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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Qual é o seu talento?

Qual é o seu talento?

Descobrir e utilizar o seu talento natural depende de disciplina, oportunidade e determinação. Existe algo que você, somente você, consegue fazer melhor do que todas as outras pessoas. A questão é ter coragem para abandonar a zona de conforto e caminhar em direção ao seu propósito de vida.
:Por Jerônimo Mendes

Jerônimo Mendes, Administrador, Professor Universitário e Palestrante

Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Profissional, apaixonado por Empreendedorismo


Todos os dias o mundo revela talentos e ficamos embasbacados com as coisas incríveis que os seres humanos podem fazer. Na música ou no esporte, na literatura ou na engenharia, a sociedade se entusiasma ao descobrir pessoas com talentos admiráveis.


Você já descobriu qual é o seu talento? Embora todas as pessoas sejam providas de talento, são poucas as que acreditam realmente nisso, mas talentos existem ainda que em pequena proporção. O fato é que na maioria dos casos as pessoas desistem de encontrar o seu próprio talento.


O ser humano tem uma capacidade incrível para sonhar, mas quando se trata de colocar em prática ações consistentes e duradouras para transformar o sonho em realidade, a capacidade já não se mostra tão incrível.


Em vez de agir, muitos preferem acreditar na sorte ou investir tempo e dinheiro na tentativa de encontrar o talento dos filhos para compensar a frustração de não ter descoberto, por si mesmo, o seu verdadeiro propósito de vida ou de não ter lutado por aquilo em que acreditavam.


Para descobrir o quanto isso é importante na sua vida, vamos responder primeiro uma questão essencial: o que é talento? Talento é uma habilidade singular ou uma aptidão natural, algo que você faz tão bem que as pessoas são capazes de pagar o que for necessário para vê-lo desempenhar com maestria.


Todas as pessoas nascem com um talento natural. Existe algo que você, somente você, consegue fazer de maneira mais efetiva que outros. Pense numa equipe de basquete, por exemplo. Existem centenas de alas, pivôs e armadores, entretanto, cada jogador possui uma característica singular ou uma marca pessoal.


Nesse caso, um é bom de arremesso, outro de dribles, outro de passes, outro de bloqueios e assim por diante. O mesmo ocorre no futebol, no vôlei e na natação. Note que as modalidades esportivas sempre destacam diferentes nomes na mesma competição, pois, de uma forma ou de outra, habilidades são específicas e particulares.


Em artigo anterior, abordei as inteligências múltiplas propostas pelo Dr. Howard Gardner, psicólogo e professor da Harvard Business School. De acordo com o Dr. Gardner, não conseguiremos ser bons em tudo, mas para alcançar o sucesso e ser feliz na profissão, precisamos descobrir o nosso verdadeiro talento, ou seja, aquilo que podemos fazemos melhor do que os outros, sob pena de viver frustrados para o resto da vida.


De maneira prática, se você fala pelos cotovelos, talvez seja esse o seu talento. Se você adora escrever, pesquisar, montar e desmontar coisas dentro de casa, criar programas de computador, organizar projetos na comunidade ou algo parecido, acredite piamente, o seu talento caminha por aí.


Portanto, quando pensar em talento, pense em um padrão recorrente de ideias, sentimentos ou comportamentos requeridos que podem ser aplicados na geração de valor, de maneira produtiva. Em síntese, é possível gerar valor e ganhar algum dinheiro com isso?


Talento é algo tão natural que acaba sendo visto como senso comum e, dependendo do sistema de crenças ou do seu sistema pessoal de valores, pode ser considerado uma dádiva divina. Não acredito em herança ou carga genética. Se assim fosse, os filhos do Pelé ou do Piquet também seriam gênios no esporte, o que não corresponde à realidade.


De acordo com Roberto Álvarez Del Blanco, autor do livro Você: marca pessoal, para identificar, valorizar e desenvolver o talento, é necessário investigar e utilizar as seguintes chaves:


Aprender: às vezes, trata-se de aprender algo novo; a regra é analisar as coisas que nos acontecem mais rapidamente que aos demais e examinar qual é o talento que permitiu isso.

Desejar: pensar em termos de aspirações; as coisas que realizamos costumam estar relacionadas ou ter raízes em habilidades naturais; costumam constituir um padrão consistente de vida e um sólido indicador de talento.

Paixão: quando a mente, o corpo e o espírito se unem em harmonia, expressam-se a realização e o compromisso do talento cotidiano; quando esta sensação é experimentada, deseja-se continuar até ficar exausto; deseja-se não interromper e/ou sente-se uma ansiedade em reiniciar o processo.

Discernir: elogios a habilidades e comportamentos ou comentários sobre algo no qual nos sobressaímos; descobrir comentários e observações objetivas permite iluminar capacidades que os outros valorizam e que podemos não ter reconhecido em nós mesmo.


A segunda questão essencial é: como desbloquear o seu talento e colocá-lo para trabalhar a seu favor? Se você já descobriu o seu, o que o impede de levar adiante o sonho de se tornar um profissional diferenciado no mercado, longe dos padrões impositivos da sociedade?


Tenho pensado muito a respeito disso depois de ler todos os e-mails que recebo com pedidos de orientação. Pessoas sensatas estão em busca permanente de um verdadeiro sentido na vida. O talento, quando aproveita as oportunidades, produz um elevado nível de satisfação pessoal, mas é necessário se permitir a esse direito.


Quando isso não ocorre, o talento acaba ignorado ou subvalorizado. O inimigo comum é conhecido. Você pode encontrá-lo diante do espelho. Se você fugir das justificativas prontas e alojadas no cérebro, ele se apresenta sorridente: é você mesmo.

Pense nisso e seja feliz!

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