Despertar para a felicidade

Despertar para a felicidade Estava na estrada a procura de algo diferente e me deparei com uma cidade, onde já na entrada observei a limpeza e a beleza dos canteiros centrais com flores ( rosas, lírios, gerânios, crisântemos), lindas e cheirosas, muito bem cuidadas. A limpeza, o cuidado era notório. Em outros pontos e praças, árvores frutíferas de infinita beleza, fontes d’água, o canto dos pássaros e a harmonia que compunha aquele postal, era algo que contagiava. As famílias, filhos reunidos, brincando e se divertindo muito, tudo muito bem cuidado e preservado pela comunidade. O eletrônico neste momento foi substituído pela integração, pela conversa, pelo toque, pelas brincadeiras entre as pessoas daquela comunidade. Aquele momento era somente deles e era de lazer, de aprendizado e conhecimento entre as famílias. Nada poderia atrapalhar, principalmente o eletrônico. As pessoas levavam seu lanche e dividiam em um grande piquenique com as demais famílias. Comidas saudáveis, petiscos caseiros. Frutas lindas, sem produtos tóxicos, cada um colhia do seu pomar, cuidadas pela família em conjunto. As crianças resgatando as brincadeiras antigas, divertindo-se e conhecendo os amiguinhos novos, as novas diversões que cada amiguinho opinava e ensinava. Brincavam sempre em conjunto, em grupo, com o zelo dos pais que se revezavam os cuidados. Só de ver o sorriso, a alegria, a harmonia entre elas, já me sentia feliz, estava contagiada. Aprendiam a dividir, respeitar, obedecer e trabalhar em conjunto, trabalhando as diversidades e dificuldades de cada um. As pessoas idosas conversavam com os jovens, contando suas experiências positivas e negativas de sua vivência pessoal e profissional. Estes ouviam atentamente esta prazerosa conversa e aprendizado, com muita curiosidade e perguntas, que eram carinhosamente respondidas pelo grupo de idosos. Certamente estes jovens terão uma segurança para chegar na vida profissional com maior firmeza e vontade de fazer diferente, com este tesouro de ensinamentos. O dia estava terminando e o por do sol estava deixando sua beleza, seu registro. Cada família recolhia as sujeiras deixadas, seus pertences e seu tesouro ( filhos, esposo(a)), desejando uma ótima noite, deixando um forte abraço regado de muita energia e um combinar de um novo encontro de novas brincadeiras. A limpeza, a segurança, a harmonia e o respeito era percebível no ar, cada um fazia sua parte sem precisar lembrar e ou cobrar as responsabilidades. Me sentia embriagada pela felicidade que pairava no ar de todos os cantos daquela cidade. Os jovens eram tão gentis, o trânsito fluía calmamente, sem estresse, correria, atropelo. As pessoas eram tão educadas, não tinham pressa, o atendimento nas lojas, nos órgãos públicos, na saúde, eram tão eficiente. Tudo funcionava de forma eficaz. Todos tinham direitos iguais, sem privilégios. Queria conhecer mais desta linda cidade, mas meu tempo era curto e ficava a pensar... como era bom que existissem muitas cidades iguais, que muitas pessoas pudessem ser embriagadas pela felicidade que estava sentindo. De repente veio uma freada, um sonoro barulho e infelizmente acordei. Me dei conta que a experiência vivida fora um lindo sonho . Mas espero que não esteja muito distante de uma realidade que poderá ser mudada, transformada com vontade e persistência para melhorar a forma de viver, de conviver. Nesta experiência ficou a sensação e o sentimento de felicidade que vivi neste lindo sonho. O sonho mostrou que a felicidade está nas pequenas sensações que vivemos , em SER e não em TER. Bom, vou pedir aos anjinhos que me oportunizem novos sonhos de felicidade.... Rosemar Thies