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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não mate um leão por dia, mas sobreviva à selva corporativa

Não mate um leão por dia, mas sobreviva à selva corporativa

Chefe é chefe. Convença seu chefe de que é importante para a organização tomar conhecimento que você tem um papel importante também.
Por Julio Sergio Cardozo

Quem muda de emprego achando que todos os problemas vão acabar está redondamente enganado. Trocar de emprego é trocar de problemas, por isso, o segredo é impedir que os aspectos negativos do ambiente de trabalho tirem você do sério. Não raro você sente que perdeu o controle e suas energias estão indo embora. O que fazer?

Se seu chefe compete com você, por exemplo, naturalmente sua situação é desfavorável e o desgaste inevitável. Há saída? Sim, se você souber ter jogo de cintura. É importante trazer seu chefe para seu lado, mostrando que você tem informações que o fará ficar bem na fita. Alguém pode me questionar: "Mas Julio, ele se aproveita disso e recebe os louros que caberiam a mim!".


Você está certo, mas não há outra forma de você agir. Chefe é chefe, qualquer deslize e sua cabeça ficará na berlinda. O grande lance é saber entrar no jogo e tirar proveito disso. Como? Faça com que, de alguma forma, seu nome apareça. Convença seu chefe de que é importante para a organização tomar conhecimento que você tem um papel importante também.


Assim você se mantém, passa a ser percebido e mostra que é um importante aliado de seu chefe em suas ações (e que ele não consegue dar nenhum passo sem você). Não esqueça de que mesmo ele não tendo o controle, precisa ter a certeza que tem. Autoridade, aliás, é algo que você precisa ter cuidado. Ninguém gosta de ser mandado.


Uma amiga disse uma frase que reflete bem as regras do mundo corporativo "Manda quem pode e obedece quem tem juízo". Não significa, no entanto, que os dominantes apenas falam e os submissos ouvem. Gosto muito de uma dica do autor Albert Bernstein em seu livro 101 Soluções para Sobreviver no Mundo Corporativo (Editora Campus) que diz "os subordinados podem solicitar esclarecimentos ao chefe, mas não justificações".


Outra dúvida é em relação a ser puxa saco para progredir na carreira. Infelizmente, tenho que admitir que muitos chefes adoram aduladores. E, neste caso, se você não for político, ficar questionando o chefe com frequência, das duas uma: vai ser infeliz a vida toda ou demitido na primeira onda de cortes. Causar uma boa impressão a seus superiores é fundamental. Os chefes precisam achar que você gosta deles.


Então, procure ser político (o que é bem diferente de ser puxa saco). Saiba colocar suas opiniões, pontos de vista e quando abrir mão de seus princípios. Cada situação deve ser avaliada, só não esqueça que tratar seu chefe como amigo pode lhe trazer benefícios. Se alguém lhe chamar de puxa saco, ignore. Se você tem a consciência limpa e sabe usar bem as armas do mundo corporativo, sua atitude política vai lhe render frutos. Agora, ser apenas puxa saco é um risco e um erro. Cuidado.


Se o problema é driblar os colegas fofoqueiros, o melhor caminho é ficar de fora. Nada de reagir ou entrar em bate-boca. Quando não há plateia não há show, portanto, ignorar que ela existe vai levá-la por água abaixo. As pessoas que propagam histórias negativas sobre você ou seus colegas fazem isso porque querem repercussão, reação. Quanto mais você der brecha, mais motivo terão para falar de você.


Sobreviver à selva corporativa pode parecer uma missão impossível, mas se você não pretende ser dono do próprio nariz é bom aprender a lidar com ela. Não é preciso matar um leão por dia, apenas o domestique como se fosse um animal de estimação.

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