócio provando que investimentos sustentáveis podem oferecer um retorno de lucro maximizado. Mas 2008 foi o ano da crise. Na sua análise, a dupla diz que a perspectiva administrativa de curto prazo está destruindo as empresas e a economia planetária. Eles oferecem algumas ideias para um capitalismo mais sustentável. Regular a integração dos relatórios financeiros em uma forma condensada. Afastar-se da orientação de lucros trimestrais. Recompensar melhor os investidores fiéis que mantiverem suas carteiras por três anos ou mais. Criar um alinhamento de incentivo para os gerentes e executivos ligado ao futuro da empresa. Al Gore denuncia o malefício das transações algorítimicas de alta frequência. "A ideia de que maior liquidez é sempre melhor, não é verdade." O Financial Times, comentando sobre o artigo, diz que "é difícil evitar a conclusão de que pouco vai mudar sem a intervenção do órgão regulador ou do governo. E as chances disso, particularmente nos EUA, são mínimas." O jornal afirma que, se Gore e Blood desejam converter os investidores para a sua causa sustentável, eles deveriam mostrar melhor o desempenho superior dos investimentos de longo prazo. Em resumo, diante de tantas incertezas, as pessoas querem provas concretas para tomar uma decisão da mudança. Mesmo diante do abismo, queremos ser convencidos do óbvio. Todos nós intuimos quais atitudes tomar quando queremos emagrecer. Sabemos que devemos comer menos e melhor. Também sabemos que aquela batata frita não é um alimento saudável. Mas por algum mistério, acreditamos em dietas mágicas, ou então adiamos uma mudança sobre nossa alimentação. Como crianças ansiosas, temos dificuldades em acreditar que as restrições de curto prazo nos oferecem um futuro melhor. Sabemos que devemos ter atitudes mais cidadãs, pensar menos em nós mesmos e mais no coletivo. Não deveríamos desejar mais coisas e sim viver com coisas suficientes. Nosso materialismo deveria caminhar para o holismo, assim como a quantidade deveria ser substituída pela qualidade. Não adianta pensar no curto prazo, devemos nos preocupar com a herança social, ambiental e financeira dos nossos filhos e netos. Não adianta ficar preso aos direitos conquistados, mas temos que repensar quais são nossas responsabilidades diante do impasse da nossa cidade e do mundo inteiro. Nesse momento, os problemas dos outros também são os nossos. Se a Terra não precisa dos humanos, todos nós precisamos dela. A sustentabilidade é uma prática de adaptabilidade contínua. Na prática, o inverso não é verdadeiro. O capitalismo se adapta e premia os mais adaptáveis, sem se preocupar com a sustentabilidade. Pois agora, diante de um colapso anunciado, precisa-se respeitar pelo menos um princípio da biologia: a perpetuidade de uma espécie depende das outras. Qualquer negócio será mais longevo se respeitar as leis da biologia. Empresas, estados e capitalismo, adaptem-se ou o sistema econômico morre. "Somente abraçando a mudança poderemos moldá-la de forma a beneficiar todos nós" (Lewis Jaffe, fundador da 21th Century Networking)

Ética em vendas: você está fazendo isso certo?

Ética em vendas: você está fazendo isso certo? Conheça alguns dos expedientes que recorrentemente colocam em xeque os princípios éticos do profissional de vendas A ética em vendas pode ser entendida como os padrões utilizados para avaliar se o comportamento do profissional de vendas é certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto. Muitas são as situações recorrentes na arena comercial que levam o vendedor consciente a um dilema moral. Alguns exemplos: 1. Propina É a oferta de algo de valor ao comprador com objetivo de influenciar seu julgamento ou sua conduta. Ao utilizar este expediente uma vez, como forma de acessar um novo cliente, incorre-se no risco - quase uma certeza - de que o procedimento se repetirá em todos os próximos pedidos. A propina passa a integrar o preço, podendo comprometer a margem líquida da empresa e até mesmo sua própria comissão. 2. Conluio Trata-se de acordo, aliança ou combinação com intuito de prejudicar outrem. O objetivo pode ser evitar a entrada de um novo fornecedor, por exemplo, buscando desqualificá-lo por questões de preço, prazo ou qualidade, garantindo assim a manutenção de uma política que perpetue o pedido ao vendedor e a propina ao comprador. 3. Espionagem Foi-se o tempo em que espiões camuflavam-se dentro das empresas, arrombavam portas ou furtavam fórmulas secretas. A contraespionagem virou uma indústria dos serviços, além de funcionar como uma das estratégias possíveis na política de BI, ou business intelligence, de algumas organizações. Os segredos corporativos estão por toda parte: nas lixeiras dos escritórios (daí a invenção das fragmentadoras de papel), nos relatórios postados sobre a mesa dos executivos e especialmente nos computadores. Acessar listas de preços, políticas de desconto, mailing de clientes e planos estratégicos, está a um clique do mouse. Por isso, a segurança de informações tornou-se vital para as corporações. 4. Conflito de interesses Esta situação fica caracterizada quando uma negociação é conduzida de forma a beneficiar o vendedor, mas não a empresa em que trabalha. A meta de vendas é atingida, a comissão é garantida, mas a rentabilidade do negócio fica comprometida. 5. Indução ao erro Aqui presenciamos o profissional que oferece ao seu cliente o que lhe convém vender, independentemente de atender às necessidades e expectativas. E isso acontece em dois extremos. Se a disponibilidade financeira do comprador é limitada, o produto ou serviço ofertado é reduzido ao limite, muitas vezes sem atender à demanda. Em contrapartida, quando não há restrições orçamentárias, o vendedor impõe algo muito superior ao desejável, incluindo recursos ou opcionais que jamais serão utilizados, mas que oneram o valor da negociação. Diante de todas estas possibilidades, resta ao vendedor uma certeza. Evitar um conflito ético e pessoal está relacionado aos seus valores e também aos valores da organização na qual trabalha. Uma negociação conduzida de maneira lícita, íntegra e honrada, satisfaz o cliente garantindo uma repetição de compra ou, no mínimo, boas referências sobre sua conduta profissional e sobre os procedimentos de sua empresa. Valores são os princípios que guiam o processo decisório e que balizam seu comportamento no cumprimento de sua missão, sua razão de existir. São seus valores que lhe indicarão quando usar um dos artifícios apresentados acima - ou como buscar alternativas aos mesmos capazes de manter você no jogo das vendas. Lembre-se de que a ética é uma opção fundamentada no bem e na virtude. Confúcio dizia que "não são os princípios que dão grandeza ao homem, mas é o homem que dá grandeza aos princípios". Negocie produtos, negocie serviços, mas não negocie princípios. A menos que você consiga dormir o sono dos justos agindo assim... http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/etica-em-vendas-voce-esta-fazendo-isso-certo/63721/

Veja 10 cargos em que mais faltam profissionais no Brasil

Veja 10 cargos em que mais faltam profissionais no Brasil País é o segundo no ranking onde mais empresas enfrentam dificuldade para encontrar profissionais, perdendo apenas para o Japão, cujo indicador é de 81% Cargos técnicos são os que têm mais escassez de talentos no mercado de trabalho brasileiro atualmente. É o que revela a 7ª edição do Estudo Anual sobre a Escassez de Talentos do ManpowerGroup. Também faltam profissionais para ocupar cargos de ofício manual, engenheiro, motorista, operação de produção, contadores e profissionais de finanças, representantes de vendas, profissionais de TI (Tecnologia da Informação), operários e mecânicos. Conforme é possível verificar na tabela abaixo: Cargos demandados no Brasil Cargos demandados no Brasil 2012 2011 1. Técnicos 1. Técnicos 2. Trabalhadores de Ofício Manual 2. Engenheiros 3. Engenheiros 3. Motoristas 4. Motoristas 4. Operários 5. Operadores de Produção 5. Operadores de Produção 6. Contadores e Profissionais de Finanças 6. Representantes de Vendas 7. Representantes de Vendas 7. Secretárias e Assistentes Administrativos 8. Profissionais de TI 8. Trabalhadores de Ofício Manual 9. Operários 9. Mecânicos 10. Mecânicos 10. Contadores e Profissionais de Finanças Fonte: Manpower Problema comum no mundo A pesquisa identificou que 70% empregadores brasileiros encontram dificuldade em preencher funções e posições críticas dentro de suas organizações. O Brasil é o segundo país que mais empresas enfrentam dificuldade para encontrar profissionais, perdendo apenas para o Japão, cujo o indicador é de 81%. “No Brasil, 71% das empresas se queixam da escassez de talentos, um número bastante alto que evoluiu desde as 2 últimas edições da pesquisa, onde em 2010 o índice foi de 64% e em 2011, 57%. O cenário de contratações atual é o oposto ao de alguns anos atrás em que faltava emprego e sobravam pessoas”, explica o country manager do ManpowerGroup, Riccardo Barberis. Os dados revelaram ainda que o problema é comum a países como Bulgária (51%), Austrália (50%), EUA (49%), Índia (48%), Nova Zelândia (48%), Taiwan (47%), Panamá (47%), Romênia (45%), Argentina (45%), México (43%) e Alemanha (42%). http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/veja-10-cargos-em-que-mais-faltam-profissionais-no-brasil/55708/

Como se preparar para uma negociação?

Como se preparar para uma negociação? Benjamin Franklin costumava dizer: "quem não leva a sério a preparação de algo, está se preparando para o fracasso" Existem inúmeras razões que podem levar uma negociação ao fracasso, mas o principal "pecado" é não ter presente que a maioria das negociações se ganha ou se perde de acordo com a qualidade da preparação, entre outras coisas, quando não se faz uma análise de riscos. Benjamin Franklin costumava dizer: "quem não leva a sério a preparação de algo, está se preparando para o fracasso". Assim, se quiser fracassar, você já tem a receita e pode fazer o que muita gente faz: inventar uma porção de desculpas para não se preparar, tais como, "não é preciso, eu já sei tudo", ou então, "eu não tenho todos os dados, foi tudo de imprevisto, ou eu não tenho tempo". Esta é apenas uma pequena lista das desculpas daqueles que se preparam para o fracasso. Cabem algumas considerações: (1) quem não tem tempo para preparar vai acabar tendo que arranjar tempo para o retrabalho ou para amargar o fracasso; (2) existem duas espécies de preparação: a específica e a não específica. A específica é quando se sabe de antemão com quem se vai negociar. A não específica é para as negociações imprevistas. Esta preparação é do tipo corpo de bombeiros. Os bombeiros se preparam para apagar incêndios, não importa onde e como ocorram; (3) a questão da dinâmica emocional: o ser humano age no sentido de buscar o prazer e evitar a dor. E não existe nada atraente em preparar uma negociação, a menos que você consiga dar um grande significado à preparação, como na história dos três operários que estavam fazendo uma mesma obra e, perguntados sobre o que estavam fazendo, responderam respectivamente: "Estou assentando pedras"; "Estou fazendo uma escada"; "Estou construindo uma catedral". Portanto, uma mesma obra suscitou três respostas muito diferentes. A maioria das pessoas não prepara porque acha que está assentando pedras. Se conseguir entender que preparar uma negociação é construir uma catedral, já temos um excelente ponto de partida. Também é preciso que se domine a tecnologia de preparação. De acordo com Sun Tzu, é preciso ver uma situação por dois pontos de vista: o nosso e o do outro lado. Mas, atualmente, isto só não basta, é preciso um terceiro, que é o de um observador neutro. Por outro lado, podemos seguir com Ilya Prigogine, Prêmio Nobel de Química, que postula o fim das certezas. Isto quer dizer que o enfoque determinístico já era. Assim, também temos que adotar uma abordagem probabilística. Para tanto, considere três possibilidades: otimista ou o que de melhor pode acontecer. Assim, esteja preparado para o melhor, caso contrário você poderá não percebê-lo e perder oportunidades, ou seja, achar que é bom demais para ser verdade. Nem tudo é tempestade. Às vezes os ventos sopram a favor. Pense depois no que seria o mais provável, tendo em vista não só o que aconteceu no passado, mas também as tendências que estão se manifestando, bem como as projeções de futuro. E finalmente pense no que pode acontecer de pior. Sempre pode prevalecer a Lei de Murphy. Sempre pode aparecer um imprevisto, uma surpresa negativa. De qualquer forma, é preciso que se esteja atento aos pequenos sinais que podem tanto se transformar em tempestades como em grandes oportunidades. Assim, baseado nestes pontos de vista e possibilidades, e para que se possa fazer uma análise de risco, desenvolvi a Matriz de Preparação de uma Negociação: que é uma estrutura conceitual única, que já testei em meus seminários de negociação com resultados surpreendentes e extremamente positivos, fazendo, inclusive, com que os participantes mudassem radicalmente a forma como vinham conduzindo suas negociações, inclusive as que já estavam em andamento. Para se preparar bem uma negociação é fundamental que se leve em conta 9 dimensões. Em geral, as pessoas levam em conta uma ou no máximo duas dimensões. Quem for otimista, considera a dimensão Eu/Otimista. O pessimista a dimensão Eu/Pessimista. Dominar esta matriz requer um bom aprendizado, mas compensa. Você terá uma visão mais abrangente de suas negociações. A estratégia de aprendizado comporta três passos. Primeiro, aprenda a ver a situação pela sua ótica, considerando as três probabilidades. Depois, pela ótica do observador neutro. E, finalmente, pela ótica do outro. Houve um tempo em que considerei que o segundo passo deveria ser ver a situação pela ótica do outro, mas constatei que para a maioria das pessoas isto é mais difícil. A partir da Matriz, cabem algumas considerações: - No caso de uma negociação com mais de duas partes, as linhas da Matriz devem contemplar todas as partes envolvidas - Para utilizar a Matriz, é preciso criatividade e imaginação. Não se trata, portanto, de um exercício burocrático. Na realidade, a preparação é um exercício de imaginação e criatividade - O que de pior pode acontecer para um negociador? Negociar com uma pessoa desonesta e muito competente. Um caso clássico disso foi a negociação entre Hitler e Neville de Chamberlain, primeiro ministro do Reino Unido, para tratar da questão da paz na Europa, envolvendo a posse dos Sudetos na Iugoslava. Chamberlain foi iludido por Hitler e fez um péssimo acordo - Tenha planos contingenciais para os casos de imprevisto - Tenha presente que o que importa, não é o que você faz, mas a resposta que você obtém pelo que faz. Assim, se o que você estiver fazendo não levar para onde você quer, tenha alternativas e mude - Saiba quando é importante mudar, mas também quando é importante manter posição e isto se chama flexibilidade. As duas frases abaixo, explicitam melhor o que é flexibilidade - "Insanidade é fazer as mesmas coisas repetidas vezes e esperar obter resultados diferentes". (Jeff Olson) - "Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes" (Jacob Riis) Isso significa que flexibilidade é comportamento adequando à situação. De qualquer forma, tenha presente o que disse Albert Einstein: "A mente que se abre para uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original". Assim, quando você compreender a Matriz de Preparação da Negociação, você vai se abrir para novas possibilidades e resultados. Outras considerações sobre a preparação: 1) prepare-se para todas as etapas. A negociação tem sete etapas. Sempre tenha presente que a negociação não acaba quando o acordo foi firmado, mas sim quando o acordo foi cumprido; 2) Procure saber se a negociação deve ser conduzida na base da barganha de propostas ou na base da solução de problemas. Isto pode fazer uma grande diferença; 3) tenha cuidado com discursos do tipo ganha/ganha. Só sabe, efetivamente o que é ganha/ganha, quem conhecer muito bem o que sejam as táticas ganha/perde, como a falsa negociação, a surpresa final, o falso acordo e uma série de táticas psicológicas. Caso contrário pode-se estar sendo profundamente ingênuo 4) Faça uso do MIN – Modelo Integrado de Negociação. O MIN é um modelo que desenvolvi com o objetivo de possibilitar uma abordagem holística de uma negociação. Tem como ponto de partida uma pergunta bastante simples: Quais são todas as condições necessárias e suficientes para que se tenha sucesso em qualquer negociação, seja ela aos níveis estratégico, tático ou operacional, não importando o grau de complexidade envolvido. Compreende cinco aspectos fundamentais e presentes em toda e qualquer negociação, que são: (a) conhecimento do negócio, pelas óticas técnica, financeira, contábil, jurídica, tributária, etc. (b) os cenários da negociação. Toda negociação ocorre em três cenários: o primeiro é aquele em que se dá a negociação. O segundo é o do eleitorado, ou, seja das pessoas importantes para os negociadores. O terceiro é o do macro-ambiente econômico e social. (b) o processo de negociação, suas etapas, estratégias e táticas de informação, tempo e poder, as formas de se fazer concessões e de superar impasses e objeções; d) o relacionamento interpessoal, que importa, entre outras coisas, nos estilos comportamentais de negociação, catalisador, apoiador, analítico e controlador e (e) a realidade pessoal do negociador, com suas crenças, valores, determinação, paixão e capacidade para superar adversidades. O que qualquer negociador que queira alcançar um patamar de excelência deve ter presente é que sem uma boa preparação, não há possibilidade de sucesso real. Assim, prepare suas negociações. Construa a sua catedral que você vai começar a ver que existem milagres e sempre tenha presente que quem pode o mais pode o menos. José Augusto Wanderley - consultor em Negociação e Liderança, autor do livro Negociação Total - Gente, 16ª Ed | jawander@jawanderley.pro.br.

Mercado da terceira idade: por que você precisa ficar atento a ele?

Mercado da terceira idade: por que você precisa ficar atento a ele? São 15 milhões de pessoas, o que significa 14% da população brasileira. Mesmo assim, são poucas as empresas que exploram este nicho de mercado de maneira consistente e adequada Composto por 15 milhões de pessoas ou 14% da população adulta, as pessoas acima dos 60 anos são responsáveis por mais de 47 milhões de domicílios. Com renda média de R$ 866 reais, são formadores de opinião das famílias, decidindo ou influenciando as decisões de compras. O avanço da medicina e a melhoria da qualidade de vida fizeram com que a expectativa de vida do brasileiro chegasse aos 72 anos, avançando 17 anos desde 1960. Ainda estamos longe de países como o Japão, onde a expectativa é de 82 anos, porém um pouco melhores que os 67 da média mundial. Tudo indica que em 2020 sejam mais de 30 milhões de brasileiros neste grupo. Ou seja, o dobro do que temos hoje! Apesar das evidências, são poucas as empresas que exploram este nicho de mercado de maneira consistente e adequada, com produtos e serviços especialmente desenhados para esta parcela da população. Analisando-se as variáveis do mix de marketing - produto, praça, promoção e preço - percebe-se a utilização com frequência das duas últimas, adequando-se à oferta existente. Pacotes turísticos e cruzeiros em baixa temporada, cursos e faculdades da terceira idade, cartões de desconto em farmácias e drogarias, são alguns exemplos. Convenientes por oferecer condições de preços especiais em períodos com baixa demanda, ajudam a cobrir os custos fixos envolvidos na operação. Em sua maioria a mesma oferta de serviços, sem maiores adequações as necessidades desta fase da vida. Ter mais dificuldades para ler, apresentar movimentos mais lentos, lembrar com menos acuracidade dos fatos presentes e andar mais devagar são consequências inexoráveis da idade. Entretanto, isso pode ser visto como uma oportunidade imensa para as empresas desenvolverem as duas primeiras variáveis do mix de marketing - produto e praça - sem ter que recorrer apenas a descontos e promoções. Um bom exemplo do potencial destes consumidores é o campo tecnológico. A exclusão digital, tão comentada nos dias de hoje, não se aplica somente às camadas mais carentes da população. Grande parte dos idosos não teve acesso à tecnologia enquanto estavam no mercado de trabalho. Produzir computadores com programas mais simples, celulares com dígitos maiores, porta remédios que avisem à hora de tomá-los, fechaduras que se abram utilizando as impressões digitais, carros com mostradores mais fáceis de enxergar e tantas outras adequações a este público já estão nos planos de diversos fabricantes mundiais. Criar produtos que possam eliminar a barreira entre as gerações pode gerar lucros atuais e potenciais para as empresas que o fizerem. Somado a isso estará o valor da vantagem competitiva gerada pelo pioneirismo. Talvez ainda não tenhamos no Brasil as mesmas oportunidades de países como os Estados Unidos, o qual conta com uma geração denominada de baby boomers. Nascidos após a 2° guerra, compõem um universo de 74 milhões de pessoas, cuja renda anual chega a impressionantes U$ 157 mil dólares. Estes boomers são responsáveis pela compra de 48% dos carros de luxo e ocupam 70% das vagas em cruzeiros. No nosso país, a economia estável pós-real criou instrumentos para que uma geração possa planejar sua aposentadoria. São hoje mais de 155 bilhões de reais investidos em planos de previdência privada e complementar, com quase 15 milhões de investidores. Quem sabe em 2020, grande parte dos 30 milhões de aposentados e pensionistas possa gozar da qualidade de vida e do padrão de consumo dos boomers americanos. Sorte de quem planejou, acreditou e investiu neste poderoso grupo. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/mercado-da-terceira-idade-por-que-voce-precisa-ficar-atento-a-ele/63848/

A importância do fracasso na vida e na carreira

A importância do fracasso na vida e na carreira Cuidado com as receitas de auto-ajuda e os modelos de sucesso pré-fabricados. Não existem conquistas fáceis "Estou certo de que nossa indisposição para ouvir a respeito de qualquer outra coisa que não seja o sucesso nos torna especialmente vulneráveis ao fracasso que tememos". Para quem imagina que esta é uma frase de algum psicólogo ou guru de auto-ajuda devo informar que está profundamente enganado. Ela é a conclusão de um recente artigo escrito pelo respeitado economista Paul Krugman, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), intitulado "Sem tempo para perdedores". O atual cenário em que vivemos – mudanças de paradigmas, incertezas mundiais e nacionais, ambiguidade, perdas financeiras, rompimento de modelos etc. – coloca em cheque todo um sistema que criou modelos de sucesso como busca de um estado permanente. Isto produziu nas pessoas, e especialmente nos sistemas de carreiras profissionais, um grande despreparo para lidar com fracassos, frustrações ou reveses. Especialmente porque o sentimento de manter-se sempre otimista parecia evitar situações adversas. Mas o que isto provoca é uma fuga da realidade. Ou, o que é pior, um total despreparo para encarar e administrar a realidade. As análises que procuram comparar o atual momento sócio-econômico do mundo com a grande depressão de 1929/1930 são quase unânimes em demonstrar condições muito diferentes. A velocidade da informação entre mercados e países cria uma dinâmica mais intensa que exige outros parâmetros e ações. Estamos mais vulneráveis com a inter-dependência gerada pela globalização. Mas o que não mudou foi a necessidade do ser humano de compreender todos estes fenômenos nas suas implicações sobre o seu comportamento e condutas. Negar a realidade ou criar "escudos" psicológicos de otimismo artificial podem terminar apresentando efeitos muito piores no médio e longo prazos. E não apenas sobre a nossa geração, mas as que nos seguem. E a realidade é mutante e desafiadora no sentido de que muitas vezes podemos extrair excelente aprendizado daquilo que não deu certo ou não funcionou tão bem. Como dizia Machado de Assis quando se referia ao passar biológico do tempo, podemos pintar os cabelos, esticar a pele, mas tudo isto é externo. Interiormente, o tempo e seus efeitos persistem. Portanto, é conveniente não apenas aceitarmos as alterações biológicas, ou psicológicas. Mas encará-las com as limitações e aprendizados que a vida nos proporciona. Infelizmente nossos modelos de êxito e felicidade estão equivocadamente apoiados na conquista da fama. Mas esta nem sempre vem devidamente acompanhada de felicidade ou sucesso. São estados e sentimentos diferentes. Os inúmeros exemplos de fama que a mídia apresenta não garantem referências de felicidade pessoal e profissional. Voltando ao artigo de Krugman quando se refere à sociedade americana, diz ele que "faria muito bem aos americanos se lessem livros de negócios que enfocam não apenas histórias de sucesso." E isto se referindo a uma das sociedades onde mais se proliferam os gurus do otimismo, pastores eletrônicos, disque-felicidade, literatura de auto-ajuda e outras formas ou modelos em que o êxito é colocado como um estado a ser mantido permanentemente. O grande risco destas formulas é que orientam as pessoas a manterem um estado de otimismo exterior. Ou seja, passando aos demais a impressão de que está "tudo muito bem" quando na realidade têm dificuldades para lidar com as incertezas e questionamentos individuais. Evitam olhar-se na perspectiva de um espelho interior. Muitas pessoas que conseguem manter a aparência estão despreparadas para o confronto com a intimidade e suas próprias inseguranças. Para isso a maioria dos programas de auto-ajuda não habilitam as pessoas. Voltando às observações de Krugman, quando fala dos executivos e empresários, diz que "embora de maneira inconsciente, a carreira empresarial exige uma enorme profundidade emocional. Uma atitude irônica ou um senso trágico da vida poderá torná-lo uma pessoa mais interessante. Mas poderá também prejudicar a perspectiva positiva que você precisa ter para tornar-se um executivo ou empresário de sucesso. E a literatura de negócios que quiser apenas conhecer coisas positivas está perdendo muito." Confio que está ficando mais claro para muitos profissionais que, tendo que lidar com uma sociedade com tanta complexidade e incertezas como a atual, não existe uma solução única. E sonhar continua sendo importante. Mas não basta imaginar que existam formas mágicas que nos isolam ou impermeabilizam frente à realidade. Aprender a lidar com as transições da vida, desemprego, aposentadoria, obsolecência veloz, queda de paradigmas, decepção com heróis etc. vai, a cada dia, tornar-se mais necessário. Uma das grandes demandas do cenário atual é a exigência de criar capacidade de administrar de forma produtiva o fracasso e tirar dele o aprendizado necessário. Ou como diz Daniel Piza nos seus "aforismos sem juízo" que "não gostamos da depressão porque quando estamos nela nos sentimos próximos da verdade". http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-importancia-do-fracasso-na-vida-e-na-carreira/63818/

Neocompetência: conheça esse novo modelo

Neocompetência: conheça esse novo modelo A famigerada “Regra do CHA” está ultrapassada. Conheça um novo modelo para o conceito de competência "Há dois tipos de pessoas:aquelas que fazem o trabalho e aquelas que ficam com o crédito.Tente estar no primeiro grupo: há menos competição lá."(Indira Gandhi) Seja para construir uma carreira de sucesso ou para encontrar sua vocação e seguir uma missão, ser competente é um pré-requisito básico. A mais difundida definição para competências foi formulada por Scott B. Parry, em sua obra "The quest for competencies", de 1996, em que ele diz: "Competências é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados, que afeta a maior parte de uma tarefa (papel ou responsabilidade), correlacionado à performance, que pode ser medido a partir de parâmetros bem-aceitos, e que pode ser melhorado através de treinamento e desenvolvimento". Esse conceito ficou registrado no mundo acadêmico e corporativo como a Regra do CHA. O "C" representa o conhecimento, o saber adquirido. É o processo de instrução e envolve formação, escolaridade, autodidatismo, leituras, cursos e treinamentos realizados. O "H" significa habilidade, o saber fazer. Trata-se da capacidade de produzir a partir do conhecimento adquirido e diz respeito a ações práticas como analisar, interpretar, compreender, julgar, planejar, administrar, comunicar, entre tantas outras. Mediante treino, repetição e prática constante, as habilidades podem ser desenvolvidas e lapidadas. O "A" constitui a atitude, o querer fazer. É a decisão consciente e emocional de agir diante dos fatos, com proatividade e assertividade. Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento. Ocorre que o conceito do CHA já não responde às demandas do mundo corporativo atual, motivo pelo qual desenvolvi um novo modelo ao qual intitulei "Neocompetência". Embora o conhecimento continue imprescindível, na base desta estrutura, é importante pontuar que ele não é mais estático. Aliás, as festas de "formatura" nas universidades deveriam ser simplesmente abolidas, porque ao concluir um curso de graduação com quatro anos de duração, por exemplo, muito do que foi estudado no primeiro e segundo anos já está defasado. Disso decorre a importância da atualização, o saber aprender, representando o desafio de ampliar o conhecimento de forma contínua, além da capacidade de discernir sobre o que deve ou não ser aprendido dentre tantas possibilidades. A atitude, embora seja o elo supremo desta corrente, precisa ser referendada pela realização, o fazer efetivamente, pois muitos que desejam não levam a termo suas ações, capitulando e desistindo no decorrer do caminho. Neste contexto, surge a premência da motivação, o fazer fazer. Num primeiro instante, do ponto de vista individual, mesmo porque a motivação é um processo pessoal, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado – muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou insiste no cumprimento da tarefa. Mas para se alcançar a efetividade, precisamos empreender ações não individualmente, mas em equipe. Neste ponto, a motivação se converte em apoio, sustentação e, em especial, inspiração àqueles que compõem o time. No estágio seguinte, o profissional competente compreende que conhecimento bom é conhecimento compartilhado e que para evoluir não apenas na hierarquia, mas nos processos de reconhecimento e de autorrealização, é necessário ensinar aos que estão ao seu redor. É o fazer saber, por meio da educação, disseminando experiências, comportamentos e melhores práticas. Neste momento, surge a importância da autoconsciência de que na medida em que ampliamos nosso espectro de conhecimentos, maior é nossa ignorância diante do universo de possibilidades do saber. A humildade representa o saber saber, a percepção clara e inequívoca de nossas próprias limitações e que nos faz simultaneamente educadores e educandos, combatendo a prepotência e a arrogância. Há que aprender, porém há também que ensinar. A humildade leva à prática inconteste da verdade. E como não há porque mascarar eventos ou ações passa-se a valorizar a autenticidade, o saber ser, onde importa não o que você tem, mas quem você é. Uma característica singular num mundo tão superficial em determinados aspectos como o que vivenciamos atualmente. O homem é um ser social por natureza, de modo que deve aprender não apenas a viver, mas também saber conviver, ou seja, viver com seus pares. A isso chamamos sociabilidade. Por fim, a solidariedade, que remete não à solidão, mas à cooperação, à responsabilidade e à interdependência. É a consciência plena de saber devolver à mesma sociedade em que convivemos um pouco do que aprendemos e somos a fim de mitigar as desigualdades. Compreendido o conceito moderno de "competência", fica mais fácil para o profissional definir como deve se posicionar. Há competências técnicas, comportamentais, relacionais, valorativas e transcendentais. Mas este é assunto para outra oportunidade. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/neocompetencia-conheca-esse-novo-modelo/63822/

Você sabe o que é competência essencial?

Você sabe o que é competência essencial? O autor indiano C.K. Prahalad em “Competindo pelo futuro”, contribui para o processo de formulação de estratégias empresarias, quando define um conceito sobre o que é competência essencial O autor indiano C.K. Prahalad em "Competindo pelo futuro", contribui para o processo de formulação de estratégias empresariais, quando define um conceito sobre o que é competência essencial. Prahalad, define competência essencial como um conjunto de habilidades e tecnologias que permite a uma organização oferecer um determinado benefício aos clientes. Você identifica uma competência essencial, quando ela gera valor percebido pelo cliente, provoca diferenciação entre concorrentes e possui capacidade de expansão. Qualidade na entrega do produto ou serviços, e respostas rápidas no atendimento ao cliente, não são competências essenciais, são atributos obrigatórios, competências básicas, fatores críticos de sucesso para qualquer empresa. Para sobreviver no mercado, a empresa precisa entregar qualidade em tudo aquilo que faz. Para crescer e se perpetuar, a empresa desenvolve competências essenciais. Portanto, competências essenciais não são especificas de produtos, mas contribuem para a competitividade de uma gama de produtos ou serviços, e podem até transcender as unidades de negócios da organização. As competências essênciais têm um impacto profundo sobre o potencial de crescimento e diferenciação competitiva de uma empresa, como por exemplo, no caso da Sony, a capacidade de oferecer aos clientes portabilidade de sua linha de produtos, a miniaturização de seus produtos inovadores, formam uma posição de liderança no mercado de eletrônicos. O compromisso da Sony com a eletrônica de bolso precedeu a invenção do walkman, do toca-discos a laser portátil e da televisão de bolso. As competências mais valiosas são as que abrem as portas para uma ampla variedade possíveis de mercados e de produtos, por isso a Sony, acredita no seu potencial inovador em mercados dos computadores portáteis, notebooks, netebooks e tablets. "É difícil embarcar no trem do desenvolvimento de competências depois que ele sai da estação". Prahalad entende que, em um mercado altamente competitivo, seria extremamente difícil para qualquer empresa, começando do "zero", alcançar rapidamente as competências em comunicação sem fio da Nokia ou o design inovador da Apple, e o saber fazer motores Honda. A integração entre as áreas de conhecimento da organização é a marca da autenticidade das competências essenciais. Fica muito difícil uma competência essencial se basear inteiramente em um único indivíduo ou em uma pequena equipe. É essencial fomentar a inovação nas unidades organizacionais, permitindo que as pessoas experimentem, aprendendo com os erros e correndo riscos, implantando uma cultura aberta e questionadora, tornando assim o processo de estratégias bastante democrático. Finalmente, é interessante observar, que uma competência essencial pode ser uma fonte de vantagem competitiva, pois é uma competitividade única e contribui para o valor percebido pelo cliente ou para o custo, mas nem toda vantagem competitiva constitui uma competência essencial, como por exemplo; a marca e os canais de distribuição da Coca-Cola, embora sejam fontes da vantagem competitiva, mas não são as competências essenciais da Coca-Cola. Localização das fábricas próximos aos fornecedores de matérias-primas, localizadas em um lugar onde o custo de mão-de-obra é mais baixo, todos esses exemplos são vantagens competitivas, mas não são competências essenciais. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/voce-sabe-o-que-e-competencia-essencial/63873/

As empresas estão ensinando seus clientes a abandoná-las

As empresas estão ensinando seus clientes a abandoná-las Na busca pela conquista de mercado, muitas organizações cometem o erro de privilegiar os novos clientes em detrimento dos clientes mais antigos. Um equívoco que pode sair muito caro a elas Pesquisas indicam que sai três vezes mais barato investir na manutenção dos atuais clientes do que na busca de novos consumidores. E que inúmeras vantagens justificam a necessidade das organizações buscarem a fidelização de seus clientes: é menos oneroso fazer negócio com os clientes estabelecidos do que com novos clientes; clientes fiéis apresentam compras crescentes ao longo do tempo; exigem menos investimento em propaganda; produtos e serviços podem ser oferecidos de forma mais personalizada e satisfatória; existe menos barganha de preços e o tempo de fechamento dos negócios é reduzido. Em vista desses argumentos, seria natural as empresas focarem suas ações de marketing na retenção dos atuais clientes, correto? Nem sempre. O que temos presenciado são situações em que algumas organizações priorizam a busca por novos clientes. A preocupação excessiva nos resultados de curto prazo, a busca incessante por maiores fatias de mercado, a briga incessante contra seus concorrentes e o equivocado pensamento do "conquistar" ao invés do "manter" tem feito com que muitas companhias cometam erros grotescos em suas estratégias. Muitas passam a privilegiar os novos clientes em detrimento aos clientes atuais, através de ações mercadológicas. É cada vez mais comum, infelizmente, encontrar clientes irritados com sua operadora de telefonia, sua editora de revista, sua concessionária de automóvel ou sua operadora de TV por assinatura. Isso porque algumas delas, erroneamente, lançam promoções com uma série de benefícios e descontos ofertados somente para novos clientes: descontos de 50% nas mensalidades para novos contratos, brindes e premiações na adesão ao serviço, bonificações nas chamadas telefônicas, internet gratuita por seis meses, entre outros. Tudo isso tem se mostrado eficiente para atrair novos clientes. E eficaz para afastar os atuais. Nada demais se essas ações/vantagens/benefícios não fossem exclusivas a novos entrantes. E quanto ao antigo cliente? Nada tem direito aquele cliente que há anos faz negócio com a sua empresa? Nada ganha o sujeito que sempre privilegiou o seu produto ao invés do seu concorrente? De mãos abanando fica o indivíduo que indicou por várias vezes o seu serviço a amigos, atuando como um defensor/vendedor dos seus serviços? As empresas estão incentivando seus clientes a abandoná-las! Pelo andar da carruagem, é mais compensador você trocar de fornecedor (com uma certa constância) do que manter-se fiel à uma única organização. Como mencionei no início, as empresas têm muito a ganhar com os clientes fiéis. Mas os clientes, o que ganham com essa empresa? É como o cônjuge exigir-lhe fidelidade sem nunca demonstrar qualquer vantagem para isso. As organizações querem a fidelidade de seus clientes, mas não se mostram fiéis a eles. Há dias atrás, um renomado consultor de empresas demonstrou sua indignação pelas redes sociais contra uma rede de locadora de veículos que lançou um novo programa de fidelidade exclusivo a novos clientes. Como ele é um cliente já estabelecido, não teria direito às vantagens do programa. Absurdo, não? Antes de estender o tapete vermelho para os recém conquistados clientes, se faz necessário um tratamento diferenciado (e especial) aos clientes antigos. Em mercados altamente competitivos, leva vantagem as organizações que conseguem manter seus clientes. E para isso devem lançar mão de estratégias de marketing de relacionamento – como CRM, programas de pontuação, marketing direto, cartão fidelidade. Privilegiar sobretudo, os atuais clientes. Como as organizações podem evitar os clientes oportunistas, se elas próprias os estão criando? Pergunte-se: qual a vantagem de nos mantermos fiéis a uma empresa sendo tratados dessa maneira? Elas precisam aprender (e rápido) que recuperar um cliente é muito mais oneroso do que mantê-los. Encerro com o relato de um antigo assinante de um jornal que deixou de sê-lo (depois de décadas) quando o jornal lançou uma promoção que premiava, com um brinde, somente os novos assinantes. Acreditando que também poderia ser contemplado, entrou em contato com o serviço de atendimento ao cliente solicitando o seu presente. A orientação da atendente foi clara e decepcionante: como antigo cliente, não teria direito ao brinde. Mas poderia ele, segundo a atendente, cancelar a sua assinatura e em seguida fazê-lo de novo, tornando-se assim um "novo" cliente antigo. Ele seguiu em partes a orientação da funcionária: cancelou a assinatura... e não a renovou mais. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/as-empresas-estao-ensinando-seus-clientes-a-abandona-las/63958/

Cada um fazendo a sua parte: o resultado é maior do que você pensa

Cada um fazendo a sua parte: o resultado é maior do que você pensa Somos seres marcantes capazes de mudar o nosso ambiente. Você não precisa ser especial, ter mídia ou dinheiro para mudar o mundo, você não precisa também de um cargo importante para mudar sua empresa Isso vale para tudo na vida. Nós somos mesmo pequenos diante do tamanho do universo e nem precisaria nos compararmos ao universo para mostrar o nosso tamanho diante tanta grandeza. Mas fique claro: nunca fomos, somos ou seremos insignificantes. Somos seres marcantes capazes de mudar o nosso ambiente. Você não precisa ser especial, ter mídia ou dinheiro para mudar o mundo, você não precisa também de um cargo importante para mudar sua empresa. Isso mesmo, você precisa de iniciativa para realizar o que tem de realizar. É preciso que tenhamos a ousadia de fazer as coisas acontecerem. Para os que são pessimistas digo que basta você fazer a diferença em seu lugar para mudar um mundo. Pensando grande. Se você deixar de doar uma roupa ou alimento porque acha que é pouco alguém vai deixar de vestir uma roupa deixar de comer algo. Se você doar, se eu doar e se fulano doar já teremos no mínimo três pessoas atendidas. É assim que funciona, você não pode deixar de fazer algo importante simplesmente porque acha que será insignificante. Vou te contar um segredo importante suas ações são relevantes por menor que sejam. Você tem que fazer a diferença que estiver ao seu alcance e com certeza com a soma de todos construiremos um mundo melhor. Vamos falar profissionalmente dentro da empresa agora. Muitos se limitam por achar que o cargo não permite algumas coisas, mas deixo claro sempre temos que dar o nosso melhor e pode ter certeza que sua função é importante, caso contrário, não estariam te pagando nenhum centavo para ocupar o cargo qual você ocupa. Então assuma essa importância e faça a diferença no seu ambiente de trabalho. Lembre você não precisa mudar a empresa toda, mas comece pelas coisas que estão ao seu alcance e logo você será um influenciador e agente de estímulos dentro da sua empresa. Temos que estar sempre dispostos a melhorar, aprender e criar. Não devemos nos opor ao nosso crescimento. Devemos nos desenvolver e lutar para fazer a diferença onde quer que estejamos. Por que nossa função é necessária e nosso comportamento deve ser o de dar o melhor de nós sempre. Aos administradores nada de se desestimularem, são vocês que devem ser estimuladores. Aos colaboradores que colocam a mão na massa nada de desestimularem são vocês os responsáveis por tudo. Concluo com a seguinte frase: faça a sua parte e deixe a sua marca, faça a diferença e não dê nada a menos que o seu melhor, porque sua atitude faz a diferença. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/cada-um-fazendo-a-sua-parte-o-resultado-e-maior-do-que-voce-pensa/63964/

Os 7 erros mais comuns de um profissional mal sucedido

Os 7 erros mais comuns de um profissional mal sucedido Veja o que você não deve fazer jamais para se dar bem na carreira Já escrevi diversos artigos sobre liderança, concentrando-me em geral nos escalões mais altos, tais como gerência e diretoria. Gostaria de mudar um pouco o foco, atendendo a hierarquia de maneira mais generalizada, apontando dicas para que um novo funcionário, seja em outra área ou empresa, possa se destacar frente a seus colegas de trabalho. Escrevo com base em minha experiência já um tanto larga como gestor de pessoas, as quais me permitiram uma visão privilegiada do comportamento de diversos profissionais. Ajudou-me o viés acadêmico por meio das lentes de professor universitário, observando, analisando e comparando situações do cotidiano, relatadas abaixo. Vejamos então, sete dicas do que não fazer para se dar bem. Cuidar somente do próprio quintal: duvido quem nunca tenha escutado a célebre frase: "isto não é minha responsabilidade". Apesar dos colegas que abusam da boa vontade dos bem intencionados, dispará-la ao primeiro questionamento não é a melhor atitude. Avalie e veja realmente se o problema não é de sua alçada, assim poderá colaborar. Ter medo de errar: compartilho a frase que ouvi de diversos gestores: "prefiro os que erram por fazer aos que não fazem por medo de errar". O erro, dentro de padrões aceitáveis, demonstra a próatividade do colaborador. O gestor competente deve aproveitá-lo para apontar, corrigir a rota e sugerir melhorias. Isto não justifica persistir no erro, lembre-se. Não querer se molhar: imagine a situação: fechamento mensal de vendas em uma distribuidora numa sexta-feira, quase final do expediente. O frenesi toma conta de todos, cujo objetivo é fechar as metas propostas. Agendar uma sessão de acupuntura, ou sair mais cedo para ir à praia, pode demonstrar que prefira ficar alheio. Imagine quem não será lembrado em uma eventual promoção... Trazer a farinha, não o bolo ou a receita: conheço colaboradores que adoram trazer problemas para a chefia imediata, apresentando-os e cobrando sua resolução. Saliento a estes que já tive diversos funcionários, os quais traziam o bolo pronto ou pelo menos algumas receitas para prepará-lo. Infelizmente já não os tenho em minha equipe, uma vez que invariavelmente progrediram em suas carreiras. Preferir o meio de campo: apesar da importância em jogar pelo time, trazer resultados individuais certamente fará com que se destaque na equipe. Engana-se que apenas os que trabalham em áreas de negócio ou em altas funções podem fazer a diferença. Grandes sacadas surgem na linha de frente, a qual convive e vive os problemas dos clientes no dia a dia. Tenha ideias, sugira, implemente e divulgue-as. Não ser político: apesar das notícias podres do Planalto, algo pode ser aprendido com os nobres deputados e senadores. Alianças e coligações devem fazer parte do seu dia a dia, independentemente do nível ou função. Em situações de estresse e alta demanda, é o bom relacionamento que muitas vezes fará com que seu pedido seja atendido com prioridade por outro colega de trabalho. Agir e não pensar: não parar de tempos em tempos para avaliar suas atitudes e comportamentos pode ser um erro fatal. O dia a dia opressor do mundo corporativo muitas vezes criam feridas, cujas cicatrizes nos deixam mais intolerantes e menos sensíveis. Pare de vez em quando e converse com seu superior, colegas e subordinados de maneira aberta, solicitando que pontuem sobre suas atitudes e comportamentos. Apesar da trivialidade das sugestões, há profissionais com currículos irretocáveis que não conseguem construir carreiras consistentes, pulando de empresa em empresa. Conheço por outro lado pessoas simples e com baixa instrução formal, as quais, devido às características mencionadas, tornaram-se essenciais nos locais em que trabalham. Quantas vezes você já não escolheu o restaurante pelo garçom ou a padaria pelo simpático atendente? Pense nisto antes de tomar sua próxima atitude. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/os-7-erros-mais-comuns-de-um-profissional-mal-sucedido/63965/

Howard Gardner: o psicólogo que mudou a forma de pensar a inteligência

Howard Gardner: o psicólogo que mudou a forma de pensar a inteligência Professor da Universidade de Harvard e da Boston School of Medicine, Gardner balançou as bases da Educação ao defender um método novo e ousado para medir o grau de inteligência nas pessoas. Seus mais de vinte livros e centenas de artigos vêm, ao longo de décadas, influenciando acadêmicos e educadores de todo o mundo. E ele não quer parar... Os critérios para determinar se alguém é inteligente mudaram radicalmente nos últimos 20 anos. E um dos responsáveis por essa transformação, sem sombra de dúvida, foi o psicólogo americano Howard Gardner. Ele desafiou a sabedoria convencional sobre a compreensão da inteligência humana ao concluir que a mente é composta de múltiplas capacidades independentes entre si, ao invés de apenas uma. Para Gardner, a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Porém, seus estudos vão além. Gardner também desenvolveu uma tese daquilo que chama de "Cinco mentes para o futuro", ao demarcar os tipos de competências que são necessárias para alcançar o sucesso pessoal e profissional no século 21. Ele promove, ainda, o grupo de pesquisa Good Work Project, com atuação pelo mundo, que defende o comportamento ético e a melhora na autoestima profissional. O psicólogo conversou com a Administradores sobre o seu trabalho realizado desde meados de 1980, e também sobre os novos caminhos da sociedade para a educação e para o trabalho. Em sua teoria das Inteligências Múltiplas, você destaca que cada pessoa possui uma mistura singular de vários tipos de inteligência. Mas como exatamente funciona esse processo? Todos os seres humanos possuem oito ou nove inteligências principais - linguística, lógica, musical, espacial, corporal, interpessoal, intrapessoal e naturalista. Além disso, existe a possibilidade de possuirmos uma inteligência existencial - a inteligência de refletimos sobre grandes questões. No entanto, duas pessoas não possuem exatamente o mesmo perfil de inteligências - nem mesmo gêmeos idênticos. Isso acontece porque nós temos experiências e motivações diferentes, e não queremos ser como os outros. Conhecidas essas diferenças, educadores e pessoas de negócios têm uma escolha. Cada um de nós pode tentar fazer o mesmo, ou podemos celebrar as diferenças e tentar ajudar indivíduos a encontrarem seu próprio nicho, de acordo com seus potenciais e interesses. Se pensarmos nos administradores pelo mundo e nos tipos de inteligência que descreve, quais seriam as inteligências mais necessárias para saber administrar? Por quê? Isso depende da natureza do trabalho. Se você trabalha em algum tipo de organização artística (museus ou moda), você lida com inteligências diferentes das quais lidaria se trabalhasse em uma companhia manufatureira, financeira ou tecnológica. É claro que o papel que você exerce na organização também importa. Se você trabalha com cálculo e orçamento, a inteligência lógica é importante. Caso a pessoa trabalhe na área de recursos humanos, as inteligências pessoais se tornam mais relevantes. Já para quem pretende atuar com comunicação, a inteligência linguística é crucial. É claro que cada gestor precisa ser capaz de trabalhar com diferentes indivíduos e, neste caso, ambas as inteligências - a interpessoal (compreender os outros) e a intrapessoal (compreender a si mesmo) são vitais. Você tem uma análise bem crítica sobre os testes padronizados e os famosos testes de QI. Qual seria o motivo? Há 100 anos, os testes de QI tinham o objetivo de predizer quem melhor se encaixaria em um determinado tipo de escola. Eles fazem isso muito bem, mas eu tenho um preditor muito melhor - a performance no último ano de escola. O problema com testes de QI é que eles fazem um trabalho racional de análise das inteligências linguística e lógica, mas não testam as outras inteligências que, inclusive, são muito importantes para o trabalho no século 21. Quanto a testes padronizados, o que realmente contesto são as respostas curtas e opções de múltipla escolha, que primeiramente observam o conhecimento factual. A vida não consiste em testes de múltipla escolha - você precisa decidir o que é importante e como lidar com isso. Usar padrões é muito bom, mas padrões precisam ser apropriados às tarefas imediatas. Agora com computadores, podemos olhar diretamente para as performances, através de simulações diretas das capacidades que são necessárias. Essa é uma maneira muito melhor de avaliar competências que um teste de múltipla escolha. Além disso, não existe mais a necessidade de memorizar fatos. Eles podem ser rapidamente obtidos em computadores pessoais e smartphones. Precisamos de pessoas para entender como aqueles fatos são apurados - os métodos que são usados por diferentes disciplinas e diferentes profissões... e que se alega não terem nenhum mérito. Você acredita que a educação ao longo do tempo vem sofrendo problemas pela maioria das escolas tratarem todos os alunos da mesma maneira? Sim, mas quando você tem aulas extensas e professores que não são versáteis, isso é inevitável. No passado, apenas um grupo tinha educação individual - os muito ricos, que podiam contratar tutores. Agora, vivemos pela primeira vez na história da humanidade um tempo em que educação individual pode ser amplamente distribuída, através dos computadores. Se existem dez maneiras de se aprender álgebra, ou como consertar uma máquina, ou como dar sentido a uma guerra civil, todas essas respostas podem ser obtidas on-line ou por aprendizado a distância. A perspectiva é muito animadora! Analisando os países emergentes, como o Brasil poderia melhorar a educação nas escolas para potencializar as habilidades e os tipos de inteligências dos nossos alunos? A teoria das inteligências múltiplas recomenda dois passos: individuação e pluralização. Individuação significa que devemos ensinar a cada indivíduo de modo que ele possa aprender facilmente, e avaliar esta pessoa de maneiras que sejam cômodas. Pluralização significa que devemos ensinar assuntos importantes de mais de uma maneira. Se você pode lecionar um assunto de diferentes modos, você recebe duas recompensas importantes: 1) você alcança mais estudantes, porque alguns aprendem melhor através de histórias, outros por meio da lógica, ou trabalhos artísticos, ou esquemas; 2) você tem uma demonstração do que significa compreender bem alguma coisa. Se você compreende bem qualquer assunto ou ofício, você pode apresentá-lo de diferentes maneiras. Nós temos uma vasta experiência em treinar a mente disciplinada, muito menor que nas mentes sintética ou ética. E então aqueles países que podem buscar esses tipos de mentes com êxito terão uma grande vantagem. Muito do que é errado nos Estados Unidos, e em países influenciados pelos Estados Unidos, é que estamos preparando nossos jovens para os séculos 19 ou 20. Você também desenvolveu a tese das "Cinco mentes para o futuro", na qual ressalta como essenciais para o século 21 a mente sintética, disciplinada, criativa, respeitosa e ética. Quais foram as razões que o levaram a escolher essas cinco abordagens como fundamentais? Em meu trabalho com inteligências, eu operei como um pesquisador, tentei definir as inteligências humanas essenciais. Quando recomendo cinco mentes para o futuro, estou agindo como um diplomata. Não existe nada mágico sobre as cinco mentes. Eu poderia ter escrito sobre a 'mente tecnológica' ou 'a mente digital' ou 'a mente intercultural'. Escrevi sobre mentes que considerei importantes e acredito que contribuí para coisas importantes. Mas qual delas é a mais importante? Acredito que todas elas são necessárias, mas a respeitosa e a ética são as mais importantes. Se não tivermos respeito pelos indivíduos, particularmente aqueles aparentemente diferentes de nossas famílias, e se não nos comportarmos de um modo ético, o planeta que conhecemos não existirá. As pessoas no Brasil têm a imensa vantagem de viver em uma cultura muito diversa. Isso é muito mais difícil para pessoas que vivem em uma cultura mais homogênea, como na área agrária da China, ou Escandinávia. Quanto às outras três mentes, existem mais opções: algumas pessoas serão peritas sintéticas e algumas pessoas serão criativas/empresariais. Mas todas as pessoas precisam ter habilidade em alguma área, e esse é o aspecto onde a mente disciplinada se torna crucial. Ainda sobre as cinco mentes, você poderia nos apontar pessoas que seriam excelentes exemplos por possuírem com desenvoltura uma dessas mentes? Existem exemplos em abundância de indivíduos com mentes disciplinadas - bons estudiosos, artistas, profissionais. Como um grande sintético, menciono o biólogo Charles Darwin. Na era contemporânea, dois grandes biólogos sintéticos são E. O. Wilson e Stephen Jay Gould, ambos colegas em Harvard. Eu escrevi um livro chamado "Criando Mentes", sobre sete grandes criadores da era moderna: o físico Albert Einstein, o poeta T. S. Eliot, o pintor Pablo Picasso, o músico Igor Stravinsky, o psicanalista Sigmund Freud, a dançarina Martha Graham, e o líder religioso-político Mahatma Gandhi. O presidente Barack Obama exemplifica uma mente respeitosa, enquanto o presidente Abraham Lincoln tinha uma mente ética. Desculpem-me por esses exemplos não incluírem indivíduos do Brasil, pois tive que mencionar pessoas que conheço bem. Quais são seus próximos passos em relação a pesquisas? No momento, está trabalhando alguma nova pesquisa que poderia nos contar? Meu trabalho atual representa um esforço em dar condições ao meu país e a outras localidades. Nos últimos cinquenta anos, os mercados também se tornaram poderosos em demasia nos Estados Unidos e acabaram trazendo uma situação em que a maioria da população é impulsionada pelo medo, de um lado, ou pela ganância, por outro. Então, colegas e eu temos tentado promover o bom trabalho, ou seja, o trabalho que é excelente, engajado e ético. Além disso, pregamos a boa cidadania, sendo ela, que consta em membros que conhecem as leis e regulamentos de uma sociedade, preocupam-se com eles e tentam fazer o que é certo para uma convivência mais plena. Nós também estamos empreendendo esforços para aumentar a incidência do bom trabalho nos Estados Unidos. Você pode aprender mais sobre esse projeto visitando os sites goodworkproject.org e hgoodworktoolkit.org. http://www.administradores.com.br/informe-se/entrevistas/carreira-recursos-humanos/howard-gardner-o-psicologo-que-mudou-a-forma-de-pensar-a-inteligencia/79/

Trabalho à distância é uma tendência em crescimento no Brasil, aponta pesquisa

Trabalho à distância é uma tendência em crescimento no Brasil, aponta pesquisa De acordo com a consultoria Robert Half, 47% dos diretores de RH brasileiros notaram o crescimento do home office nos últimos três anos Trabalhar em casa está cada vez mais comum no Brasil e no mundo. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela consultoria Robert Half com 1.876 diretores de Recursos Humanos em 16 países. De acordo com 47% dos entrevistados brasileiros, o trabalho remoto (home office) aumentou nos últimos três anos, enquanto apenas 8% observaram a diminuição e outros 37% notaram que a concessão do benefício permaneceu igual durante o período. O Brasil é o terceiro na lista dos países onde a incidência de trabalho remoto mais aumentou. A China aparece como a líder no ranking, com 54% dos entrevistados apontando para o aumento do home office naquele país. Singapura, onde cinco em cada dez entrevistados observaram o aumento do trabalho em casa, vem em seguida. TOP 10 do aumento de trabalho remoto 1_China 54% 2_Singapura 50% 3_Brasil 47% 4_Austrália 45% 5_Bélgica 44% _Luxemburgo 44% _Reino Unido 44% 8_Holanda 43% 9_Chile 42% 10_Suíça 38% http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/trabalho-a-distancia-e-uma-tendencia-em-crescimento-no-brasil-aponta-pesquisa/55859/