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domingo, 9 de março de 2014

A ciência do fracasso: a importância do erro para as pessoas bem sucedidas

A ciência do fracasso: a importância do erro para as pessoas bem sucedidas Entenda como passar a encarar as falhas como positivas pode fazer diferença na sua carreira Belle Cooper, 7 de março de 2014 "Tente pensar nestes erros e falhas buscando perceber o que você aprendeu a partir de tais experiências" Uma amiga me contou recentemente sobre uma colega que está completamente aberta a receber feedback. Quando alguém aponta que ela fez algo errado, ela simplesmente recomeça, segundo minha amiga. Ela não leva o feedback para o lado pessoal e não se sente aborrecida ou chateada com relação aos erros que por vezes comete. Quando escutei esta história, pensei comigo mesma, "Eu queria receber feedback bem". Não consigo imaginar nada melhor do que esse tipo de postura, especialmente quando estou tentando aprender coisas novas. Não estou nesse ponto ainda, mas sei que várias pessoas bem sucedidas estão. Eu amo aprender através de conselhos dos outros, então resolvi prestar atenção no que dizem algumas pessoas bem sucedidas sobre o fracasso e porque elas o procuram. Não conseguimos admitir que estamos errados É sempre útil fazer conhecidas as parcialidades inconscientes que temos antes de explorar um tópico, penso eu. Analisei algumas pesquisas sobre sucesso e fracasso e como reagimos a eles, para ver o que podia aprender. Esses são os três pensamentos mais interessantes que descobri (todos eles são, claro, inconscientes, então praticamos estes comportamentos o tempo todo sem perceber): Não assumimos o "crédito" pelos nossos fracassos Costumamos levar o crédito pelos nossos sucessos, atribuindo sua existência a fatores internos como o nível de esforço que empregamos, as habilidades que temos e nossas experiências passadas. Fracassos, por outro lado, são coisas que não gostamos de admitir. Pesquisas mostram que somos mais suscetíveis a colocar a culpa dos nossos erros em fatores externos, como sorte ou a dificuldade da tarefa. Fracassos nos fazem menos generosos Depois de alcançar sucesso em alguma tarefa, o reforço positivo nos torna mais generosos e prestativos. Se falhamos em alguma empreitada, porém, é menos provável que desejemos ajudar os outros, além de sermos menos generosos com relação a nosso tempo e dinheiro. Literalmente não conseguimos admitir que estamos errados No livro "Being Wrong" (estando errado), a autora Kathryn Schulz explica o problema da cegueira quanto aos erros: " (...) a frase 'estou errado' descreve uma impossibilidade lógica. Assim que percebemos que estamos errados, não estamos mais errados, já que reconhecer que alguma crença está errada é parar de crer nela. Assim, só se pode dizer 'eu estava errado'." Dessa forma, até mesmo para os que tentam com esforço admitir seus erros, é quase impossível fazê-lo, ao menos no tempo presente: " (...) podemos estar errados ou podemos saber que estamos errados, mas não podemos fazer os dois ao mesmo tempo", completa Schulz. Aprendendo com os erros Eu não posso lhe dizer para pensar diferente sobre o fracasso. Nem você consegue dizer isso a si mesmo, na verdade. Mudar de pensamento quanto a qualquer coisa exige tempo e esforço, e frequentemente demanda evidências inegáveis. Uma coisa que eu posso sugerir é que você trabalhe essas evidências para ajudar a se convencer de que as falhas não são tão ruins, afinal. Aqui estão algumas formas de começar: 1. Comece um diário Documente seus erros. Acompanhe o local em que essas coisas estão acontecendo: no trabalho, em casa, com amigos. Você ignorou sua intuição e apelou para uma opinião mais convencional, e se arrependeu depois? Ou você se arriscou e não valeu a pena? Mantenha registros detalhados sobre o que aconteceu para que você possa começar a ver padrões quanto aos seus erros, como onde você mais os comete e quais são os que se repetem com muita frequência. 2. Reveja erros passados Em determinado ponto, sente-se e observe o registro que você tem mantido. Observando os padrões, pense em como evitar cometer os mesmos erros no futuro. Mesmo antes de você começar um diário e passar a observar seus erros com o intuito de aprender com eles, aposto que você consegue lembrar de vários erros passados (sei que eu consigo). Tente pensar nestes erros e falhas buscando perceber o que você aprendeu a partir de tais experiências. Como estes fracassos lhe ajudaram a chegar onde você está agora? Como e o que eles lhe ensinaram? De frente com uma lista verdadeira dos seus erros passados e como eles lhe ajudaram, você poderá experimentar, aos poucos, uma mudança de perspectiva quanto a eles. 3. Veja decisões como experimentos Reconhecer nossos erros é quase impossível, de acordo com Kathryn Schulz. Já que é tão comum para nós deixar de lado ou esquecer nossos fracassos, uma forma melhor de aprender com eles pode ser a abordagem usada pelo autor do blog Zen Habits (hábitos zen), Leo Babauta (que também é colaborador do Administradores): "Veja as decisões não como escolhas definitivas e irreversíveis, mas como experimentos. A ansiedade (e paralisação) vem quando as pessoas estão preocupadas em fazer uma escolha perfeita. E também por estarem preocupadas em não fazer uma escolha errada. Esses são dois resultados ou pensamentos que não são necessários ao tomar uma decisão, porque se conduzimos uma experiência, apenas estamos tentando descobrir o que pode acontecer". A ideia de Leo é conduzir experimentos que nos ajudem a tomar as melhores decisões que podemos. Por exemplo, ele sugere que tentemos vender cupcakes aos nossos amigos e família para testar e saber se um negócio nesse setor seria certo para nós. Tudo se relaciona com fazer testes, ao invés de tomar decisões. Soa menos assustador, não é mesmo? "Quando você está apenas conduzindo experimentos, não há falhas. Qualquer resultado é aprendizado. Se não há fracassos, não há preocupações". Artigo originalmente publicado no blog Buffer App e gentilmente cedido ao Administradores. http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-ciencia-do-fracasso-a-importancia-do-erro-para-as-pessoas-bem-sucedidas/75995/

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