Vida e Carreira exigem visão de longo prazo

Vida e Carreira exigem visão de longo prazo Visão de longo prazo para aplicações financeiras se aplica na orientação de carreiras. Educação para curto prazo dificulta planejar o médio e longo prazo. Vida, finanças e carreira exigem projeto e olhar estratégico no plano individual. Incertezas é a única certeza quando olhamos para o futuro Renato Bernhoeft, 15 de outubro de 2014 Embora possa parecer surpreendente, uma iniciativa do mercado acionário do mundo corporativo, comandado por instituições financeiras que atuam com renda variável – abertura de capital, venda e compra de ações – tem profundas lições e aprendizados para o planejamento de vida e carreira pessoal. A iniciativa destas instituições surgiu com base na análise do “perfil” do investidor brasileiro que demonstra uma visão de curto prazo na maioria dos seus investimentos. Mas de forma especial no mercado acionário, onde ele é descrito como “curtoprazista”, por estar interessado apenas no resultado financeiro trimestral das empresas. O que o leva a uma conduta tão volátil como em alguns momentos o próprio mercado se comporta. Segundo Alexsandro Broedel, diretor de contrôle financeiro de um grande banco, “o investidor de trimestre só traz volatilidade e ruído para a ação”. Mas ele prossegue afirmando que também é ncessário obter uma mudança das próprias empresas na sua relação com os seus acionistas. Enfatiza que “é preciso decidir que tipo de empresa você é. E isso é o que vai determinar que tipo de acionista a empresa vai atrair”. E para desenvolver esta nova visão do investidor as corporações estão sendo estimuladas a fundamentar seus resultados com base em seis fatores relativos à agregação de valor. São eles o Financeiro; Físico; Intelectual; Humano; Social e Natural. Ou seja, a própria empresa deve se encarregar de criar no investidor uma visão mais abrangente na sua aplicação, o que cria uma atitude menos imediatista e de mais longo prazo. Tanto na expectativa como na avaliação dos resultados. Esta nova postura está exigindo que tanto as empresas de capital aberto, como também as instituições que intermediam investimentos, comecem a criar equipes mais multidisciplinares. Ou seja, não é mais apenas um assunto de economistas e operadores de bolsa. Transpondo toda esta experiência para o plano individual podemos extrair lições e aprendizados signficativos. Embora nos dias atuais haja uma visão mais imediatista das carreiras e vínculo com o mundo corporativo, nem sempre este resultado tem se mostrado positivo no longo prazo. É evidente que não vamos retornar aos tempos em que o sonho de todo empregado era buscar uma organização a qual pudesse delegar a responsabilidade pelo destino da sua vida. Mais até do que “vestir a camisa”, alguns ficavam praticamente “tatuados” pela corporação a qual entregava sua vida e lealdade. Estruturar uma carreira envolve inúmeras variáveis que não podem estar desvinculadas da etapa de vida, diferentes papéis que vivemos, visão de futuro e necessidade de se reinventar permanentemente. Também é indispensável o preparo para o “pós-carreira”, em que o raciocínio e compromisso é bem mais amplo do que a mera aposentadoria. Educação financeira, desde muito cedo, é a cada dia mais indispensável. Não só visando apenas acumular reserva e garantias materiais, mas ter um processo de reflexão e clareza sobreo modelo de vida que se pretende, tanto no médio como no longo prazo. Por último vale a recomendação de que toda esta atitude e ação não deve ser apenas individual. Ela precisa envolver os familiares neste mesmo compromisso e cumplicidade. E para quem tem filhos, o cuidado adicional de prepara-los, desde muito cedo, para a vida. Não apenas para atender seus desejos, ambições e vaidades no papel de pais. Fica aqui registrada mais esta provocação para que você se aproprie da sua história de vida. Não como mero coadjuvante, mas como autor e seu principal personagem. http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/vida-e-carreira-exigem-visao-de-longo-prazo/81905/