Quem está feliz rende mais

Quem está feliz rende mais

O que podemos fazer para manter as pessoas felizes no âmbito profissional?
Por Anderson Carobressi


Estava assistindo a esses programas de esporte na TV e o treinador de um time comentava sobre o ótimo desempenho de determinado jogador. Após vários comentários positivos, o técnico arremata assim: "Todo mundo sabe que quando um jogador está feliz, rende mais."


É verdade, todo mundo sabe. Basta entender de quem a felicidade individual depende mais. No caso profissional, a felicidade "plena" é o resultado da conjunção dos interesses do contratante com os do contratado. Desse encontro pode surgir uma sinergia maravilhosa, que supera em muito as expectativas de desempenho originais.



Baseado nisso, quero listar alguns pontos que fazem do jogador citado pelo técnico um profissional feliz, que rende mais:



1. Ele tem qualificação para desempenhar sua função – é um jogador com muita habilidade, sabe jogar bola e entende que seu trabalho é muito importante para o time.



2. Ele sente-se acolhido pelo time – a comissão técnica, diretoria e outros colegas o respeitam como pessoa e como profissional. Suas necessidades são plenamente satisfeitas pelo clube – bom salário, bom ambiente de trabalho, tranqüilidade e confiança para trabalhar.



3. Ele sente-se realizado com o que faz – se alguém lhe perguntar sobre sua grande paixão na vida, ele irá dizer que é o futebol. Jogar lhe dá muito prazer. Talvez este seja o fator principal de toda a sua satisfação.



4. Além de prazeroso, o trabalho lhe é muito desafiador – não basta apenas jogar; também é necessário conquistar. Toda grande equipe vive de conquistas, e quando elas vêm, são celebradas com muita festa e um enorme senso de "missão cumprida". Mas logo depois da euforia baixar já começam a se preparar para mais uma conquista.



5. Um bom comandante sempre traz crescimento à equipe – muitos jogadores tidos como bons não conseguem desempenhar um bom futebol com determinado técnico e, por sua vez, são destaque na mão de outro treinador. Por que a diferença? Quando o técnico sabe explorar o melhor de cada um, colocando-o para jogar em sua posição ideal, a chance de sucesso é muito maior. Ainda que em nome da disciplina e da obediência o jogador cumpra uma função a ele determinada, mas que não lhe deixa à vontade para jogar, o resultado pode ser seriamente afetado.



Quem deseja fazer parte de um time assim? Acredito que todos. Ainda que ele seja um ideal, podemos refletir sobre alguns pontos no nosso trabalho que podem ser transformados em favor dos colaboradores sentirem-se bem ou "mais felizes".



Vale a penar tentar, já que "quem está feliz, rende mais".