Visitas

visitantes OnLine

domingo, 27 de abril de 2014

Atitudes mal vistas por gestores e colegas prejudicam sua carreira

Atitudes mal vistas por gestores e colegas prejudicam sua carreira Saber se comportar no ambiente de trabalho pode contribuir para sucesso Por Redação O modo como você se comporta no ambiente profissional diz muito sobre você e pode ser a diferença entre conseguir uma promoção ou ser dispensado. Pode parecer que não, mas primeiras impressões ainda são um dos critérios de seleção na maioria das empresas, e a boa relação interpessoal de um funcionário é determinante para seu sucesso profissional. Para se ter uma ideia, um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que dois terços das demissões nas empresas são causadas por dificuldades de relacionamento com os colegas. Segundo o diretor executivo da Innovia Training e Consulting, Ricardo Barbosa, isso significa que competência técnica nem sempre é tudo que se espera de um funcionário e que as pessoas que não têm uma boa habilidade para criar relacionamentos acabam tendo menores chances de serem bem sucedidas. Ele destaca algumas ações de etiqueta empresarial que devem ser praticados por todos a fim de minimizar os atritos e preconceitos e manter o clima de confiança e parceria dentro da empresa. “Elas devem abranger todo o contexto da empresa, desde o office-boy até o presidente”, diz. 1. “Pontualidade deve ser ponto de honra no ambiente empresarial”, defende Ricardo. Organize-se para chegar na hora todos os dias e para cumprir os prazos propostos. Caso perceba que não será possível atender a um compromisso no horário marcado, ligue e informe sobre o atraso. 2. A vestimenta ainda diz muito para as pessoas. A recomendação é usar roupas discretas e evitar decotes e cores berrantes, uma vez que sua imagem e seriedade podem ser comprometidas. Além disso, tome cuidados com a higiene pessoal. 3. “O ditado ‘a primeira impressão é a que fica’ deve ser levado a sério”, diz Ricardo. Seja cordial e prestativo desde o primeiro contato, saiba ouvir e falar na hora certa e tenha sempre cartões profissionais disponíveis. 4. Sempre que for entrar em um local, peça licença antes e busque cumprimentar todas as pessoas que estiverem presentes. “Só estenda a mão se o interlocutor o fizer primeiro e apenas se sente se for convidado por ele”, explica o diretor executivo da Innovia. 5. Comunique-se corretamente com as pessoas. Busque olhar nos olhos delas, demonstre atenção ao que estão falando, não se distraia durante a conversa e procure estabelecer um diálogo. 6. Mantenha a postura correta: não cruze os braços e evite se sentar de qualquer jeito, ”deitando” na cadeira ou sentando na beirada. 7. “A maioria das corporações possui códigos de ética e de conduta. Procure se informar sobre onde pode encontrá-los e leia com atenção”, orienta Ricardo. 8. Seja organizado e demonstre isso para os gestores e colegas. “Planeje adequadamente seu tempo e sua mesa e mantenha os papéis e arquivos de computador nos devidos lugares, onde não só você, mas qualquer membro da empresa consiga localizar quando necessário”, aconselha. 9. Respeite os colegas e o espaço de trabalho. Isso não significa ficar calado durante o expediente, mas sim evitar assuntos que exponham o seu lado pessoal ou de outra pessoa. Fofocas não combinam com o ambiente profissional. Além disso, adeque a altura da sua voz ao ambiente. 10. Cuidado com a utilização de celulares no trabalho. Evite fazer ligações pessoais e, caso receba alguma, busque atendê-la em um local privado. “Não fale demasiadamente alto e muito menos utilize termos de baixo calão. Cuidado com o toque do celular, o correto é deixá-lo no modo silencioso”, defende o profissional. 11. Além do celular, também é preciso ter cuidado com as redes sociais. Algumas empresas proíbem completamente seu uso, enquanto outras possuem políticas restritivas. Busque saber os limites. 12. “Amizades no ambiente de trabalho é um tema delicado. É importante diferenciar amigos de colegas de trabalho, principalmente dentro da empresa”, alerta Ricardo, defendendo que, na hora de realizar uma cobrança ou dar um feedback negativo, esse limite tem de ser muito claro. 13. Bom humor é uma necessidade nas empresas. Quando estiver tendo um dia difícil, reflita se os outros têm a obrigação de compartilhar as dificuldades com você. No entanto, cuidado com as brincadeiras. Um ambiente de trabalho descontraído é positivo desde que sejam feitas apenas brincadeiras saudáveis, que promovam uma atmosfera alegre e equilibrada e, principalmente, que não ultrapassem limites. 14. Busque ter jogo de cintura na hora de imprevistos e ouça a opinião dos outros. “Muitas vezes, de opiniões divergentes se chega a um ponto em comum correto. É preciso saber argumentar, mas também é necessário ceder”, argumenta Ricardo http://www.mulher.com.br/carreira/atitudes-mal-vistas-por-gestores-e-colegas-podem-prejudicar-sua-carreira

Pior posição para dormir é de bruços: veja como evitar dores

Pior posição para dormir é de bruços: veja como evitar dores Quiropraxista explica quais posições devem ser evitadas e como escolher o travesseiro ideal Uma boa noite de sono repõe as energias e deixa qualquer uma pronta para as atividades do dia seguinte. Se você acorda cansada e com dores no corpo, pode estar dormindo em uma posição que prejudica sua coluna ou, até mesmo, usando o travesseiro errado. O quiropraxista Jason Gilbert dá dicas para acordar novo em folha no dia seguinte. Leia também: Sono, temperatura e até poluição podem dificultar perda de peso Ter uma boa noite de sono ajuda a perder peso Veja como escolher o melhor colchão para uma boa noite de sono Travesseiro Segundo Gilbert, a coluna vertebral deve se manter reta e a primeira forma de evitar que ela fique curvada é prestar atenção na altura do travesseiro. Os muito altos ou baixos demais devem ser evitados, assim como muito duros ou muito moles. O certo é aquele que mantém a curvatura do pescoço quando a pessoa está deitada com a barriga para cima. A dica do quiropraxista são os travesseiros que têm aproximadamente quatro dedos de altura. Posições Dormir de bruços pode ser uma delícia, mas é a pior posição para a saúde, porque força a região lombar e a região cervical. Além disso, o pescoço fica totalmente tracionado e rotacionado, o que causa um desgaste e uma tensão nos nervos e músculos. Isso pode causar torcicolo, dor de cabeça e em longo prazo redução na amplitude do movimento do pescoço. Para aqueles que não conseguem dormir em outra posição, o quiropraxista aconselha que a pessoa não utilize o travesseiro para diminuir os impactos. Dormir de bruços é a pior posição para a saúde! Crédito: Shutterstock Dormir de bruços é a pior posição para a saúde! Apesar de parecer inofensivo, dormir de barriga para cima pode ser prejudicial se as pernas estiverem totalmente esticadas, porque isso causa uma sobrecarga na região lombar. Nesse caso, Gilbert aconselha a posicionar um travesseiro atrás do joelho para amenizar essa tensão muscular. Esparramar-se na cama é uma relaxante, mas também é prejudicial à saúde da coluna. Nessa posição, a coluna fica torta e há uma sobrecarga na região lombar. A posição mais indicada para uma boa noite de sono é dormir de lado com as pernas alinhadas e um travesseiro entre os joelhos para reduzir a carga nos quadris e coluna lombar. Abraçar um travesseiro para acomodar as mãos também é uma boa dica para não causar pressão na região cervical. http://www.mulher.com.br/bem-estar/pior-posicao-para-dormir-e-de-brucos-veja-como-evitar-dores

dicas para dona de casa

14 dicas indispensáveis para qualquer dona de casa Aprenda truques e segredos utilíssimos para facilitar as tarefas domésticas Por Redação Shutterstock Shutterstock Na cozinha... 1. Para tornar o detergente mais eficaz, acrescente algumas gotas de vinagre no recipiente e misture bem. O vinagre potencializa o poder de desengordurar, além de proporcionar um brilho extra às louças e panelas. 2. Para tirar o cheiro de alho, cebola e água sanitária das mãos, basta esfregar os dedos em uma peça de aço inoxidável (pode ser um talher) sob água corrente. 3. Para o arroz ficar bem soltinho, acrescente uma colher de vinagre na água do arroz na hora do cozimento. Já para soltar o arroz que ficou empapado, coloque-o em uma peneira e passe sob água fria, como se fosse macarrão. No banheiro... 4. Evite deixar o cesto de roupa suja no banheiro, pois pode gerar mau cheiro. O lugar ideal para elas é na lavanderia! 5. Após escovar os dentes, sempre limpe a pia, pois os resíduos de pasta de dentes secam e causam um ar desleixado ao seu banheiro. 6. Sempre deixe um desinfetante no banheiro ou um “climatizador”, aqueles aparelhinhos que podem ser colados na parede e que liberam um cheiro agradável ao ambiente. 7. Mantenha sempre uma planta, de preferência, que cresça para cima no banheiro, já que elas ajudam a circular a energia do ambiente. Na sala... 8. Estofados da mesma cor da parede tornam os nambientes mais aconchegantes e elegantes. 9. Modismos de decoração devem ficar restritos aos detalhes – peças pequenas como almofadas, mantas e abajures. Assim, quando você enjoar ou o estilo sair de moda, pode-se “reformar” a sala com baixo custo. 10. Um sofá de frente para o outro facilita a comunicação entre as pessoas. 11. Um pouquinho de açúcar (ou 1 aspirina) na água do vaso de flores vai mantê-las bonitas por muito mais tempo. Na lavanderia... 12. Para tirar as manchas de batom das roupas, esfregue um pouco de álcool nelas antes de lavar. 13. Para remover as manchas de caneta esferográfica, esfregue rapidamente com uma mistura de leite com vinagre, repetindo o procedimento por algumas vezes. 14. Marcas de café são eliminadas ao lavar a roupa manchada com água morna e glicerina. http://www.mulher.com.br/casa/14-dicas-indispensaveis-para-qualquer-dona-de-casa

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Educação: repensar posturas e paradigmas para ousar

Educação: repensar posturas e paradigmas para ousar fevereiro 1, 2014 admin Colunas, Jane Patricia Haddad 1 comentário “Diante de tantas mudanças e avanços, embora não pareça, a escola passa a ser um referencial ainda maior para alunos e suas ‘novas’ famílias.” A Educação encontra-se diante da impossibilidade de tudo saber e responder, não há certezas prontas e acabadas, o momento atual nos convida a fazer uma passagem, da certeza à incerteza. Das respostas prontas a perguntas em aberto. Vivemos um momento de travessia, com novas configurações familiares, aumento significativo da violência, avanço da tecnologia, mudanças e mais mudanças. Diante de tantas mudanças e avanços, embora não pareça, a escola passa a ser um referencial ainda maior para alunos e suas “novas” famílias, lembrando que a escola é habitada por pessoas que também estão em processo de mudança. Mudança sugere outra forma de pensar, agir e interpretar, olhar o cenário atual é reinterpretar os sinais visíveis e invisíveis; professores desanimados, alunos apáticos, famílias ausentes, escolas depredadas, uma educação em aberto. Falar de educação é falar de vida, pessoas e relações que se estabelecem em um tempo e espaço. Nessa perspectiva, proponho um revisita à nossa própria infância: na minha em especial … Poucas lembranças habitam minha memória, porém, uma é presente: o CUIDADO das minhas, das suas, das nossas necessidades básicas, as de uma criança totalmente em estado de dependência. Chegamos ao mundo sem saber ao certo de onde viemos, onde estamos e para onde vamos. Aos poucos, marcas vão sendo parte de nossa história, compondo uma memória afetiva. Lembranças vagas: a forma em que fomos recebidos; o calor humano ou a frieza de alguém que apenas nos recebeu; o tom de voz em forma de melodia ou o grito desesperado; a primeira alimentação ou a privação do alimento; o desconforto do molhado ou o conforto do cuidado. Um cuidado como amparo. Passado um tempo, a total dependência vai sendo mesclada com uma codependência (mãe – bebê), eles vão se distanciando e aos poucos aprendendo a cuidar de si ou cada um por si – se pensarmos aqui no momento atual em que nos encontramos. Lembranças vão sendo guardadas e substituídas por realidades, presença e ausência se misturam. “Nós, adultos, não compreendemos nossa própria infância” (Freud 1886, p. 10). Nesse momento de codependência ou coausência, saímos do ambiente primário seguindo rumo ao secundário, ao nosso segundo mundo: a ESCOLA, uma instituição que ouvimos falar ser segura. É lá que iremos aprender a ler, fazer contas, brincar, conhecer pessoas novas e conhecer a querida professora. Segundo Meyer (2002, p. 8 ), quando a criança chega à escola, ela já traz consigo suas primeiras vivências com o saber apreendido em casa, suas relações com seus primeiros objetos de amor, seus pais. Sendo assim, a escola passa a ser para a criança a continuidade de suas primeiras vivências em casa, que servirá como peça fundamental para o processo ensino-aprendizagem. A aprendizagem no ambiente da Escola Na perspectiva psicanalítica, a aprendizagem não foca os conteúdos, e sim o campo (vínculo) que se estabelece entre professor e aluno, o que pode favorecer ou não a condição para o aprender, independente dos conteúdos apresentados. Portanto, é importante compreender a transferência como “fenômeno universal da mente humana (…)” e que “domina o todo das relações de cada pessoa com seu ambiente humano” (Freud, 1976, p. 56). Um processo inconsciente, que pode se manifestar em sentimentos afetuosos e/ou hostis, que aparentemente podem não ter uma justificativa real, lógica. Muitas vezes são desafetos dirigidos ao professor, que não dizem respeito a ele e sim ao “lugar” que ele ocupa, ou ao que ele representa no discurso. Só assim o professor pode se tornar a figura a quem serão endereçados os interesses dos alunos. A transferência se produz quando o desejo de saber do aluno se liga à pessoa do professor (com seu desejo de ensinar). O momento a que somos chamados diante desse quadro é o da coresponsabilidade, já que é na relação que se estabelece entre professor e aluno que pode ocorrer uma disponibilidade ao aprender. O mal-estar que vem se instalando entre professores e alunos passa pelo endereçamento pessoal, ou seja, tomar a agressão para si é um erro que cometemos diariamente em nossas salas de aula e até mesmo em nossa vida pessoal. De que modo é possível restabelecer o vínculo entre professor aluno? Reconhecer a importância de se diminuir o mal-estar nas escolas é buscar repensar um discurso que vem sendo sustentado em queixas e lamúrias. E levar em conta que o mal-estar é inerente ao ser humano, ele sempre estará presente. Acredito que se pode propor uma reconciliação do possível com o desejável, do desejo de querer ser Professor, além do “estar professor” até que algo melhor apareça. Ser educador na atualidade é resgatar e legitimar seu lugar. Ser professor em um momento de tantas mudanças é perguntar-se: desejo ser educador? Estou a serviço de quem? Quero ajudar a formar que tipo de sujeito? O momento atual convida professores a mudarem de posição, saírem da queixa e passarem para a responsabilidade, ousar e reinventar uma nova forma de relacionarem-se consigo mesmo e com seus alunos. Saírem do lugar de espera: de serem cuidados, ora pela escola, ora pelo diretor, ora pelo médico, ora pela família. Esse cuidado deve vir de si, em primeiro lugar, para depois vir do outro. Há uma urgência de um reposicionamento, cada um assumindo um lugar de autocuidado. Existe um campo possível, o campo do autocuidado, para passarmos do eu-eu para eu-outro. Um cuidado que pode fazer uma conexão entre o possível e o desejável, como um começo para se pensar alternativas de sair do “mal-estar” educacional que vem afetando professores e alunos sob a forma de adoecimento. “Adoece o sujeito, por não conseguir simbolizar o mal-estar, não conseguir transformá-lo em palavras” (Diniz,1998, p. 206). Esse mal-estar estará evidente no discurso de professores, alunos, pedagogos e gestores se forem criadas oportunidades de escuta. Repensar educação é começar a interrogar o mundo. De onde vem tanto fracasso escolar? Por que os alunos não aprendem na escola e, sim, fora dela? O que estamos ensinando? Como olhar para o mundo Olhar para o mundo hoje é aceitarmos que tudo é possível, o tempo-espaço mudou, no entanto, a educação ainda tateia seu lugar. Como compreender uma educação, um aluno, um processo, se muitas vezes não entendemos nossa própria origem? Passeando por alguns pontos que me chamam atenção como educadora, observo que desde cedo pais e professores demandam que as crianças aprendam em determinado tempo e espaço. Prometem a elas que, ao estudarem, tirarem boas notas e serem bem comportadas, elas serão “bem sucedidas” na vida futura. Pode até ser, mas isso não é mais garantia. Defendo a ideia de que o tempo presente é que necessita ser repensado e reinterpretado. No futuro o ser bem-sucedido pode sim acontecer, porém, em sua relação com o tempo presente. Enquanto a educação persistir em preparar o aluno para o futuro longínquo, para o mercado de trabalho mutante, ou mesmo classificando-o como fraco ou forte, vitorioso ou fracassado, do bem e do mal, continuaremos compactuando com uma educação como fim e não como meio. Como proclamar novos discursos demagógico-pedagógicos, se crianças e jovens continuam sendo enfileirados, etiquetados e impostos a normas e regras rígidas, que nem eles mesmos reconhecem? Na relação do aluno com o professor nem sempre há algo intencional, por parte deles, e sim um pedido de ajuda, uma fala solta, um olhar “pedinte”. Acredito que tanto a Psicanálise quanto a educação podem propor uma reconciliação do possível com o desejável, uma forma de construir algo novo, partindo das relações subjetivas, do desejo de saber (aprender). Como diz Bernard Charlot (2000, p. 82), “a relação com o saber é o próprio sujeito, na medida em que deve aprender, apropriar-se do mundo, construir-se. E por que não a relação do cuidar de si para cuidar do outro”? Afinal, de que educação tanto falamos? Referências: CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber – elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000. DINIZ. “O mal-estar das mulheres professoras”. In: Lopes EMT ET AL. (Orgs): A Psicanálise Escuta a Educação. Belo Horizonte: Autentica,1998. FREUD, Sigmund. “O mal-estar na civilização”. In: ESB, vol. XXI. Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1976 Por Jane Patrícia Haddad http://direcionalescolas.com.br/2014/02/01/educacao-repensar-posturas-e-paradigmas-para-ousar/

As crianças já nascem “plugadas” na tecnologia

As crianças já nascem “plugadas” na tecnologia dezembro 10, 2013 admin Matérias 1 comentário Quem nasce hoje, nasce “plugado” na tecnologia, querendo ou não. São aparelhos que já circundavam o corpo da mãe, em ultrassons super modernos, foram horas de “papo” escutado quando a mãe falava ao telefone, ao celular, dançava cantando aquela musiquinha do ifone, as pesquisas na internet, o barulhinho do computador…E logo ao nascerem, aqueles brinquedos lindos, que fazem de tudo e os jogos maravilhosos que estão cada vez mais impossíveis de se resistir… Quem nasce hoje está irremediavelmente ligado à tecnologia. Não é à toa que para um dos maiores especialistas em educação e tecnologia, Prensky, “por mais que os adultos consigam adquirir fluência nos computadores, nós somos o que ele chama de “imigrantes” digitais e as crianças, “nativas”… Mas isso não significa de forma alguma, que para viver essa nova realidade mundial, não seja indispensável também uma educação especialmente pensada para mais este ambiente onde as crianças e jovens passaram a “viver”. Funciona como quando mandamos nossos filhos à escola pela primeira vez: uma série de providencias e de recomendações não excluíram o nosso olhar permanente sobre tudo e todos com quem eles tinham contato e estavam aprendendo, certo? Com o mundo digital, tecnológico, é o mesmo: eles devem ser preparados para saber se comportar e defender no novo ambiente e nós temos que estar sempre supervisionando cada um de seus novos passos. Mesmo porque, com o computador, mesmo com câmera, não há o contato pessoal tão apreciado pelas crianças e por isso ele sozinho não é grande companhia a não ser por um tempo determinado por dia, apesar de ser mais interativo que a TV. Não que as crianças anti-sociais tenham sido “criadas” pelo uso da Tv ou do computador, mas na verdade as mais tímidas principalmente, perdem algumas oportunidades de interagir pessoalmente, brincar, correr com seus pares e até de brigar e fazer as pazes! Enfim, a socialização, se não houver cuidado, pode ficar um pouquinho prejudicada. Os jogos tecnológicos, como qualquer outro jogo, tem funções educativas maravilhosas e tem aspectos negativos inegáveis. Enquanto aumentam a capacidade de resolver problemas, estimulam a criançada a criar novas estratégias, desenvolver a rapidez motora, treinam o acerto e o erro, ensinam a esperar a vez, a perder, etc, também acabam por deixar a garotada longe da bola, da bicicleta por horas, se não houver um adulto que organize seu tempo de uso. E jogo acaba por envolver muito tempo, às vezes até o tempo das lições de casa… Aliás, a escolha do jogo é um outro assunto delicado, que não pode ser deixado apenas no desejo infantil: alguns são violentos e fazem a criança se tornar mais ansiosa, com pouca auto estima por não ter ainda condições de “vencer” suas etapas. Assim escolher o jogo, o programa, é tão importante quanto organizar o tempo que a criança vai usar para cada atividade, pois todas têm seu lado importante, desde que usados com parcimônia e sob supervisão de um adulto. Uma criança pré-escolar, que já passa metade de seu dia na escola, pode usar seus joguinhos ou computador por meia hora diária sem problemas: sobrará muito tempo para a soneca e para brincar. Já os mais crescidos, dos sete aos dez anos, podem gastar uma hora ou um pouco mais, se de fato estiverem fazendo uma pesquisa escolar. Mas atenção sempre na hora em que estes entram no mundo virtual sem passaporte, ou seja, sem um adulto ali do lado: as crianças são curiosas e o computador não faz triagem de sites e nem de informações de acordo com a faixa etária! Existem alguns sites muito bons para crianças, mas mesmo assim, sempre o melhor é acompanhar até ter certeza de que a criança já desenvolveu um comportamento que lhe permita “navegar” sozinha por mais tempo. Depois dessa idade, é importante continuar acompanhando mesmo de longe, inclusive para orientar o que fazer no caso de contatar com estranhos. Afinal, todo pai e mãe já fez isso, quando o ensinou a não falar e nem seguir estranhos na rua , não é mesmo? Por Maria Irene Maluf (Especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial / Editora da revista Psicopedagogia da ABPp /Profª convidada do Instituto Sedes Sapientiae / Coordenadora/SP do Curso de Especialização em Neuropedagogia do Instituto SaberCultura - www.irenemaluf.com.br) http://direcionalescolas.com.br/2013/12/10/as-criancas-ja-nascem-plugadas-na-tecnologia/

Indisciplina é problema de quem, mesmo?

Indisciplina é problema de quem, mesmo? fevereiro 6, 2014 admin Colunas, João Luiz Muzinatti, Matérias 6 comentários Há algumas semanas, discutindo com um colega professor, veio à tona o problema da indisciplina dos alunos. Parece que o muito grave vem se tornando absurdo e aparentemente incontrolável. Seja na escola pública ou na privada, a situação é a mesma. Alunos fazendo da sala de aula uma extensão do seu clube, ou mesmo da esquina onde se encontram para tratar dos mais variados temas, desde os muito importantes até os eventuais. E não tem hora para isto. Um momento de conclusão de raciocínio ou uma troca de professores parecem ter o mesmo valor. Ou, quem sabe, já não têm mais valor nenhum. Por falar em valor, a irreverência parece ser tope de linha. E a ousadia, então! Profissionais formados, adultos, alguns até de idade avançada, são tratados com a mesma consideração que o colega do lado. E ai do professor que ousa se indispor com eles. Desrespeito, insubordinação, agressão verbal e, sem exagero, até física. E quais as falas mais comuns nas escolas, e entre as famílias? ”O responsável é o professor, pois não se impõe”. Mas, será que é assim mesmo? É simples assim? Estava assistindo a uma entrevista com o competentíssimo e sensato professor Ives de La Taille, da USP, e surgiu essa mesma discussão. Sua visão veio muito ao encontro do que penso, e venho dizendo nas instituições por onde passo – aliás, em algumas, “passei”, entre outras coisas, por dizer exatamente isso. “A indisciplina não é devida apenas, e essencialmente, ao professor”. “Qual deve ser o papel, ou o dever, da instituição?” Não seria esta a principal responsável pela disciplina? – questiona De La Taille. E vai além. “Sabemos que mestres são muito bem orientados quanto aos conteúdos, mas o que lhes diz a escola sobre o indisciplina dos alunos?” E que garantias, de fato, dá a escola aos seus mestres? Já paramos para pensar em quem deve ditar as regras? É mais viável que seja a instituição ou alguém que trabalha para ela? E o que seria, de fato, colocar regras? Afinal, a existência de regras não implica em que estas sejam cumpridas? E são, de fato, cumpridas? Para estas e outras questões corolárias, muita coisa se diz nas famosas reuniões de planejamento. A escola sempre enfatiza que “o bom professor é aquele que sabe se impor e controlar a sala”. É sempre colocado que os mestres têm de saber “encantar” os alunos, e isso lhes garantirá a tranquilidade durante as aulas. E todos sempre recebem a promessa de que a escola estará junto deles, afirmando, respaldando e garantindo sua respeitabilidade. E isso dura até a primeira semana de aula. Logo que acontecem os primeiros incidentes de indisciplina – perpetrados pelos educadores do outro lado da sala, que sabem muito bem que quem ganha as primeiras disputas já começa a dominar o território – surgem as primeiras frustrações dos professores. Alunos excluídos que retornam, para a surpresa de todos e principalmente do professor; falas ameaçadoras de pais – à escola e aos próprios professores -; ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) sendo usado de todas as maneiras e para quaisquer situações; professores tendo que fazer acareações com alunos, e ouvindo verdadeiros absurdos. Final da história, ou melhor, início: o pobre professor perde a pequena autoridade que ainda lhe resta depois de tantas desvalorizações – a salarial, principalmente – a que se submete ao longo da profissão. O que acontece depois, no decorrer do ano, não é novidade para ninguém. E por que isto? Medo? De quem? De quê? O que a escola perde se conseguir se impor? O que seria educar na visão dos novos pensadores da escola? Tratar os alunos como clientes de hotéis cinco-estrelas? Deixar bem claro que, ali, são as famílias quem paga os salários dos mestres? Já paramos para pensar na energia (e no tempo) que se gasta para discutir os casos de indisciplina? Muitos colegas já me declararam que sonham poder usar esses longos momentos para discutir estratégias que elevem o nível do aprendizado. Alguém já parou para pensar que as famílias dos alunos excelentes também pagam – sejam impostos, ou mensalidades – para que seus filhos sejam atendidos com qualidade? Muitos gestores simplesmente não entendem por que seus melhores alunos, de repente, mudam de escola, indo para as tais “ilhas de excelência” da cidade. Por que será? E os resultados dos ENENs e dos vestibulares das universidades mais disputadas? “O que houve? Por que nossos alunos não aparecem entre os primeiros?” Sem dúvida, este é um tema muito difícil – e, até, “perigoso” – de tratar. Mas, sem problemas. Quando já se é rodado na área, o medo de represálias sai na urina. Sei que muitos, mas muitos, mesmo, concordarão com tudo isso. E pode ser que este texto até seja levado para reuniões e discussões pedagógicas. Mas, sinceramente, sinto que, baixando a poeira, tudo voltará às vacas frias (e lentas). E não há que se culpar ninguém por isso. Afinal, somos educados para produzir, gerir e viver numa sociedade em que o consumidor é que manda. Trazemos quase no nosso DNA a reverência incondicional ao cliente – não creio ter visto em qualquer outro lugar do mundo alguém tratar, por exemplo, os garçons como se faz aqui; e os professores vem seguindo pelo mesmo caminho. Resultado: os últimos lugares nas avaliações internacionais. E um dado novo: vagas sobrando, nas universidades, nos cursos de Matemática, Física, Português, História . . . Para onde correr? O que fazer para mudar este desenho? Quebra-cabeça para gente como De La Taille, que poderia estar se debruçando, hoje, sobre temas diferentes, no seu campo: “a Moral e a excelência”, “por que todos querem ser os mais sábios” ou, até quem sabe, “por que as minorias dos alunos muito indisciplinados são tratados com tanto desdém pelas instituições”? Ao final de nossa discussão, eu e meu colega chegamos a uma triste constatação. Todos os anos, nas duas primeiras semanas, na maioria das escolas de nosso país, menos de uma dezena de alunos se apresentam com uma proposta subjacente, mas muito fácil de ser percebida. Eles nos perguntam se queremos que a nossa instituição se torne respeitável e dê segurança e tranquilidade a todos os alunos, ou se permitiremos que dominem o ambiente e definam o ritmo dos trabalhos até o fim do ano. Ao que parece, via de regra, ainda optamos pela segunda via. http://direcionalescolas.com.br/2014/02/06/indisciplina-e-problema-de-quem-mesmo/