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segunda-feira, 29 de abril de 2013

s a u d a d e s

S A U D A D E S Uma palavra sem tradução, nas demais culturas não existe. Mas a intensidade de seu significado nos traz ao coração, a mente muitas lembranças. Faz nosso coração bater mais forte, nosso corpo sentir calor, sentir frio, suar, estremecer.... Sinto saudades, do meu tempo de criança... Sinto saudades, da minha adolescência... Sinto saudades, de brincar na chuva, do cheiro da terra molhada ... Sinto saudades de brincar de queimada, de brincar de roda, de passa passará, de pega pega, de andar de latinha, de esconde esconde.... Sinto saudades, do verde do mato, dos pequiniques, dos passeios nos finais de semana de trem ao arroio do só visitar os tios.. Sinto saudades, das férias em viagem de trem com as primas para Rio Pardo... Sinto saudades da minha turma de escola, começando a aprender... das conversas de criança, dos olhares de namoricos na escola.... sem maldade... Sinto saudades, dos professores, que nos ensinaram as primeiras caminhadas a educação... Sinto saudades, da família junta comemorando, rindo, brigando, dos meus irmãos danados que sempre aprontavam na escola e na vizinhança.... Sinto saudades, dos meus 15 anos, da minha galerinha, das brincadeiras na rua... Sinto saudades,dos saraus aos domingos nas garagens dos amigos... muita risada, muita alegria... Sinto saudades, do meu pai nos levando aos domingos para comprar revistinhas , era sagrado, mesmo local, mesma tarefa... Sinto saudades, dos passeios, dos acampamentos em família, dos (as) primas que sempre criavam novas brincadeiras, cabaninhas simulando casa de adulto, de pegarmos escondido a maquilagem da mãe e nos rebocarmos, nos achando lindas, de vestirmos roupas de gente grande, enormes; imagine crianças querendo ser adultas... se soubéssemos o quanto ser adulto é ser trabalhoso e pesado é muita responsabilidade... Sinto saudades, da chácara do tio no distrito de Água Boa. De tomar leite na mangueira de manhãzinha quando ordenhavam as vacas, quentinho com canela. Sinto saudades, de subir nas árvores para comer fruta do conde, laranjas, bergamotas, caqui... Sinto saudades, do medo quando contavam estórias de fantasmas na chácara, não tinha luz, só lampião... era assustador, mas gostávamos e até aprontávamos a noite com os manos e primos... Sinto saudades do meu filhote pequeno, ao meu lado. Hoje já cresceu, criou asas e segue seu caminho... Sinto saudades, de não ter os compromissos que tenho hoje... Sinto saudades, do inicio do meu casamento há 30 anos atrás... Sinto saudades, do olhar cúmplice...dos amigos que passaram... Sinto saudades, das pessoas queridas que se foram...meus avós, tios, mano, pai... Sinto saudades, de dar uma abraço no meu mano, que hoje está a iluminar as noites com seu brilho... Sinto saudades, do olhar do meu pai, do seu abraço, das suas brincadeiras, hoje não consigo por estar em outra dimensão, em uma nova caminhada... Sinto saudades, do tempo que passou, dos minutos que voam, que não param. O tempo é assim vai , não espera nos ajeitarmos , nos prepararmos, ele não tem pause, não tem retrocesso, não tem stop. Só me resta saber que vivo intensamente cada momento, cada minuto , cada instante, pois assim ficará a saudade da lembrança, das palavras, dos momentos, do carinho, da palavra confortante, do abraço, do beijo , do olhar... Tem tesouro maior que este? Feliz daquele que consegue lembrar, que consegue viver, sentir . Feliz daquele que não deixa a vida passar com uma página em branco e pode ter a bagagem das lembranças,do aprender, do ser melhor a cada dia; amando, respeitando e fazendo as pessoas felizes, sabendo que elas não passam sem deixar a sua marca, a sua essência...

domingo, 14 de abril de 2013

o que você quer ser quando crescer?

exemplo de superação

versos simples

um anjo do céu...

sonhar...

não deixe de sonhar, não deixe de sorrir...

dias melhores

alén do horizonte

linda a letra, prestar atenção....

sexta-feira, 12 de abril de 2013

ouçam bem a letra desta música.....

recomeçar

Recomeçar-Carlos Drummond de Andrade Publicado em novembro 1, 2007 RECOMEÇAR Não importa onde você parou… em que momento da vida você cansou… o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo… é renovar as esperanças na vida e o mais importante… acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? foi aprendizado… Chorou muito? foi limpeza da alma… Ficou com raiva das pessoas? foi para perdoá-las um dia… Sentiu-se só por diversas vezes? é porque fechaste a porta até para os anjos… Acreditou que tudo estava perdido? era o início da tua melhora… Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz… de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Que tal Um corte de cabelo arrojado…diferente? Um novo curso…ou aquele velho desejo de aprender a pintar…desenhar…dominar o computador… ou qualquer outra coisa… Olha quanto desafio…quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando. Tá se sentindo sozinho? besteira…tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”… tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para “chegar” perto de você. Quando nos trancamos na tristeza… nem nós mesmos nos suportamos… ficamos horríveis… o mal humor vai comendo nosso fígado… até a boca fica amarga. Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos desafios. Onde você quer chegar? ir alto…sonhe alto… queira o melhor do melhor… queira coisas boas para a vida… pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos… se pensamos pequeno… coisas pequenas teremos… já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor… o melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental… joga fora tudo que te prende ao passado… ao mundinho de coisas tristes… fotos…peças de roupa, papel de bala…ingressos de cinema, bilhetes de viagens… e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados… jogue tudo fora… mas principalmente… esvazie seu coração… fique pronto para a vida… para um novo amor… Lembre-se somos apaixonáveis… somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes… afinal de contas… Nós somos o “Amor”… ” Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.” Carlos Drummond de Andrade. About these ads

sábado, 6 de abril de 2013

código defesa do consumidor

http://www.procon.rs.gov.br/arquivos/1261141502CartilhaConsumidor.pdf para consulta, segue codgo de defesa do consumidor para consultas e atualização.. É preciso estar cienes dos seus direitos... boa sorte!

legislação férias

Art. 130 – Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1º – É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º – O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Art. 130-A – Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I – dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; II – dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; III – quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV – doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas; V – dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas; VI – oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único – O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. (NR). Obs.: Artigo acrescentado pela MP n.º 2.164-41 , de 24-08-2001, DOU 27-08-2001 – v. Em. Constitucional nº 32. -------------------------------------------------------------------------------- Comentários

Novas leis para atendimento telefônico ao consumidor começam mês que vem

Novas leis para atendimento telefônico ao consumidor começam mês que vem A partir de 1.º de dezembro 2008, o prazo máximo de espera nos serviços de atendimento ao consumidor -SAC -será de um minuto, exceto em situações especiais. A coordenadora do Procon-PR, Ivanira Gavião Pinheiro, salientou que, nesta data, entram em vigor o decreto 6.523 /08 e a portaria 2.014 /08, que definem novas regras para esses serviços e determinam o tempo máximo de espera do consumidor para receber o atendimento telefônico. "As novas regras foram estabelecidas pelo Governo Federal", explica Ivanira, "e valem para o atendimento dos serviços regulados pelo poder público federal: energia elétrica, telecomunicações (telefonia fixa e móvel, tv a cabo, internet), planos de saúde, aviação civil, empresas de ônibus, bancos e cartões de crédito fiscalizados pelo Banco Central". PESQUISA -O Procon do Paraná e dos outros estados realizaram pesquisas junto aos fornecedores abrangidos pela nova legislação para coletar dados sobre a adequação às novas normas. A pesquisa, por amostragem, atende decisão tomada em conjunto com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão do Ministério da Justiça, e os dados de todo o País foram encaminhados ao órgão federal para análise. A pesquisa do Procon-PR está disponível no seu portal na internet -www.procon.pr.gov.br , no link Pesquisas (comportamentais). Foram selecionados 44 fornecedores dos segmentos mencionados no decreto para responder 14 questões relacionadas às inovações estabelecidas pela legislação que incluem acessibilidade, qualidade do atendimento, acompanhamento e resolução das demandas do consumidor e cancelamentos de serviços. FISCALIZAÇAO -O Procon paranaense já tem definida uma estratégia de fiscalização para os SACs. "O consumidor poderá procurar o Procon para reclamar do atendimento do fornecedor", explica a coordenadora, "bem como continuar a reclamar dos problemas que deveriam ter sido resolvidos pelo SAC e não o foram, como cancelamentos, cobranças indevidas e dúvidas sobre o serviço". Se o consumidor não for atendido pelo SAC no prazo estabelecido, poderá registrar a reclamação. Ele, porém, não deve esquecer de exigir o número do protocolo de atendimento, que deverá ser fornecido no início do atendimento. O número do protocolo é fundamental para registrar a queixa junto aos Procons, Ministério Público e Defensorias Públicas. As empresas que descumprirem as regras estarão sujeitas a multas estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor (CDC), no valor de 200 a 3 milhões de Ufirs. O valor varia de acordo com a gravidade da infração e condição econômica da empresa. O tempo máximo de espera é um minuto. Mas, para os serviços financeiros este prazo é menor - 45 segundos. No entanto, às segundas-feiras, em dias anteriores e posteriores a feriados, e no quinto dia útil do mês, o tempo pode se estender em até 90 segundos. As empresas de energia elétrica também têm prazo maior, quando houver atendimento emergencial, com a interrupção do fornecimento de energia elétrica a um grande número de consumidores, e que provoque elevada concentração de chamadas. Nos dias em que não ocorrerem problemas dessa ordem, o prazo é um minuto. BOX -Principais mudanças nos SACs: Ligação gratuita: Atendimentos por telefone (fixo e celular e público) devem ser gratuitos para pedidos de informação, cancelamento de contrato ou reclamação. As empresas que oferecem múltiplos serviços deverão ter um número telefônico único para atender o consumidor. Atendimento 24 horas: O SAC deverá ter disponibilidade de 24 horas, sete dias por semana, sempre que o serviço esteja sendo ofertado ou possa ser contratado pelo consumidor pelo mesmo meio. Menu eletrônico: Serão garantidas ao consumidor as opções de contato com o atendente, de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços no primeiro menu. Acesso ao atendente: Não poderá ser condicionado ao prévio fornecimento de dados do consumidor. É também vedada a exigência da repetição da demanda. Transferência: Nos casos de reclamação e cancelamento não será admitida a transferência da ligação e todos os atendentes deverão ter atribuição para executar essas funções. Prazo para respostas: As respostas às reclamações não podem ultrapassar o prazo de cinco dias úteis. Pedidos de informação devem ser respondidos de imediato. Cancelamento: O pedido de cancelamento de um serviço será imediato. O cancelamento deve ser assegurado ao consumidor por todos os meios que estão disponíveis para a sua contratação. É obrigatório o envio de comprovante do pedido de cancelamento. Acesso das pessoas com deficiência: Atendimento garantido, em caráter preferencial, para pessoas com deficiência auditiva ou de fala, sendo facultado à empresa atribuir número telefônico para este fim.

site para registro de perda , roubo documentos e ou carro..... como fazer??

http://www.tudofacil.rs.gov.br/servico_visualizar.php?id_servico=193 Neste site você poderá registrar seus documentos perdidos sem precisar se deslocar até o posto da Polícia, faça tudo pela internet. Vamos usar as facilidades da internet. http://portaldotransito.com.br/index.php/dicas/carros-roubados PARA ROUBO DE CARROS , FAÇA O SEGUINTE: Atitudes que podem contribuir para a redução de roubo de veículos: O cadastro de seu veículo roubado é TOTALMENTE GRATUITO, portanto não acredite e nem pague taxas a pessoas e/ou empresas que prometem localizá-lo de forma milagrosa; Compre peças somente em estabelecimentos legalizados, que forneçam nota fiscal e onde o preço seja compatível com o produto; Nunca compre um veículo sem antes certificar-se de sua procedência, e faça isso somente por meio de uma empresa especializada ou no Detran de sua região; Informe as autoridades todas as vezes que fatos ilegais chegarem ao seu conhecimento. -- -- Como registrar furto e roubo de veículos pela Internet Em alguns Estados brasileiros é possível registrar furto e roubo de veículos e placas pela Internet. Também é possível fazer online pesquisas no cadastro de veículos roubados, furtados e recuperados pela polícia. -- -- Confira os sites que oferecem esses serviços: Polícia Rodoviária Federal: Com o serviço ALERTA da Polícia Rodoviária Federal é possível registrar a ocorrência de furto do veículo. Saiba como. Roubadosbr: Neste site é possível realizar consultas e postar anúncios sobre patrimônios roubados e até sobre pessoas desaparecidas. Em alguns casos é possível a realização de B.O on-line. Confira. Todo o Brasil: no site Comercialização Nacional de Veículos Reintegrados é possível cadastrar e consultar veículos roubados e furtados em todo o país.

História do Dia Internacional da Mulher

História do Dia Internacional da Mulher História do Dia Internacional da Mulher, significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher na sociedade História do 8 de março No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Objetivo da Data Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. Conquistas das Mulheres Brasileiras Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Marcos das Conquistas das Mulheres na História - 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. - 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. - 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. - 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. - 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. - 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas - 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres - 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina. - 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças - 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina - 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Para onde caminhamos na educação

Para onde caminhamos na educação As tecnologias começam separadas - computador, celular, internet, mp3, câmera digital - e caminham na direção da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor. O computador continua importante, mas ligado à internet, à câmera digital, ao celular, ao mp3, principalmente aos pockets ou computadores de mão. O telefone celular é a tecnologia que mais surpreende atualmente: é móvel e rapidamente incorporou o acesso à Internet, a foto digital, aos programas de comunicação (voz, TV), o entretenimento (jogos, música-mp3) e outros serviços. Estas tecnologias convergentes e combinadas modificam profundamente todas as dimensões da nossa vida. A internet, principalmente, está trazendo fundamentalmente nestes últimos vinte uma mobilidade muito maior, a possibilidade de realizar atividades ou tarefas sem necessariamente ir a um lugar determinado. As redes estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e à distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporário. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender. As redes também estão provocando mudanças profundas na educação à distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muita auto-disciplina. Agora, com as redes, a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal. A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação à distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação. Algumas tendências de mudanças na educação a curto e médio prazo parecem mais claras: Transição gradual do presencial para o semipresencial, como nos serviços (bancários, telefônicos...). Progressiva virtualização dos processos pedagógicos e gerenciais. O "blended learning" como guia e horizonte. O ensino, mesmo fundamental, terá momentos e atividades não presenciais, acentuando-se o virtual na medida em que os alunos vão se tornando adolescentes e principalmente, adultos. Da previsibilidade à experimentação. Para romper com o modelo tradicional de organizar o ensino-aprendizagem, estamos passando por etapas longas de experimentar caminhos parciais, soluções experimentais locais até termos certeza do que vale a pena fazer em cada momento para cada situação. Isso demandará anos, provavelmente uma ou duas décadas. Com a prática aprenderemos a dar o valor adequado a estarmos juntos, conectados, a conciliar a flexibilidade individual com a grupal, a saber trabalhar sozinhos e juntos, aproveitando as inúmeras tecnologias de comunicação multimídia que estão convergindo velozmente por vários caminhos, de várias formas e que terão profunda influência em todos os níveis e formas de educação. Educação cada vez mais complexa A educação será cada vez mais complexa, porque a sociedade vai tornando todos os campos mais complexa, exigente e necessitada de aprendizagem contínua. A educação acontecerá cada vez mais ao longo da vida, de forma seguida, mais inclusiva, em todos os níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais. A educação será mais complexa porque vai incorporando dimensões antes menos integradas ou visíveis como as competências intelectuais, afetivas e éticas. A educação será mais complexa porque cada vez sai mais do espaço físico da sala de aula para ocupar muitos espaços presenciais, virtuais e profissionais; porque sai da figura do professor como centro da informação para incorporar novos papéis como os de mediador, de facilitador, de gestor, de mobilizador. Sai do aluno individual para incorporar o conceito de aprendizagem colaborativa, de que aprendemos também juntos, de que participamos de e contribuímos para uma inteligência cada vez mais coletiva. As tecnologias na educação do futuro também se multiplicam e se integram; tornam-se mais e mais audiovisuais, instantâneas e abrangentes. Caminhamos para formas fáceis de vermo-nos, ouvirmo-nos, falarmo-nos, escrevermo-nos a qualquer momento, de qualquer lugar, a custos progressivamente menores (embora altos para a maior parte da população). As modalidades de cursos serão extremamente variadas, flexíveis e "customizadas", isto é, adaptadas ao perfil e ao momento de cada aluno. Não se falará daqui a dez ou quinze anos em cursos presenciais e cursos à distância. Os cursos serão extremamente flexíveis no tempo, no espaço, na metodologia, na gestão de tecnologias, na avaliação. Também não se falará de "e-learning", mas de "learning" simplesmente, de aprendizagem. Acredito que prevalecerá o sistema modular: os alunos completarão créditos à medida que forem concluindo os seus cursos e suas escolhas, completando determinado número de horas, de atividades, de requisitos, obtendo diferentes níveis de reconhecimento ou certificação com organizações acadêmicas e corporativas nacionais e internacionais. Apesar de que caminharmos nesta direção, não podemos esquecer que a escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino centrados no professor continuam predominando, apesar das tecnologias e dos avanços teóricos na aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas do que desejamos, que muitas instituições continuarão reproduzindo no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial. Fonte: www.eca.usp.br

Educação em Valores

Educação em Valores Pergunto à minha filha Mariana, de 12 anos, o que pensa da seguinte situação: um pai, vendo um filho passar fome, resolve roubar alimentos em um supermercado no bairro em que mora. Ele agiu certo ou errado ao cometer esse delito?”. Ela me responde: “Acho que ele agiu certo porque ao ver o filho com fome não suportou a cena de miséria em sua casa e não teve saída senão roubar. Por outro lado, também agiu errado por ter roubado o supermercado; afinal, roubar é uma ação feia”. O que Mariana chama de “ação feia” um promotor, membro do Ministério Público, que representa a sociedade e atua como acusador contra os suspeitos de terem cometido alguma ação criminal, poderá definir o ato do pai como “ apropriação indébita de bem alheio” e um júri, formado por um juiz togado e cidadãos previamente selecionados para o julgamento do caso, poderá julgar a prática do pai como uma transgressão imputável da lei penal por dolo ou culpa, ação ou omissão. O exemplo acima pode nos dar uma idéia da complexidade que é viver em sociedade. A luta por um mundo melhor, por uma civilização mais humana, mais democrática e mais justa tem sido historicamente construída pelo homem. Atualmente, os governos, as organizações não-governamentais e os cidadãos do mundo lutam pela eqüidade. O que é a eqüidade? É uma forma de praticar a Justiça, isto é, o respeito à igualdade de direito de cada um, que independe do que está escrito nos códigos jurídicos. No século XXI, a sociedade, civil e política, quer que todos pratiquem a eqüidade como expressão de um sentimento do que se considera justo, que seja expressa em forma de virtude de quem ou do que (atitude, comportamento, fato etc.) manifesta senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de direitos dos homens. Por isso, na Filosofia, a ética é o ramo de estudos que cuida particularmente de investigar os princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Podemos observar que as ações humanas, em face de sentimentos, estímulos sociais ou de necessidades íntimas, requerem, para a boa convivência na vida social, bons costumes, boa conduta, segundo os preceitos socialmente estabelecidos pela sociedade. Uma pessoa, mesmo com as mais contundentes e sensíveis justificativas, em situação de privação material ou situação de fome, comete um crime ao roubar para alimentar-se. Roubar é um ato que fere a moral e os bons costumes. Os valores não surgem na vida em sociedade como um trovão no céu. São construídos na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas escolas, nas manifestações culturais, nos movimentos e organizações locais. Conhecê-los, compreendê-los e praticá-los é uma questão fundamental da sociedade atual, imersa numa rede complexa de situações e fenômenos que exige, a cada dia, atitudes éticas como a honestidade, a bondade e a virtude, considerados, em todas as civilizações modernas, como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens. Sem a prática de valores, não podemos falar em cidadania. A cidadania é condição de pessoa que, como membro de uma sociedade, independente da cor de sua pele, raça ou classe social, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política e, outrossim, pode viver, como um indivíduo que usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo Poder Público e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos para viver em sociedade. Entre as diferentes ambiências humanas, a escola tem sido, historicamente, a instituição escolhida pelo Estado e pela família, como o melhor lugar para o ensino-aprendizagem dos valores, de modo a cumprir, em se tratando de educação para a vida em sociedade, a finalidade do pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho. Sendo assim, caberá às instituições de ensino a missão, por excelência, de ensinar valores no âmbito do desenvolvimento moral dos educandos, através da seleção de conteúdos e metodologias que favoreçam temas transversais (Justiça, Solidariedade, Ética etc) presentes em todas as matérias do currículo escolar, utilizando-se, para tanto, de projetos interdisciplinares de educação em valores, aplicados em contextos determinados, fora e dentro da escola. Vicente Martins Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará.

Educação em Nome do Repensar

Educação em Nome do Repensar Os resultados que tivemos na última avaliação em exame de capacidade de leitura nosso país teve uma posição que prova que algo deve ser feito urgentemente no processo educacional de nosso povo. Ao colocar os alunos brasileiros no 53º lugar é notório que nossa educação tem problemas e de que o processo de ensino - aprendizagem tem grandes lacunas a serem preenchidas e situação que merece um repensar na educação brasileira principalmente em quesitos como formação de professores, geração de ambientes prazerorosos para a aprendizagem e, sobretudo resgate da figura do professor e da característica verdadeira da escola que é formar , gerar seres capazes de pensar e ser centro de pensamentos, construção de ideias e de formação séria e competente. Além de toda a reflexão a prática nos faz mostrar que governos que se sucedem no poder tem negligenciado a educação e tem provocado a decadência da figura do professor com salários vergonhosos, corte de direitos e completo desestímulo a arte de ser educador, pois é evidente que nossos governos tem transformados os educadores em meros executores de uma política que tem propositadamente criado mecanismos de exclusão e reforço às desigualdades sociais. O grande problema da educação reside na política pública errônea que hoje corta a autonomia das escolas com descaso, desrespeito e ocultamento do papel dos professores no cenário atual. Por que não se premiam as boas idéias em educação e não se incentiva as boas práticas com recursos, com reconhecimento e , sobretudo, com apoio para que elas ocorram? Na maioria dos casos professores de todo os locais tem gerado ações educativas vitoriosas mas infelizmente pouco apoiadas, valorizadas ou divulgadas. A Educação tem de ser uma bandeira a ser levantada por todos os setores da sociedade devendo ser ação de governo e exigência do povo que muitas vezes tem transformado as Escolas e locais para tentativa de correção da irresponsabilidade ou incapacidade de muitas famílias em mostrar o valor do conhecimento e da necessidade de uma ação de valorização do conhecimento , da busca e da geração de idéias. A violência hoje que vem tomando de conta das escolas é decorrente da falta de respeito que os governos tem pelos professores e que acaba sendo transferida à sociedade através de uma figura de educadores sem muita perspectiva de vida ou orgulho da profissão. Nos dias de hoje o respeito ao professor não existe nas escolas, pois como os alunos respeitarão seus professores se os pais não o fazem? Os discursos das famílias nas maiorias dos casos acabam mostrando aos filhos que os educadores não são importantes e temos casos comuns de ida de pais às escolas para não aceitar qualquer tipo de repreensão ou até notas baixas dadas aos filhos o que prova que há erros de interpretação do papel dos educadores. A situação da Educação brasileira demonstra que a sociedade precisa ser trabalhada firmemente para uma nova compreensão do papel dos educadores e de reconhecimento de seu valor que tem sido desgastado com ações errôneas dos que estão no poder. A Escola precisa de democracia, precisa de respeito e tem de se transformar templos sagrados em todas as comunidades de nosso páis. As Escolas de hoje tem sim recursos pedagógicos para uma boa aula,, no entanto,a burocracia desenvolvida pelos gestores escolares no uso desses instrumentos acabam promovendo desestímulo no seu uso e implementação. Às vezes mesmo com planejamento prévio,planos anteriores e aprovação pelos gestores tais recursos não são utilizados pela falta do funcionário responsável por sua operação o que acaba derrubando todo o processo educativo. As escolas públicas e privadas de nosso país ressentem de um refazer de práticas que são reveladas nos resultados certamente não adequados para um país que se deseja moderno ou desenvolvido. A luta pela educação é uma alternativa para gerar uma nação forte em tecnologia e que esteja afinada com a globalização tão decantada e que infelizmente estamos longe de fazer parte Fonte: www.artigos.com

Para onde caminhamos na educação

Para onde caminhamos na educação As tecnologias começam separadas - computador, celular, internet, mp3, câmera digital - e caminham na direção da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor. O computador continua importante, mas ligado à internet, à câmera digital, ao celular, ao mp3, principalmente aos pockets ou computadores de mão. O telefone celular é a tecnologia que mais surpreende atualmente: é móvel e rapidamente incorporou o acesso à Internet, a foto digital, aos programas de comunicação (voz, TV), o entretenimento (jogos, música-mp3) e outros serviços. Estas tecnologias convergentes e combinadas modificam profundamente todas as dimensões da nossa vida. A internet, principalmente, está trazendo fundamentalmente nestes últimos vinte uma mobilidade muito maior, a possibilidade de realizar atividades ou tarefas sem necessariamente ir a um lugar determinado. As redes estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e à distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporário. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender. As redes também estão provocando mudanças profundas na educação à distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muita auto-disciplina. Agora, com as redes, a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal. A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação à distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação. Algumas tendências de mudanças na educação a curto e médio prazo parecem mais claras: Transição gradual do presencial para o semipresencial, como nos serviços (bancários, telefônicos...). Progressiva virtualização dos processos pedagógicos e gerenciais. O "blended learning" como guia e horizonte. O ensino, mesmo fundamental, terá momentos e atividades não presenciais, acentuando-se o virtual na medida em que os alunos vão se tornando adolescentes e principalmente, adultos. Da previsibilidade à experimentação. Para romper com o modelo tradicional de organizar o ensino-aprendizagem, estamos passando por etapas longas de experimentar caminhos parciais, soluções experimentais locais até termos certeza do que vale a pena fazer em cada momento para cada situação. Isso demandará anos, provavelmente uma ou duas décadas. Com a prática aprenderemos a dar o valor adequado a estarmos juntos, conectados, a conciliar a flexibilidade individual com a grupal, a saber trabalhar sozinhos e juntos, aproveitando as inúmeras tecnologias de comunicação multimídia que estão convergindo velozmente por vários caminhos, de várias formas e que terão profunda influência em todos os níveis e formas de educação. Educação cada vez mais complexa A educação será cada vez mais complexa, porque a sociedade vai tornando todos os campos mais complexa, exigente e necessitada de aprendizagem contínua. A educação acontecerá cada vez mais ao longo da vida, de forma seguida, mais inclusiva, em todos os níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais. A educação será mais complexa porque vai incorporando dimensões antes menos integradas ou visíveis como as competências intelectuais, afetivas e éticas. A educação será mais complexa porque cada vez sai mais do espaço físico da sala de aula para ocupar muitos espaços presenciais, virtuais e profissionais; porque sai da figura do professor como centro da informação para incorporar novos papéis como os de mediador, de facilitador, de gestor, de mobilizador. Sai do aluno individual para incorporar o conceito de aprendizagem colaborativa, de que aprendemos também juntos, de que participamos de e contribuímos para uma inteligência cada vez mais coletiva. As tecnologias na educação do futuro também se multiplicam e se integram; tornam-se mais e mais audiovisuais, instantâneas e abrangentes. Caminhamos para formas fáceis de vermo-nos, ouvirmo-nos, falarmo-nos, escrevermo-nos a qualquer momento, de qualquer lugar, a custos progressivamente menores (embora altos para a maior parte da população). As modalidades de cursos serão extremamente variadas, flexíveis e "customizadas", isto é, adaptadas ao perfil e ao momento de cada aluno. Não se falará daqui a dez ou quinze anos em cursos presenciais e cursos à distância. Os cursos serão extremamente flexíveis no tempo, no espaço, na metodologia, na gestão de tecnologias, na avaliação. Também não se falará de "e-learning", mas de "learning" simplesmente, de aprendizagem. Acredito que prevalecerá o sistema modular: os alunos completarão créditos à medida que forem concluindo os seus cursos e suas escolhas, completando determinado número de horas, de atividades, de requisitos, obtendo diferentes níveis de reconhecimento ou certificação com organizações acadêmicas e corporativas nacionais e internacionais. Apesar de que caminharmos nesta direção, não podemos esquecer que a escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino centrados no professor continuam predominando, apesar das tecnologias e dos avanços teóricos na aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas do que desejamos, que muitas instituições continuarão reproduzindo no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial. Fonte: www.eca.usp.br

A Importância da Educação para o Novo Modo de Produção do Conhecimento

A Importância da Educação para o Novo Modo de Produção do Conhecimento De que estamos falando? Difícil descrever com exatidão de significados os conceitos de educação, modernidade, produção e conhecimento, sem que eles nos levem a diversos significantes, ora por força das correntes de pensamento pelas quais temos mais ou menos afinidades intelectuais e ideológicas, ora por força da própria prática profissional, que nos faz próximos dos objetos e relações de trabalho. Não é por exagerado cuidado conceitual que fazemos o alerta, mas porque devemos precisar o melhor possível o que estamos nos referindo a fim de que as dúvidas sejam poucas e mínimas. Por educação estamos tratando do ato de educar, orientar, acompanhar, nortear, mas também o de trazer de "dentro para fora" as potencialidades do indivíduo (Grinspun, 1998). Embora essa nobre tarefa seja levada em frente quase sempre em casa, algumas vezes no trabalho, muitas vezes entre amigos, queremos nos cingir aquela que é institucionalizada, na escola ou em projetos de educação. Destacamos a atividade que o estado ou a iniciativa privada desenvolvem, como ato voluntário, com crianças, jovens e adultos no sentido de sua formação na prática social para a cidadania - entendida esta como a aquisição de direitos e deveres por todos os membros da sociedade. Nestes termos, cabe à educação a tarefa de transmitir e exercitar com os formandos os direitos e deveres para o completo domínio da cidadania. O que se pretende aqui é a aproximação a um paradigma de educação que dê formação ao cidadão tornando-o "capaz de conceber e construir sua emancipação político-econômica". Na escola, ele conheceria e vivenciaria o espaço e o tempo necessários à concepção e à construção de sua cidadania, aprendendo e apreendendo "conteúdos e conhecimentos", como também vivenciando "valores e sentimentos". Na sociedade, ele poria em ação a sua consciência crítica, sua reflexão relacional, sua criatividade despertada, sua conduta libertária, ampliando seu espaço de entendimento e renovando seu tempo de ação. Na etimologia do conceito educação até hoje utilizado pode-se encontrar as raízes romanas (D’Ambrosio, 1998). Ele é educatio, "a continuidade do modelo social e comunitário", e é igualmente educere, "fazer sair, tirar para fora" na prática social e ducere, "guiar, conduzir, levar". O modelo generalizado em nossa sociedade é lamentavelmente mais "ducere", "uma reprodução do velho", do que "educere", uma aposta no novo, genuíno, diferenciado. Por modernidade se entende o conjunto de meios materiais e experiências cotidianas vividas pelos indivíduos no processo de modernização (Souza, 1996). Só existe modernidade se ela é anunciada, uma vez que o contrário de moderno não é o velho, o antigo, mas o novo de ontem que já está superado. Nessas condições, haverá muitas noções de moderno, modernismo (expressão da modernidade no pensamento e na criatividade) e modernidade uma vez que são igualmente muitos os espaços e os tempos em consideração. Ser moderno é estar todo o dia diante de paradoxos e contradições, sendo, ao mesmo tempo, "conservador e revolucionário", é ter um pé num passado que se dissipa e o outro num amanhã que se forma com imprecisão, dúvida e incerteza. No dia de hoje, portanto, ser moderno significa, pelo menos, ter idéia do que se passa no mundo, nesse mundo globalizado que, de repente, está dentro de nossa casa na TV ou no telefone, no fax ou na internet. Ser moderno é já ter incorporado os cacoetes do mundo capitalista, do modo capitalista de pensar e agir. Por produção se quer dar o sentido da construção ou fabricação dos meios e instrumentos necessários à sobrevivência da própria sociedade. Produção material de bens, serviços e tecnologia, produção cultural de arte e ciência, produção intelectual de idéias, pensamentos, símbolos e signos, entre outras formas possíveis de produção. Não se quer dar aqui uma hierarquia dos tipos de produção, apenas lembrar que, na sociedade moderna, portanto capitalista, a produção material tem precedência no sentido de viabilizar o poder hegemônico de grupos e classes sociais, muito embora ela seja reforçada pelas relações que estabelece pelo menos com as produções cultural e intelectual. Interessa por agora reter a compreensão de que a produção material mantém relações determinantes e determinadas com as produções cultural e intelectual. Enquanto as formas de produção possam diferir em tempo e espaço, principalmente na maneira como são organizadas e estabelecem suas determinações, elas mantém em comum o esforço e o objetivo de estarem sempre se reproduzindo, se renovando, se modernizando de acordo com os princípios e fundamentos do tipo dominante da produção social. Por conhecimento procura-se dar conta das formas mais elementares até as mais complexas de entendimento da realidade (natureza) externa e interna ao indivíduo, colocadas à disposição da humanidade pela história dos povos e das idéias. O conceito é amplo o suficiente para acomodar não só o saber intuitivo, comumente usado em sua integralidade pelos indivíduos sem instrução formal elementar, mas também o conhecimento técnico- científico, elaborado por postulados e teorias metodologicamente sistematizados. Assim, cobre-se desde o saber popular, cujo poder de permanência e validação entre os indivíduos vem de sua importância na resolução satisfatória dos problemas colocados no dia-a-dia, até o pensamento científico de uma ou outra escola científica, que tem o poder institucionalizado pela representatividade de seus membros na Academia. A relação entre saber, conhecimento e poder é ressaltada no conceito de conhecimento aqui apresentado porque a dimensão política também presente na categoria deve ser recuperada para expressar o mais próximo possível a luta pela posse das informações entre grupos e indivíduos na sociedade. Foucault trata meticulosamente da relação entre poder e saber na sociedade, decifrando-a no que chamou de "história arqueológica" através da interferência que têm as instituições sociais na "normatização" dos indivíduos, o chamado "sistema repressor", como, por exemplo, os manicômios, as penitenciárias e as escolas. O centro de sua visão libertadora sobre o indivíduo na sociedade é a posse do saber como chave para a sua "desnormatização", enquanto crítica à série de signos, símbolos, princípios e regras de comportamento imposto e, portanto, de despersonalização. O central nessa visão pode ser resumido na compreensão de que "o poder gera saberes e o saber gera poderes" (Portocarrero, 1994). Estabelecidas as bases para o tratamento das categorias de educação, modernidade, produção e conhecimento, pode-se dar um passo adiante para visualizar o que se pretende desenvolver a partir do título do texto, "a importância da educação para o novo modo de produção do conhecimento". Há, pelo menos, três questões que deverão ser respondidas. Essa nova forma de produção é consensual e/ou claramente identificada? O conhecimento gerado pela nova forma de produção é realmente novo, moderno? Existirá um novo tipo de educação para dar conta desse novo conhecimento? A referência de uma visão geral Para poder chegar bem ao entendimento, nos dias de hoje, da importância da educação para o novo modo de produção do conhecimento, respondendo, em conseqüência, as três questões acima formuladas, faz-se necessário, antes de tudo, tecer breves considerações sobre as características históricas das relações entre educação, trabalho e produção, estendendo-as também à tecnologia e à ciência. Para se iniciar a reflexão, observa-se que "o processo de formação do conhecimento humano tem estreita relação com o processo de produção e reprodução das condições efetivas do trabalho humano. Grande parcela do conhecimento é gerado no exercício do trabalho, toma corpo, autonomiza-se e passa, então, a se realimentar, voltando a adequar o trabalho às necessidades e interesses de quem o produziu, o homem e a mulher. A partir daí, gera-se novo ciclo de conhecimento/relações sociais e de trabalho em um movimento de realimentação sem fim" (Peliano, 1996). Cada um de nós conhece, aprende, aplica e ensina o que presencia na realização do trabalho e nas relações sociais, pois que se tem necessidade de comprovar o conhecimento na prática do dia-a-dia, reproduzindo-o, nos termos e limites da sobrevivência. Esta é a própria dinâmica do conhecimento humano que se expressa pelas faculdades cognitivas dos indivíduos e suas dimensões sensoriais e motoras. A capacidade produtiva de cada um é condicionada, assim, por essa dinâmica incorporada no indivíduo. O trabalho, portanto, encerra em si dupla natureza. A que produz e reproduz o indivíduo face às suas necessidades físicas, materiais e espirituais, permitindo a seqüência de seu tempo histórico. E a que garante a continuação e renovação da própria atividade de trabalho, cuja aprendizagem faz o indivíduo armazenar conhecimento, hábitos, atitudes e habilidades pela interação entre meio e objeto de trabalho. Trabalhar, saber e aprender, portanto, têm raízes semelhantes na história humana, enquanto instâncias produtoras e reprodutoras das relações de produção social. Quem trabalha, portanto, sabe e aprende e quem aprende e sabe, trabalha, pois a "atividade de trabalho é conhecimento e o aprendizado do conhecimento é, em si, trabalho" (ibid) - seguindo essa mesma trilha, pode-se também adicionar a dimensão do ensino entre trabalho, saber e aprendizagem. O indivíduo (e, por extensão, a raça humana) compreende, trabalha, sabe e ensina o que sabe e o que vem a saber por todo um processo histórico de interação entre sua espécie, o meio ambiente e os objetos de trabalho (naturais ou manufaturados). O aprendizado sistematizado do trabalho e do conhecimento deu origem à ciência, enquanto a aplicação prática desse aprendizado à vida humana deu corpo à tecnologia - essa aplicação pode ser igualmente sistematizada ou não. Nesse último caso, encontra-se mais evidente a presença da "sabedoria popular", transmitida dentro de gerações e entre elas, muito embora em todas as formas das representações sociais (cultura, arte, religião, etc.) é possível detectar igualmente a presença, em muitos casos, da passagem da sabedoria popular para a consciência filosófica. Educação, ciência e tecnologia podem ser entendidas, então, como atividades sociais que se valem do trabalho, enquanto atividade de sobrevivência e acumulação de aprendizagem, para produzir e reproduzir o conhecimento sobre a vida humana em suas mais diversas manifestações sociais, econômicas, culturais e políticas. A referência de uma visão por etapas Uma vez esclarecidas as relações gerais entre educação, trabalho e conhecimento, estendidas ao saber, ao ensino, à ciência e à tecnologia, é oportuno que se comente também, de forma sumária, o desenvolvimento dessas relações na forma capitalista de produção. O trabalho no capitalismo é a subversão da maneira de produzir nas condições primitivas da civilização e da própria manifestação do trabalho. A divisão natural e espontânea do trabalho na família, no grupo ou na aldeia cede lugar ao longo da história à divisão capitalista do trabalho. Juntamente com a execução do trabalho primitivo muda igualmente o espaço do trabalho, a propriedade dos produtos do trabalho e o saber/conhecimento dos trabalhadores. Senão vejamos. A primeira grande etapa da evolução do trabalho é a passagem das atividades do campo para a cidade. O trabalho rural se desagrega, autonomiza-se e passa a ser realizado fora do ambiente primitivo que lhe deu origem. Muda-se para os feudos através das tarefas acessórias da atividade rural primitiva - ferramentaria, carpintaria, estalagem, etc. Este período artesanal "urbano", pré-fabril, dá origem, de um lado, aos donos das terras e agregados, os que ficaram no campo, e de outro lado, aos mestres, artesãos e aprendizes, apenas donos de seus ofícios e instrumentos de trabalho, os que vieram para as "cidades". Enquanto os primeiros mantém o conhecimento primitivo da atividade de trabalho rural, os últimos e seus herdeiros não o tem mais. A segunda grande etapa da evolução do trabalho é a passagem das atividades artesanais "urbanas" para as atividades fabris. A socialização primitiva cede lugar para a individualização da produção e do trabalho. Cada trabalhador realizando uma tarefa específica, parcelar, distinta, não mais um conjunto de tarefas voltadas para um fim determinado. O período fabril dá origem aos empresários, donos das fábricas, e aos trabalhadores, não mais donos de seus oficios e instrumentos de trabalho, mas apenas de suas forças de trabalho - que passam a vender por tempo. peça ou tarefa. O trabalhador fabril perde o conhecimento rural e o conhecimento artesanal gremial, bem como o domínio de seu trabalho, o qual passa a ser exercido pela organização fabril - simbolizada pelo advento das máquinas, substituindo a força motriz do homem e o seu saber. É nesse sentido que "o trabalhador fabril, portanto, entra na fábrica deixando do lado de fora tudo o que aprendeu no trabalho, por ele mesmo, ou por meio de gerações anteriores" (ibid). As atividades fabris originárias dão lugar, a partir da Revolução Industrial, à grande indústria moderna, quando as máquinas passam a ser comandadas por um sistema de máquinas, o que os economistas chamam de base eletro-mecânica de produção. A descoberta das aplicações elétricas, mecânicas, hidráulicas e pneumáticas, entre outras, propiciam organizar a produção e gestionar o trabalho de sorte a se conseguir a produção em massa de mercadorias para dar conta de um mercado maior e que se generaliza em todos os cantos do mundo. Para alguns a terceira grande etapa da evolução do trabalho é a passagem da base técnica eletro-mecânica de produção, própria do sistema fabril de automação mecânica, para a base eletro-eletrônica de produção, própria do sistema industrial de automação microeletrônica. Sistema este que teve nas aplicações do computador (ordenação de micro-circuitos integrados) o seu principal motor de alavancagem. Essas aplicações são as que permitem ampliar sobremaneira a linha de montagem industrial, dispensando os operários do "chão de fábrica" em troca dos programadores das operações das máquinas e equipamentos e do pessoal de manutenção dos sistemas respectivos. Para outros, no entanto, a terceira grande etapa da evolução do trabalho ainda não teve o seu lugar. Embora reconheçam a importância decisiva da tecnologia microeletrônica de produção para reconverter a linha de montagem, dando-lhe mais agilidade e variabilidade na confecção de produtos, adiantam que o fator decisivo ainda está por vir, que seria a substituição completa, ou quase, do trabalho humano pelas operações das máquinas e equipamentos na linha de produção - é bem verdade que algumas seções da linha de montagem automobilística, por exemplo, já operam sem trabalhadores, embora isto ocorra em alguns estabelecimentos de algumas empresas. Se essa etapa vai chegar ou não é uma questão que vai ter resposta na forma como trabalho e do capital (forças produtivas) vão interferir na forma como eles se relacionam entre si (relações sociais de produção). Nos dias de hoje vai contar muito também como a própria sociedade vai reagir a essa mudança na medida que ela atinge de cheio a produção e o consumo ou, em outras palavras, a própria sobrevivência da humanidade. Pois bem, algumas pistas sobre as possibilidades ou não dessa mudança podem agora ser tiradas a partir das respostas que serão dadas abaixo para as três questões levantadas acima acerca da importância da educação para o novo modo de produção do conhecimento. Três questões em busca de respostas A primeira delas, essa nova forma de produção é consensual e/ou claramente identificada? Como já começamos a ver, há divergências sobre a existência ou não dessa nova forma, assim como da maneira como ela se manifesta. Antes, porém, cabe distinguir o que é essa nova forma de produção - ver (Peliano, 1998). Uma corrente considerável de pesquisadores retrata a produção industrial, surgida por volta dos anos 20 desse século, primeiramente nos EUA, de fordista, pela adoção da linha de montagem mecânica, onde sobressaem as esteiras rolantes, e de taylorista, pela adoção das técnicas e métodos de gestão do trabalho, onde se destaca o controle dos tempos e movimentos de execução das tarefas. Nesse sistema, o trabalhador se localiza em um posto fixo de trabalho na linha de montagem, enquanto sua tarefa é parcelar, simples e repetitiva. A produção, que daí resulta, é em massa de produtos padronizados. A chamada nova forma de produção que viria substituir a base eletro-mecânica de produção, o sistema fordista/taylorista, tem no modelo japonês de produção industrial (MJPI) o seu paradigma. Este se distingue do fordismo porque a linha de montagem convencional é desmontada e em seu lugar começa a surgir as "ilhas ou malhas de produção", onde um conjunto de postos de trabalho são integrados para realizarem tarefas conexas e os trabalhadores têm seus desempenhos flexibilizados na medida em que podem realizar, não mais uma única tarefa, mas as tarefas conexas - em algumas empresas que adotam essa forma "moderna" de produção os próprios trabalhadores decidem qual será a seqüência das tarefas, não mais a seção de planejamento. A produção, que daí resulta, é variável de produtos diversificados. Ainda não há consenso entre os pesquisadores quanto à prevalência do MJPI sobre o sistema fordista de produção. O que se pode dizer, com certo grau de segurança, é que o MJPI de fato promove uma forma não convencional de produção, mas que se encontra não só em fase incipiente de adoção, como também em fase de transição, pois que não existe um modelo pronto e acabado, mas experiências localizadas diversas, mesmo em sua origem, o Japão. A segunda questão, o conhecimento gerado pela nova forma de produção é realmente novo, moderno? Do mesmo modo que a questão anterior, existem pistas que nos levam a crer que o novo conhecimento não é realmente novo, no sentido de ser constituído por parâmetros diferentes do que se conhece, mas moderno, no sentido acima referido, o novo de hoje que supera o novo de ontem, o qual traz em si, contudo, boa parte da arquitetura genealógica conhecida. O resultado dessa compreensão, no entanto, chega a ser estimulante porque nos deixa com um bom espaço de manobra para que se possa vir a ter, de fato, uma educação renovadora, democrática e popular. Senão vejamos. Tomando por referência a mudança da base técnica de produção eletro-mecânica para a eletro-eletrônica, pelo menos em algumas grandes empresas e setores, a chamada "terceira revolução industrial", que teve no computador o seu impulso decisivo, é possível relacioná-la com o novo modo de produção do conhecimento, que tem nas chamadas "novas tecnologias" (informática, biotecnologia, engenharia genética, mecânica de precisão, novos materiais, microeletrônica, entre outras) sua marca característica. O que tem de novo então na moderna base técnica e no novo conhecimento? Enquanto naquela sobressai a integração, a flexibilidade e o monitoramento, neste a correspondência leva ã interdisciplinaridade, a intercambiabilidade e a experimentação. A integração é a faculdade que a nova base técnica de produção tem de juntar postos de trabalho, máquinas e equipamentos, antes isolados na linha de montagem, para efetuarem em combinação operações semelhantes desde a velha perspectiva, no entanto, qual seja a da economia de tempo, trabalho, energia e refugo. A flexibilidade é a faculdade de poder substituir produções, trabalhos e produtos, anteriormente dispostos na linha de montagem de forma rígida, única e padronizada, por máquinas, equipamentos, e até operários, que passam a realizar operações e tarefas diferentes para diversos tipos de demanda. O monitoramento é a faculdade de se ter o controle do processo de produção em cada seção e ilha de produção de maneira momentânea ("on line"), ganhando no controle de qualidade. A interdisciplinaridade é a forma que se tem utilizado nas novas áreas do conhecimento para não só atender aos rumos recentes dos estudos, pesquisas e desenvolvimentos técnicos, mas também para testar e descobrir pistas mais promissoras de conquistas e avanços técnico-científicos. A intercambiabilidade é a forma atualmente mais vantajosa de dinamizar o conhecimento pelo aproveitamento de teorias, metodologias e técnicas de pesquisa de uma disciplina em outra, ou de uma área do conhecimento em outra. A experimentação não é algo estritamente novo, mas tem estado muito mais presente, mesmo na elaboração e teste de teorias científicas, graças ao auxílio extraordinário da ciência da computação. Fica claro que não fosse a presença da informática e da microeletrônica, que impulsionaram a ciência da computação, provavelmente não teria sido possível o advento da nova forma de produção e do conhecimento. A capacidade de armazenamento de informações, realização de complicados cálculos numéricos, efetuação de sistema simultâneos de equações e a disponibilidade dos resultados dos modelos utilizados em tempo recorde foi essencial para o avanço significativo das novas tecnologias de produção e dos novos rumos do conhecimento. Pode-se perceber, no entanto, que as novas tecnologias e os novos conhecimentos não são tão novos assim desde a perspectiva dos seus próprios princípios basilares de sustentação, guardadas as devidas proporções de níveis de desenvolvimento tecnológico e sistematização do conhecimento. Quanto à nova base técnica, a integração, a flexibilidade e o monitoramento já estavam presentes de forma rudimentar e incipiente, convivendo com uma natural e espontânea divisão de trabalho, no estágio do artesanato, nas agremiações e corporações de ofício. Quanto ao novo conhecimento, a interdisciplinaridade, a intercambiabilidade e a experimentação igualmente já estavam presentes de forma diferenciada em muitas experiências, e mesmo teorias, científicas (Lightman, 1998) ou pré-científicas ao longo da história. O que parece instigante é que a evolução do conhecimento embora se dê normalmente "aos saltos" (Oliva, 1994) e às vezes de rompante (Schenberg, 1984), ela traz sempre em si a marca da interconexão com etapas anteriores. E não haveria de ser diferente uma vez que o conhecimento se acumula nas teorias e nos cientistas, resultados de um longo trabalho técnico-científico que vem sendo desenvolvido história afora. Sendo assim, o que é novo hoje pode ser apenas um modo de ver diferente o que foi visto ontem, desde que olhado de outra perspectiva, ou desde que olhado com os olhos de teoria de outra área do conhecimento. Finalmente, a terceira questão, existirá um novo tipo de educação para dar conta desse novo conhecimento?, vem a ser o objetivo central desse texto. E para ajudar a respondê-la vamos utilizar de dois exemplos interessantes que dão uma idéia aproximada da tarefa desafiante que se tem pela frente. O primeiro exemplo vem de uma empresa metalúrgica sediada em Minas Gerais, quando da adoção de sua primeira máquina-ferramenta com comando numérico computadorizado. A empresa contratou um programador para fazer o programa de usinagem de uma peça, o qual seria instalado na nova máquina. O antigo ferramenteiro, que operava a máquina-ferramenta convencional que iria ser substituída e que nada conhecia de "software", foi chamado para ajudar o programador no desenvolvimento do programa. Terminado o trabalho, os dois foram levados até o diretor da empresa para o primeiro teste do programa na máquina. Antes de começar, o ferramenteiro alertou o diretor sobre a possibilidade da máquina vir a se danificar uma vez que ele "suspeitava" que o programa não estava bem feito, pois que não refletia bem a tarefa que antes ele realizava com a máquina, no que foi contestado pelo programador. Depois de curto bate-boca o diretor autorizou ligar a máquina, a qual, depois de certo tempo, interrompeu a operação por ter se danificado. O segundo exemplo vem de uma pesquisa realizada aqui no DF há dois anos atrás (Peliano, 1996), onde ficou constatado que a maioria esmagadora dos mecânicos, habilitados nos consertos dos carros convencionais, tinha dificuldade em lidar com a nova tecnologia de injeção eletrônica de combustível porque não "entendia" o que era prescrito nos manuais técnicos, que acompanhavam os veículos, tanto com relação à peça, quanto ao equipamento de teste e regulagem do motor. Tampouco davam conta os mecânicos de consertá-los por "tentativa e erro" uma vez que desconheciam o princípio eletrônico que veio substituir o princípio mecânico. Os dois exemplos evidenciam duas situações aparentemente distintas. No primeiro caso, a experiência e o saber (conhecimento não sistematizado) superam a falta de conhecimento especializado. No segundo caso, a experiência e o saber não dão conta de fazer o mesmo uma vez que foi exigido do trabalhador "algo mais" que ele ainda não tinha, educação básica para que ele viesse a entender o que era descrito nos manuais técnicos. Enquanto o programador substituiu o manual técnico para o entendimento do ferramenteiro sobre a concepção do programa, cursos rápidos de regulagem eletrônica de motores foram elaborados para os mecânicos. Que elementos podem ser extraídos dos dois exemplos, ao lado dos argumentos gerais e específicos acima desenvolvidos, para sustentar a hipótese do papel da educação para o novo modo de produção do conhecimento? Antes de tudo, uma observação preliminar, pela qual se salienta que novo é o paradigma e não o conceito de educação (ver os três primeiros parágrafos da p. 1 e o primeiro parágrafo da p. 2 deste texto). Comecemos pelo papel determinante da experiência, enquanto acumulação de "saberes", para a "percepção" de como intervir na realidade externa - destaca-se aqui o aprendizado que nasce da repetição "criativa" e "tentativa e erro" de ações e habilidades. Continuemos com a importância dos próprios saberes, enquanto conhecimentos não sistematizados, para a compreensão de como ser utilizada a realidade externa - chama-se a atenção aqui para o aprendizado adquirido por analogia, observação e criatividade. Nas palavras de Foucault, a história da verdade é a historia dos saberes, "conhecimentos imperfeitos, mal fundados, que nunca puderam atingir, ao longo de uma longa vida obstinada, a forma da cientificidade" (citado em Portocarrero, 1994). Nessa mesma linha, embora a história da medicina tenha sido a substituição da ignorância pelas mentiras (Gordon, 1996), destaca-se aí o papel importante do saber popular na indicação dos tratamentos de doenças. Adicionemos, por fim, a educação básica, não como "ler, contar, escrever e decorar", mas como "ler, contar, escrever, entender e refletir". Paremos por aqui por enquanto para uma observação. O saber (não-sistematizado) do indivíduo que não teve acesso à escola substitui até determinado limite as dimensões do entendimento e da reflexão na adequada educação básica. A superação do limite significa dar chance ao indivíduo para ele ter "mais qualificação", apenas no que se refere à aquisição de signos e sinais corretos para a realização da nova tarefa. O que parece ser fundamental é a experiência e o saber do indivíduo que absorvem e potencializam os novos conteúdos adquiridos. Daí ser necessária uma boa educação básica, principalmente na rede de ensino, embora possa ser ela conseguida informalmente, ainda que de forma precária, na "escola da vida". A valorização que aqui se faz do "conhecimento intuitivo" (experiência, saber e escola da vida) não é valoração em comparação com o conhecimento científico. Quer se chamar a atenção para uma dimensão adormecida do conhecimento humano, quase sempre desprezada pelos cientistas e muitas vezes deturpada pelos esotéricos, que, no entanto, está conosco por todos os momentos nos apontando direções e quadrantes, muito embora nem todos dêem a ela a atenção e a importância devidas. O que dissemos até aqui dá conta da qualificação acumulada pela experiência, saber e educação básica, desde a perspectiva do indivíduo, dimensões estas que podem, por suposto, ser adquiridas informal ou formalmente. O alargamento, aprofundamento e expansão dessa qualificação devem ser proporcionados pela escola com ênfase, pelo menos, em outra dimensão fundamental, que dá a perspectiva da sociedade, ou seja, o acúmulo de conhecimento registrado ao longo da história da humanidade: a reinvenção da roda. Recuperamos o conceito de reinvenção da roda como a maneira prática e teórica de se voltar ao passado, incorporá-lo, embora nos limites da atualidade, para se potencializar o conhecimento pelo entendimento do "halo invisível" presente nas etapas do desenvolvimento histórico de objetos, técnicas ou elaborações abstratas. Por exemplo, para a criança ter um acesso mais proveitoso ao computador seria interessante que ela, mais além de manipulá-lo pela curiosidade e brincadeira, soubesse e sentisse antes, na prática, a limitação humana de reter e guardar muitas informações, a dificuldade de, ao mesmo tempo, redigir textos, corrigi-los e preservá-los, e a impossibilidade concreta de proceder a cálculos matemáticos complexos de uma só vez. Além, por certo, de saber que o computador é o produto final de uma linha de montagem histórica que começou, entre outras ramificações, com o ábaco na China, passando pela máquina de calcular mecânica, e mais tarde pela máquina de escrever mecânica. Desde essa perspectiva, portanto, a reinvenção tem o grande benefício de mostrar a quem a pratica o manancial de possibilidades e alternativas que ela oferece e o caminho percorrido pelo conhecimento acumulado por nossos antepassados em outros percursos de reinvenções. Para Fayga Ostrower, a reinvenção é uma forma de criação; para Paulo Freire, educar é reinventar o mundo - (Ostrower, 1987). Para Kierkegaard, se recordar é sempre reconstruir (ou reinventar) e não reproduzir, a recordação é uma arte; para Michelangelo, a estátua já está contida na pedra, sempre esteve nela desde o princípio dos tempos, e o trabalho do escultor é vê-la e libertá-la (reinventá-la), retirando com cuidado o excesso de material - (Nachmanovitch, 1993). Piaget descobriu que as crianças "inventaram" o sistema decimal naturalmente, quando se lhes permitem inventar seus próprios procedimentos nas operações de soma, elas invariavelmente somam as dezenas antes e as unidades depois - nas escolas não convencionais esse processo é reinventado de forma natural e espontânea pelas crianças - (Kamii, 1993). Uma característica importante da reinvenção da roda é o erro e o acerto. Reinventar é errar e acertar o modelo original e é também refazer etapas diferenciadas dos avanços anteriores do conhecimento acumulado. A pedagogia do ensaio e erro é, talvez, mais rica que a do acerto, pois quem erra pode aprender pelo menos 2 vezes - passa a saber o que é certo e o que é errado. Para Miles Davis não se deve temer os erros, pois eles não existem. Fleming descobriu a penicilina graças a um fungo que contaminou a lâmina de cultura que ele deixara sem proteção no laboratório. Roentgen descobriu o raio X pelo descuido no manuseio de uma placa fotográfica. Einstein teve que recuperar do lixo algumas passagens das equações que levaram à teoria da relatividade. Simon Campbell, errou ao não conseguir chegar ao novo medicamento para desobstruir artérias em casos de angina, mas descobriu o Viagra. Tendo sido comentados, portanto, os conceitos de experiência, saber, educação básica e reinvencão da roda como elos importantes para ligar a educação ao novo modo de produção do conhecimento, temos condições de ir mais além e, de forma tentativa, apontar os elementos constitutivos (as dez "idades") dessa "nova pedagogia". Assim: (1) a curiosidade, enquanto motor do conhecimento; (2) a verticalidade, forma de conectar dentro do conhecimento o objeto de trabalho (estudo) com os demais objetos anteriores e posteriores; (3) horizontalidade, forma de conectar dentro do conhecimento o objeto de trabalho (estudo) com os demais objetos conexos ou correlatos; (4) espacialidade, referenciar o objeto de trabalho (estudo) com o estágio do conhecimento da comunidade; (5) historicidade, referenciar o objeto de trabalho (estudo) com o a evolução do conhecimento no tempo e espaço históricos; (6) necessidade, destacar o papel do conhecimento para a supressão de carências humanas; (7) utilidade, destacar o papel do conhecimento para as aplicações práticas; (8) fertilidade, incentivar a imaginação para a potencialidade do conhecimento em outras reinvenções; (9) atualidade, referenciar o objeto de trabalho (estudo) com o lugar ocupado pelo conhecimento em relação aos demais no mundo contemporâneo, e (10) sincronicidade, destacar a relação criativa entre quem reinventa e a forma sobre a qual se trabalha (estuda). Essas "idades" da educação têm o propósito de despertar o "conhecimento intuitivo", integrando-o sistemática e efetivamente no dia-a-dia, e de possibilitar vôos mais longos ao conhecimento abstrato. Este, auxiliado pela linguagem, faz o ser humano se distinguir dos demais devido aos seus amplos conhecimentos gerais, ao seu estoque de princípios estruturais, à sua segurança em si mesmo, ao invés do medo, ao seu espírito de decisão, à sua capacidade de avaliação (importância relativa dos problemas), à sua disposição de examinar hipóteses e corrigi-las, à sua interrogação sobre o porquê das coisas e à sua capacidade de suportar situações indefinidas (Scheunpflug, 1997). A organização da aprendizagem, diante da atual etapa da globalização, extensa e intensa, das culturas dos povos, requer, ademais, o tratamento do desconhecido com mais cuidado e atenção. Há que se lidar com a orientação pedagógica não só para problemas específicos (por exemplo, proteção do meio ambiente, consumo de recursos naturais, pobreza e fome, guerras, injustiça social), mas também, para "suportar situações de insegurança" trazidas com o excesso de informações e valores (ibid), - aprender a manejar a ignorância, na dimensão intelectual; a diferença, na dimensão social; a desunião, na dimensão temporal; o medo, na dimensão afetiva, e a consciência, na dimensão ética. Uma advertência, no entanto, com relação ao novo processo educativo para dar conta do novo modo de produção do conhecimento. O que se falou até agora foi sobre o que pesquisadores e alguns exemplos e experiências têm mostrado sobre os requisitos educacionais necessários para levar em frente os avanços científicos e tecnológicos que vêm ocorrendo nos vários ramos do conhecimento, especialmente naqueles das novas tecnologias de produção. Daí até chegar à realidade, uma transformação significativa toma corpo e, quase sempre, altera o impulso ou o modelo inicial. Estamos falando que a educação "a priori" imaginada pelos estudiosos como compatível com o novo modo de produção do conhecimento não é necessariamente aquela que chega à sala de aula, ou à empresa, ou ao chão da fábrica. Tratando especificamente sobre a educação profissional, vários exemplos têm mostrado que, até agora no Brasil, pouco benefício chegou de fato à expansão da qualificação do trabalhador (Peliano, 1998). Entre a concepção ideal do novo tipo de qualificação, para que o trabalho seja realmente eficiente, produtivo e "polivalente", e o que ele recebe, de fato, através dos cursos de formação profissional, boa parte se perde em nome da redução de custos e da eliminação da ingerência do trabalho no processo de produção, No caso da qualificação do homem para o trabalho, verificou-se que se deve ter em conta, pelo menos, três tipos de demandas: aquela que o trabalhador espera receber; aquela requerida para a operação da nova tecnologia (exigência da empresa que a produz), e aquela requerida pela empresa que adota a nova tecnologia - pode-se adicionar uma quarta, que seria aquela transmitida ao trabalhador pelo curso profissionalizante respectivo. Nesse caminho, a nova cultura pretendida para o trabalho, desafortunadamente, tem se reduzido quase sempre aos interesses imediatos das empresas que adotam a nova tecnologia (Peliano, 1998). A educação escolar não é afetada assim tão diretamente pelos interesses empresariais a ponto de influenciar os currículos básico, fundamental, médio e superior. Cuidado especial, no entanto, devem ter os educadores e professores porque o discurso da inevitabilidade da globalização (qual globalização?) que vem chegando por aí pode acabar utilizando as escolas para prepararem futuros jovens e adultos não para estarem bem na vida e, por extensão, no mundo do trabalho, mas apenas desempenharem seus papéis no mercado de trabalho, onde já se sabe que acaba beneficiando mais ao capital que ao trabalho. O alerta é necessário, tão necessário quanto cuidar do meio ambiente, se prevenir da violência e das drogas, bem como lutar para reduzir a fome e a miséria. Concluindo Os novos avanços científicos e suas aplicações práticas, as novas tecnologias, têm aberto as fronteiras do conhecimento para lugares tão inusitados quanto fantásticos, muitos deles antes previstos por irrequietos como Júlio Verne, Leonardo da Vinci, Carl Sagan e Isaac Asimov. As possibilidades à frente da humanidade são infinitas, encantadoras, mas, ao mesmo tempo, imprevisíveis e assustadoras. A engenharia genética, por exemplo, pode curar um doente pela manipulação de genes, mas igualmente pode produzir clones humanos. O limite é estreito e o risco é incomensurável. O fiel da balança tem de pender para o lado do esclarecimento, da transparência, da democracia, da informação livre. Ocupa aí lugar destacado a educação. Jovens e adultos haverão mais que nunca de saber do que se passa e do que pode se passar ao nosso redor para terem a dimensão exata de hoje e do futuro, de seus desafios, de seus direitos e de suas responsabilidades. Atua a favor desse rumo as formas imaginadas de organização da produção e de qualificação do trabalho para dar conta das dimensões da integração e da flexibilidade dos novos processos produtivos. Mas igualmente atua contra esse rumo as experiências havidas dessa mesma engenharia e arquitetura produtivas (Peliano, 1998). As idéias que saem das pranchetas, dos laboratórios e das oficinas não são as mesmas que são encontradas nas linhas de montagem, nos escritórios e nos guichês de bancos. As chamadas reengenharia de produção, eficiência produtiva ou modernização da produção modificam o sentido original das idéias a favor do menor custo, da menor participação do trabalho, da menor resistência operária, dos lucros e ganhos fáceis e, portanto, da pouca ou nenhuma criatividade, reflexão e interesse. Síntese oposta à tese inovadora. Mas há ainda esperança. A humanidade está se destruindo por conta da própria desumanização do trabalho na produção, da injustiça social, da fome, da miséria, da corrupção, da poluição do meio ambiente e dos desmandos políticos de toda ordem. O sinal vermelho aceso, por seu turno, empurra para frente os descontentes, os incomodados, os artistas, os angustiados, toda a imensa multidão daqueles que buscam pelo mundo novo, pela utopia, pela Pasárgada de Manuel Bandeira. E aí as possibilidades da educação são imensas. Esse texto indica algumas pistas. Experiências têm sido feitas em direção ao ensino participativo - o construtivismo é uma das mais promissoras. São trincheiras e resistências da contra-corrente. Como diz Foucault, (Portocarrero, 1994): da mesma forma que a rede das relações de poder acaba formando um tecido espesso que atravessa os aparelhos e as instituições, sem se localizar exatamente neles, também a pulverização dos pontos de resistência atravessa as estratificações sociais e as unidades individuais. Referências bibliográficas D’AMBRÓSIO, UBIRATAN (1998), "Educação: nas lições do passado, as perspectivas para o futuro", Estudos Leopoldinenses, Vale do Rio dos Sinos, v. 2, nº 2. GORDON, RICHARD (1996), A Assustadora História da Medicina, Ediouro, Rio de Janeiro. GRINSPUN, MÍRIAM PAURA SABROSA ZIPPIN (1996), "Avaliação da Educação, Cidadania e Trabalho", Ensaio, Rio de Janeiro, v. 4, nº 10, jan/mar. KAMII, CONSTANCE com JOSEPH, LINDA LESLIE (1993), Aritmética: Novas Perspectivas - Implicações da Teoria de Piaget, Papirus, Campinas. LIGHTMAN, ALAN (1998), Viagens no Tempo e o Cachimbo do Vovô Joe, Companhia das Letras, São Paulo. 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dicas para ser um pai mais presente

O que os pais podem fazer para aumentar a sua participação na vida dos filhos? Entrevistamos três especialistas para responder a essa pergunta. "Na brincadeira, o pai tem uma excelente oportunidade de conhecer seu filho", explica Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG Leia a seguir cinco dicas para pais que querem assumir plenamente seu papel na vida e na Educação dos filhos. 1. "Faça o que eu digo - e também o que eu faço" É aquela velha - mas não antiquada - ideia de que uma pessoa aprende e é educada através do exemplo. Como resume Joaquim Ramos, mestre em Educação pela PUC-Minas: "Uma criança aprende coisas boas e úteis tanto quanto ruins e destrutivas dependendo do exemplo que presencia e do ambiente em que vive". 2. Reserve tempo para brincar A brincadeira é essencial na formação da criança, dentro e fora da escola, pois está diretamente associada ao crescimento e ao desenvolvimento infantil. "Na brincadeira, o pai tem uma excelente oportunidade de conhecer seu filho. Saber se ele é mais impulsivo, mais paciente, mais reflexivo, como ele reage ao perder e ganhar, como ele pensa diante de um desafio", explica Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG. 3. Seja presente e disponível "Não é tanto o que você faz, não é a ação em si o mais importante, mas sim o dizer ?estou aqui para você?. É preciso escutar a criança, considerar o que ela diz. Acontece muito de os pais fazerem demais, mas, quando o filho realmente precisa, eles estão sempre ocupados, nunca podem atendê-lo", diz a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Isto se torna mais natural quando os pais veem a criança como alguém potente, pleno, e não como alguém que ainda-vai-ser-algo, um ser incompleto. "É preciso entender que as crianças estão sempre na tentativa de dar um sentido e significado para suas vidas." 4. Dê espaço ao diálogo e à diferença Dialogar é importante não apenas na relação entre pais e filhos, mas também entre o casal. Em casa, é bom que o pai tenha a mesma autoridade que a mãe. "A imposição de regras não deve ser exclusivamente responsabilidade do pai. Isso é um resquício de uma cultura patriarcal que coloca a mulher como submissa e inferior ao homem", diz Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG. Joaquim Ramos concorda com ele quando diz que "se o pai dá uma ordem e a mãe dá outra, a criança fica entre os dois sem saber a quem obedecer. Deve haver espaço para a interlocução e para a diferença na esfera familiar - senão não se educa, se confunde". 5. Demonstre carinho por seu filho É função tanto do pai quanto da mãe dar espaço ao contato corporal, ao carinho, ao abraço, ao beijo, ao toque, demonstrar o afeto e o amor, dizer que está disponível e criar um ambiente gostoso em casa. "A forma com que os pais fazem isso pode ser diferente, mas precisa ser valorizada", diz a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Cristiano Gomes acrescenta: "A diferença do toque é legal, a ausência dele é que é ruim. Assim, o filho pode ter a experiência de dois tipos de toque ao invés de apenas um. Estabelecer contato físico é papel do pai e da mãe". Meghie Rodrigues Fonte: educarparacrescer.abril.com.br