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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Fila de espera

Fila de espera Esperando na fila do mercado, fique a pensar: a vida é uma constante fila de espera. Esperamos na fila do plano astral para retornar ao mundo presencial, ao plano terra, cumprir nossa nova missão. Esperamos 9 meses para nascer; alguns apressadinhos resolvem vir antes, mas temos que esperar alguns meses. Esperamos em torno de 01 ano para começar a independência de caminhar, de falar, de começar a conhecer e sentir o mundo externo. Esperamos ansiosos para conhecer novos coleguinhas, iniciar o aprendizado, a professora. Esperamos passar a nova fase, a adolescência, conhecer as mudanças do corpo, da vida, viver o primeiro amor. Esperamos vencer tudo isto e escolher um caminho para começar nossa formação profissional. Esperamos vencer as concorrências que a vida impõe. Esperamos vencer os medos que surgirem. Esperamos ser vencedores. Esperamos vencer as decepções. Esperamos achar a pessoa certa para formar nossa família e sermos felizes como sonhamos. Esperamos atingir nossos planos e não termos sustos e tristezas que a vida impõe. Esperamos envelhecer saudavelmente junto a nossa família, nos fortalecendo a cada novo dia, nos concedendo muita saúde. Esperamos que Deus nos conceda muita sabedoria e felicidade. Esperamos viver cada dia como único, com muito entusiasmo e sucesso. Lambuze-se e seja muito feliz.
Esperamos saber aproveitar as oportunidades e experiências que a vida oferta. Então, não desperdice o maior presente de Deus, a vida. Tenha paciência e curta as filas de espera.

PONTE

Para que possamos mudar, aprender, buscar novos desafios, teremos sempre que atravessar uma ponte, mesmo que imaginária. Coloco isto na minha caminhada e crescimento. Durante esta travessia, vou precisar de alguns itens na minha bagagem para vencer este desafio. Então considero sempre que a ponte é: P lanejamento O rganização N egociação T ransformação E ducação Sem estes não vou conseguir atingir meus projetos. E assim durante minha vida, vou atravessando várias pontes que surgirem, recomeçando, reconstruindo, aprendendo sempre.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O dom da vida

O dom da vida
Como é triste ouvir notícias de jovens que não conseguem trabalhar com suas frustrações, com as decepções que a vida impõe, com a sua perda interior, o gosto pela vida, seu maior bem dado por Deus e decidem desistir da vida tão cedo, sem lutar, sem pedir ajuda. Tantos sonhos, tantos projetos que se apagam, que viram poeira. Sabemos que a vida é um constante terremoto de emoções e de mudanças e ela não anda conforme sonhamos e planejamos. Ocorrem neste trajeto muitas alterações de percursos e sonhos e este é o encanto, o crescimento, a descoberta. Ela está nos testando constantemente, mostrando a necessidade do descobrir, do se conhecer, do se revelar, do acreditar, de buscar a força interior que possuímos, do descobrir que somos capazes e fortes para suportar os problemas, as decepções quando aparecem. Infelizmente ela não anda na velocidade que desejamos, mas se houve mudanças é porque deveria ocorrer, iremos entender com o tempo as mudanças. Hoje muitos pais poupam seus filhos da realidade da vida, tentam acobertar a crueldade, a decepção, a rivalidade, a inveja, os desamores. É lógico que todo o pai quer evitar o sofrimento de seus filhos, mas, pelo excesso de zelo, pode não prepara-los para enfrentar as dificuldades, é preciso viver as experiências, por isto é preciso orientá-los e deixa-los realizar suas escolhas. A vida precisa ser exposta e não escondida, a vida é real e não virtual. Desta forma quando eles se depararem com estes obstáculos estarão mais preparados e fortalecidos para enfrentar os problemas com coragem e não com o medo, evitando tomar atitudes penosas que fazem sofrer não somente eles, mas também a família, os amigos. Não desista da vida tão fácil, sem lutar. Não deixe esta caminhada acabar com a decepção de um amor não correspondido, de um curso não conquistado. Se não deu certo é porque tem algo melhor a acontecer e esta decepção serviu como aprendizado. Tudo que você vivenciou não foi em vão, é ensinamento, é fortalecimento para se tornar uma pessoa forte. Acredite em você, acredite em seus sonhos, coloque você em primeiro lugar, não entregue sua vida a outros que não te merecem, que não te respeitem. Você é especial, você é único, você é o ser mais importante e responsável pelo seu destino. Viva! Viva o mundo encantando e se encantando com a vida, com a beleza que ela tem e proporciona, inspire e expire a vida, a energia que ela lhe oferta. Ela é um presente e como presente precisa ser saboreada, mas nunca acabada, desistida. Se não conseguir sozinho, peça ajuda, grite, corra, mas agarre a vida com todas as forças.

Pressa?

Pressa?
Precisamos sempre relembrar que a vida é única, não temos como pedir ” review” ou reviver na mesma intensidade uma mesma situação ou de deixar de falar palavras com medo, timidez. Sendo assim termos pressa para que? De que? Precisamos saborear, sentir, vivenciar cada segundo, minuto, hora com toda intensidade possível. Poderá ter um momento parecido. Mesmo lugar, mesmas pessoas, mas nunca mesmo sentimento, mesma sintonia. O momento como a vida é único. O ditado diz: a pressa é inimiga da perfeição. Quando realizamos atividades com pressa, não nos doamos no todo, com carinho, com amor. Então ter pressa porque? Todo momento tem aprendizado, observando, analisando, ouvindo, tudo é aprender, construir. A pressa ofusca, a pressa não deixa pensar, a pressa não faz aprender. Na pressa não raciocinamos, tomamos atitudes precipitados, nos fazendo muitas vezes errar nas decisões. Então não tenha pressa, saboreie a vida com calma. Viva cada momento. O mundo não irá parar e não irá fugir. Tudo que tem que acontecer , acontecerá. Então saboreie tudo com muito sabor, com muita alegria, com muito colorido. Assim terá muito o que lembrar quando ficar velhinho e sentir que sua vida não passou em vão. Você viveu, você sentiu o vento, sentiu o cheiro da flor, o canto dos pássaros, o colorido do arco íris, a brisa do mar, a terra molhada, o banho de chuva, as brincadeiras de criança, o primeiro amor, os novos amigos na escola, na faculdade, a responsabilidade que foi chegando, o compromisso com a família, o amor dos filhos, a renovação com os netos, a terceira idade com sede de muito o que fazer ainda. Isto é vida, isto é não ter pressa e deixar que a vida vá acontecendo no seu ritmo normal. Não atropele, aproveite.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Despreparo Da Geração Mais Preparada

Eliane Brum Fala Do Despreparo Da Geração Mais Preparada Por Portal Raízes
“A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade. Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais? Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país. Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”. Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão. Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando. O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa. Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande. Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.” (Eliane Brum escreve às segundas-feiras na Revista Época.) http://www.portalraizes.com/28-2/