Visitas

visitantes OnLine

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fadiga mental afeta produtividade

Fadiga mental afeta produtividade

No âmbito profissional, atividades intelectuais geram cansaço mental e
prejudicam diretamente o corpo, segundo estudo realizado em universidade
britânica. Saiba qual a receita para escapar desse problema e garantir que a
produtividade pessoal mantenha-se no patamar desejado
Rodrigo Capelo/MBPress
Pesquisa recente feita na Universidade de Bangor, no País de Gales,
concluiu que o cansaço mental afeta diretamente o físico. Com base nos
resultados, para manter a produtividade no nível almejado, gerir o tempo para
não sobrecarregar a mente com atividades pesadas torna-se essencial. Quais
são, portanto, as recomendações dos especialistas?
Em entrevista exclusiva ao site Você com mais Tempo, o pesquisador
Samuele Marcora, PhD em fisiologia e responsável pelo estudo, considera que a
resposta é óbvia. “A melhor forma para evitar a fadiga mental é evitar atividades
que demandem esforço mental por períodos longos”, explica. No entanto, como
ele próprio afirma, nem todos podem se dar ao luxo de rejeitar tarefas no
ambiente profissional.
Por isso, Marcora está desenvolvendo novas pesquisas na área para
identificar quais são as alternativas para diminuir o efeito negativo da fadiga
mental no desempenho individual. A primeira opção, a ingestão de bebidas
energéticas, já está em análise.
É razoável, no entanto, afirmar que assuntos que agradam o sujeito
causam o mesmo grau de fadiga mental que os desagradáveis? O pesquisador
afirma não ter um resultado científico. “É uma pergunta extremamente
interessante, e estou conduzindo alguns estudos para respondê-la”, declara.
“Mas, pela minha experiência pessoal, atividades que não gostamos requerem
mais esforço do que as que nos agradam”, completa.
O consultor Adolfo Breder, da Callmunity, do Rio de Janeiro, discorda do
pesquisador. “A fadiga mental surge quando somos obrigados a fazer atividades
‘intelectuais’ pelas quais não temos interesse algum”, justifica.
As causas do cansaço mental no ambiente corporativo, de acordo com
Breder, são várias. Entre elas, as longas jornadas de trabalho, os problemas de
comunicação organizacional, a competição desenfreada, a cobrança por
resultados e a crescente complexidade das posições de trabalho.
Já a receita para fugir da fadiga mental, segundo o consultor, é composta
pelos seguintes ingredientes: enfrentar os problemas, planejar as ações, reservar
tempo para o bate-papo, o e-mail, o telefone, o café, caminhar, sorrir e
compartilhar. Adolfo Breder garante que elas têm efeito positivo. “Tudo isso
ajuda a vencer a possibilidade de exaustão mental”, conclui.
Como a pesquisa foi feita?
Rodrigo Capelo/MBPress
O método utilizado no estudo de Samuele Marcora
consistiu em reunir dez homens e seis mulheres e exigir que
fizessem exercícios em uma bicicleta ergométrica até que
estivessem exaustos. O critério utilizado para definir a exaustão é
a partir do momento em que o indivíduo não consegue mais
manter o ritmo de 60 rotações por minuto.
Em outro dia, pediu para que as mesmas pessoas fizessem o
exercício, após assistirem a uma hora e meia de documentários
sobre trens e carros. Apesar de não haver diferenças nos
batimentos cardíacos, todas as pessoas ficaram exaustas cerca de
15% mais rápido que no teste anterior.
Para o consultor Adolfo Breder, o método não lhe parece
científico. “Uma pessoa pode assistir a um documentário, mas ter
a mente distante”, explica. Sobre os resultados, é ainda mais
objetivo. “Que a exaustão mental afeta o desempenho do corpo é
conhecimento tácito”, afirma. “Não percebi como essa pesquisa
pode aprofundar ou servir de instrumento para constatar
cientificamente o fato.”
Fonte: Revista Você S/A
http://www.vocecommaistempo.com.br/bn_conteudo.asp?cod=205&opr=88

Nenhum comentário:

Postar um comentário