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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Qual é a tônica de nossas vidas?

Qual é a tônica de nossas vidas?



A vida segue. Vagarosa. Mordaz. Dia a dia morremos lentamente. E a morte acontece não apenas porque envelhecemos. Nem tampouco apenas pelo fato de adoecermos. Ela acontece todos os dias porque nos sufocamos, pelo fato de nos submetermos, de silenciosamente aceitarmos o que nos é dado, ou o que conseguimos atingir, obter...


Contentamos-nos ou nos acomodamos? Qual é a tônica de nossas vidas? Nesse exato momento, o que vivemos é o que realmente queremos ou é aquilo que a vida, através de suas várias circunstâncias e acontecimentos nos legou? Em que ponto de nossas trajetórias abdicamos de nossos sonhos e rumos e nos deixamos levar pela toada da vida?


Será que realmente temos opções? Será que em nossas existências, em algum dado momento, nos é permitido escolher o que realmente desejamos, a despeito de qualquer outro interesse, pormenor, sujeito ou acontecimento?


O que se sabe é que muitos de nós, se não a maioria, para não pensar na totalidade, simplesmente “toca o barco”. E o que significa isto? Na prática significa muito, pois representa o quanto prezamos o nosso ser, a tão sonhada autonomia, o sagrado direito de ir e vir sem estar atrelado ao desejo ou a necessidade de outros...


Quem realmente, por livre escolha, quis estar nos pelotões de soldados enviados às guerras e sacrificados em massa em prol de objetivos e propósitos que poucos realmente compreendiam? Quantas pessoas, conscientemente, desejaram passar horas e horas em linhas de produção a apertar botões e parafusos? Identifique alguém que sofra com a fome, as epidemias ou o analfabetismo e não queira superar essas mazelas que tanto atormentam a existência humana...


Não há. A consciência não permite. A informação e o esclarecimento são ferramentas libertárias que devem permitir a quem quer que seja o caminho da felicidade, da autonomia, do respeito, da civilidade...

Por João Luís de Almeida Machado
Membro da Academia Caçapavense de Letras

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