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domingo, 25 de abril de 2010

- Trabalho em Equipe: Um desafio para a alta performance

- Trabalho em Equipe: Um desafio para a alta performance



Quando se vê bandos de gansos voando, formando um grande “V” no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada um bate as asas move o ar para cima ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás, a resistência do ar diminui para cada ganso à medida que mais longe fica do cume. Em geral, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha.
Pessoas que têm a mesma direção e sentido de equipe podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois se beneficiam do impulso mútuo. Não há dados que comprovem quando surgiu a idéia de reunir indivíduos em grupos em prol de um objetivo comum, mas sabe-se que esta concepção de equipe existe há muito tempo, desde que se começou a pensar no processo do trabalho.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais fizeram um artigo sobre o trabalho em equipe. Lá, eles colocam que a idéia da equipe advém:
- Da necessidade histórica do homem de somar esforços para alcançar objetivos que, isoladamente, não seriam alcançados ou seriam de forma mais trabalhosa ou inadequada;
- Da imposição que o desenvolvimento e a complexidade do mundo moderno têm imposto ao processo de produção, gerando relações de dependência ou complementaridade de conhecimentos e habilidades para o alcance dos objetivos. A acelerada evolução da Tecnologia da Informação tem trazido profundos impactos em diversas frentes envolvidas em sua aplicação. Uma destas frentes refere-se à forma de trabalho dos técnicos e das equipes de desenvolvimento de sistemas. As constantes mudanças verificadas nas tecnologias de desenvolvimento, associadas às também contínuas mudanças do perfil e exigência dos clientes, têm demandado dos desenvolvedores e das equipes uma significativa adaptação nos seus processos, práticas e forma de organização. Até há pouco tempo o analista dependia fortemente dele mesmo para garantir o sucesso no desenvolvimento de um sistema. Para isto tinha de possuir, além da experiência, conhecimento das técnicas e processos de desenvolvimento. Demandava treinamento que visasse capacitá-lo a desempenhar suas atividades e um período para que pudesse aperfeiçoar seus conhecimentos na prática.
Tudo isto demandava tempo. Este tempo requerido passou a tornar-se incompatível com a agilidade necessária para a assimilação das evoluções e a sua aplicação nas soluções demandadas pelos clientes.
É fato que toda equipe necessita de um líder que seja capaz de orientar, mostrar caminhos e gerar grandes resultados. Ele deverá ser dotado de características, não somente técnicas, mas também comportamentais, como, por exemplo, ter carisma, humildade, sinceridade, ser preocupado e compreensivo. É dele a missão de inspirar, em seus colaboradores, a motivação para a conquista. O líder, portanto, é um modelo. Dessa forma, consegue envolver e comprometer as pessoas, transmitindo-lhes sinergia, amizade, companheirismo e satisfação. É, dessa forma, que nasce um time de vencedores, mantido, certamente, pela parceria de todos. Portanto, para assegurar a alta performance de um time, há de se trabalhar os processos emocionais oriundos das relações entre os membros do grupo e de cada com a tarefa. Em outras palavras, é preciso olhar o invisível, tornar explícito o conteúdo implícito do grupo, tirar debaixo do tapete a sujeira emocional escondida. E aí está a grande diferença de um líder: o que enxerga além da tarefa, todo conteúdo emocional que permeia o trabalho e as pessoas.
E como identificar estes comportamentos “invisíveis” que necessitamos identificar em nossas equipes?
Para atingir este objetivo, temos que descrever os tipos de personalidade, de forma que se consiga uma formação, através de uma melhor análise, de equipes de elevado desempenho, com personalidades que venham sempre a somar. Este trabalho é possível através da utilização de ferramentas que auxiliem os profissionais de RH na identificação e mapeamento destes perfis comportamentais. O capital humano em conjunto com a TI, é o diferencial desta era e, a chave está em aprender a respeitar e a lidar com essas diferenças. Para entender isso, basta fazer uma analogia dos membros de uma equipe com os jogadores da nossa seleção, onde cada membro tem a sua individualidade, as suas características. Mas é sob o comando do técnico, que utiliza cada um dos jogadores no momento e posição corretos, que aparece o talento coletivo. Imagina o Ronaldo no gol, o Dida no meio campo e o Lúcio de centroavante. Teríamos ótimos jogadores com suas características desrespeitadas e mal utilizadas.
Então, sabendo ou não dessa realidade, é assim que ela funciona nas relações das pessoas dentro ou fora das organizações. Desconhecê-la é uma coisa, negá-la é impossível e compreendê-la é a nossa obrigação.
Cláudio Schneider é diretor da Assespro-RS e da Persona System

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