Visitas

visitantes OnLine

domingo, 25 de outubro de 2015

O sorriso como competência básica

O sorriso como competência básica Por Maria Duz para o RH.com.br Basta observar as fotos de nossos antepassados para perceber que a seriedade imperava como requisito obrigatório dos bons costumes. Conforme a humanidade se despia de seus pudores, no entanto, o sorriso agregava-se à etiqueta social como sinônimo de simpatia. Visualizando em escala ascendente, pode-se dizer que uma intensa gargalhada é o retrato dos novos tempos, independente da realidade dos fatos - pode-se comprovar tal evidência através dos anúncios publicitários. Também no mundo corporativo, quando penso nos empregados de ontem, presos a esteiras de produção em série, e nos funcionários colados às mesas repletas de papéis e pastas, não consigo imaginar uma atmosfera de bom humor. Os colaboradores de hoje, no entanto, transitando de sala em sala com seus equipamentos portáteis, têm a oportunidade e a necessidade de se expressar alegremente. Se por um lado um ambiente mais liberal contribui em benefício do clima organizacional, por outro, parece não dar margem aos dias de chuva, de gripe, aos problemas pessoais e do próprio trabalho. Muito menos aos insatisfeitos como os subaproveitados, os sobrecarregados e os desvalorizados. Sorrir se tornou uma habilidade e uma atitude necessárias para ter a imagem vinculada a de um bom profissional, enquanto conhecimento fundamental de inteligência emocional. Pode levar a uma promoção ou, no mínimo, a momentos mais agradáveis. Porém, como muitas vezes não é espontâneo, é também um atributo dos "fortes" - pode-se comprovar tal esforço através das propagandas políticas. Se ninguém gosta de conviver com um semblante sério, é preciso, para tornar o dia dos outros menos opressivos, que você também o seja. Não basta ser um excelente profissional, uma ótima pessoa, se o seu rosto denunciar neutralidade, característica erroneamente atribuída à apatia - pode-se comprovar tal imposição através das dominantes placas de "Sorria, você está sendo filmado!". Assim como sorrir se tornou requisito principal frente às câmeras, para provar aos outros que estamos nos divertindo - pode-se comprovar tal crença através das fotos publicadas nas redes sociais dos ditos amigos - é também no trabalho, para demonstrar que não estamos sofrendo, independente da realidade dos fatos. Neste contexto de felicidade obrigatória, aparente e constante em que estamos inseridos e que atinge o mundo corporativo, penso até que ponto vivemos, de fato, em uma época mais livre, uma vez que essa liberdade é imposta e tem restrições. Temo que sorrisos conquistem mais do que capacidades, que a autenticidade que tanto valorizo não tenha valor e que a falsidade impere de tal modo que todos precisem se adaptar e se tornar também falsos, por mero instinto de sobrevivência. É claro que liberdade de expressão muitas vezes é mal compreendida e alguns erram no impulso de falar tudo o que pensam. Porém, do lado oposto, muitos dos que reclamam da apatia e da indiferença são também os responsáveis pelo monitoramento do clima organizacional e nada fazem a respeito. É fundamental que todos compreendam sua função na estrutura organizacional e na rotina dos demais, de modo a colaborar em vez de criticar e aprendendo a utilizar o humor como um importante indicador de Recursos Humanos. Assim como cada indivíduo deve, por sua vez, assumir a responsabilidade de monitorar a si mesmo enquanto ser social e enquanto parte integrante de uma organização composta por pessoas. Se o sorriso ajuda a integrar, então que seja sempre bem-vindo. Se for coagido, revelando a hipocrisia que com frequência nos constrange, então é melhor dispensá-lo e evitar que a banalização do mesmo faça com que perca o seu valor - que é grande. Afinal, quando é verdadeiro, expressa o que poucos relatórios conseguem exibir. http://www.rh.com.br/Portal/Desenvolvimento/Artigo/10152/o-sorriso-como-competencia-basica.html?utm_source=boletim&utm_medium=email&utm_campaign=764

Nenhum comentário:

Postar um comentário